(pt) [Peru] 8 de Março: Dia da Mulher Rebelde e Combativa By A.N.A. (en)
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Quarta-Feira, 24 de Março de 2021 - 09:18:19 CET
Somos as mulheres de baixo, as não reconhecidas, as loucas, as bruxas, as trakas,
as revolucionárias, as queimadas, as invisibilizadas, as anticarcerárias, as
párias, as ilegais, as anônimas na história do tempo e as que não temos rosto
visível mas encaramos com ação todo ato de machismo e submissão. Somos a menina e
a anciã, a trabalhadora e a camponesa, a migrante, a ambulante e a apátrida,
porque nem a terra, nem meu corpo são propriedades do patriarca; vamos
destruindo, em ideia e ação, a autoridade, e tudo o que mata nossos sonhos e
vontade. ---- Desde o sentir e o pensar de não nos conformarmos com as migalhas
que o sistema nos dá para nos manter submetidas, desde a raiva sonora de nossos
corações, e sim, NOSSOS, porque nem nós nem nossas irmãs somos propriedade nem
mercadoria, rugimos em manada a viva voz, acompanhadas das que estiveram antes e
as que estão agora, de nossas ancestrais e irmãs de luta contra este sistema
capitalista colonial e patriarcal assassino, seguimos sendo e não nos renderemos
porque estamos fartas, nos vimos a fundo assim assumimos aprendizados e reflexões
desde o cotidiano até o coletivo, assumimos não ter o caminho escrito, aprendendo
e reaprendendo dia a dia com cada queda e ânimo, buscando nas ferramentas para
destruir o que nos submete durante séculos a nós e a nossa mãe terra, pela
liberação total nos pronunciamos.
Não queremos ser submetidas nos mecanismos capitalistas patriarcais, reconhecemos
que o Estado é partícipe da roda de consumo, da exploração e morte. Sigamos
adiante levantando processos para a total liberação, através da organização
horizontal e assembleária. O apoio mútuo e a autogestão. É por isso que
deslegitimamos as estruturas repressivas do Estado, que nos violentam em
diferentes situações. Lutemos para demonstrar o trabalho produtivo e reprodutivo
das mulheres, socializando os meios de produção sem líderes, nem aparatos
repressivos.
Somos as anarquistas obreiras que assassinaram por levantar sua voz de protesto,
somos elas e somos todas as que nunca voltaram para casa porque, ontem como hoje,
seguimos em resistência ante uma sociedade capitalista, assassina e patriarcal.
Resistam as que lutam e se rebelam desde dentro até a cotidianidade para ganhar
um pouquinho de ansiada liberdade.
Não queremos nem esperamos alianças com o Estado nem postos de poder de um
sistema que promove a desigualdade, construamos o caminho para a autonomia e a
emancipação contra todos os sinais de submissão. Nem amas nem escravas.
Organizemos a raiva companheires!
Resistência Anarcofeminista contra toda forma de opressão!
Somos as filhas das bruxas que não puderam queimar!
Anarcofeminista Lima
anarcofeministalima tutanota.com
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
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