(pt) luta fob: Desligamento da Casa da Resistência da FOB
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Quinta-Feira, 8 de Julho de 2021 - 07:53:24 CEST
A Coordenação Nacional da FOB recebeu e comunica o desligamento voluntário da
Casa da Resistência em Feira de Santana (BA) de nossa Federação. Desejamos boa
sorte na nova caminhada e lamentamos algumas razões alegadas, entre as quais
destacamos: ---- 1 - Do ponto de vista prático, a FOB não impediu nenhum trabalho
de base em Feira de Santana ou outra localidade. A unidade nacional gerada pela
Federação não nega as autonomias e flexibilidades táticas locais, ao contrário,
parte delas e devem ser aí assumidas. ---- 2 - A concepção e programa
sindicalista revolucionário da FOB está sistematizado nas Teses do I Enopes
(2013), sendo o livre acordo com estas um critério de ingresso. Divergências ou
adendos programáticos possuem as devidas instâncias para apreciação definitiva,
mas neste caso a divergência com o sindicalismo revolucionário não foi claramente
apresentada, nem as instâncias foram aguardadas. Há, então, uma divergência ou
indisposição com o sistema federalista de decisão.
3 - Existe um equívoco em afirmar que estudantes e servidores públicos são,
indiscriminadamente, parte da pequena-burguesia. Esta leitura não acompanha a
proletarização crescente destas categorias nas últimas décadas e o atual desnível
de salários e formas de contrato no serviço público. Ainda assim, classes sociais
não são classe de renda.
4 - De todo modo, a estimativa da condição objetiva e das categorias ocupacionais
do quadro filiado na FOB é equivocada. Desde o II Enopes em 2017, nossa mudança
de linha política repercutiu em novas experiências e ampliação do trabalho junto
ao proletariado marginal (como autônomos e desempregados), comerciários, bairros
populares, sem teto e comunidades tradicionais. Muito há pra ser feito, estamos
dando nossos modestos passos.
5 - Reconhecemos as dificuldades que a ofensiva reacionária e a pandemia como
guerra biológica impuseram à nossa classe e suas organizações. Assim, a atual
defensiva popular no Brasil exige táticas adequadas, e não será superada apenas
com proclamações e estéticas combativas, nem mesmo com impeachment de Bolsonaro
conduzido pela burguesia e o reformismo brasileiro. Com paciência e persistência,
sem derrotismo nem superestimação, precisamos amassar muito barro no trabalho de
base, saber ouvir, servir e convencer o povo para construir uma contraofensiva.
Por fim, saudamos todo o esforço do trabalho comunitário e territorial. As
concepções e práticas territoriais combativas devem ser incorporadas aos
movimentos sindical e estudantil em relação harmônica destas lutas. Seguimos
convictos de que os movimentos comunitários e territoriais possuem importância
estratégica junto a greve geral insurrecional para a revolução e o socialismo em
nosso país e continente como obra coletiva.
Reconstruir o sindicalismo revolucionário!
Não vote, lute pelo socialismo!
https://lutafob.org/9103/
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