(pt) Serviços especiais da Ucrânia ajudam o regime de Lukashenko a reprimir anarquistas na Bielorrússia By A.N.A. (ca, de, en, it)[traduccion automatica]
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Quarta-Feira, 4 de Agosto de 2021 - 09:16:03 CEST
Os Serviços Especiais da Ucrânia e o Ministério de Assuntos Internos do país
responderam ao pedido dos oficiais de segurança da Bielorrússia enviado pela
Interpol e estão tentando deportar dois anarquistas bielorrussos: Alexei Bolenkov
(conhecido como Max Belorus) e Artur Kondratovich. ---- Alexei Bolenkov veio à
Ucrânia em 2013 para participar dos protestos de Euromaidan. Temendo a
perseguição, resolveu ficar no país. Artur Kondratovich foi um participante ativo
nas ações contra o Decreto n°3 (também conhecido como decreto "contra parasitas
sociais", que introduziu um imposto sobre pessoas sem um trabalho de tempo
integral) na Bielorrússia em 2017. Devido à repressão, se mudou para a Ucrânia.
Em 2020, durante a nova onda de protestos no país seguido das eleições, Bolenkov
e Kondratovich participaram de inúmeras ações em solidariedade e assistência a
refugiados políticos recém-chegados.
O Estado bielorrusso tentou extraditar Kondratovich da Ucrânia em 2019 mandando o
pedido ao Interpol. Subsequentemente, o anarquista foi preso na capital da
Ucrânia, Kiev, e lá passou cinco meses em detenção antes da suspensão do pedido
em decorrência de seu processo em andamento para o exílio político. No entanto,
durante seu aprisionamento, o passaporte de Artur Kondratovich desapareceu.
Uma nova fase da acusação começou em Abril de 2021, quando a polícia surgiu com
mandatos de busca e apreensão para Kondratovich e Bolenkov, sob o pretexto de
investigar casos criminais supostamente ligados a ataques de grupos anarquistas a
instituições estatais.
Imediatamente após a busca, os oficiais de SBU (Serviços Especiais da Ucrânia)
entraram no apartamento de Bolenkov, se recusaram a mostrar suas identidades e
tentaram levá-lo à fronteira mais próxima, que é justamente a fronteira com a
Bielorrússia. Se a operação tivesse obtido sucesso, Bolenkov teria sofrido a
ameaça de encarceramento imediato em seu país de origem, onde ele poderia
enfrentar o mesmo destino de outro anarquista, Nikolai Dedok, que foi torturado
pela polícia bielorrussa. Uma ação de solidariedade organizada improvisadamente
por amigos e advogados conseguiu impedir sua deportação.
De acordo com a SBU, Bolenkov seria uma ameaça à segurança nacional da Ucrânia e
deveria ser forçado a sair do país em até 24h. Os advogados decidiram apelar a
essa decisão, mas o juiz concordou com a narrativa do Serviço Especial. Na
opinião dele, a segurança nacional do país estava ameaçada pelas visões
anarquistas de Bolenkov; especialmente sua participação na ação contra a polícia,
a organização de ações em solidariedade com o povo bielorrusso, e a distribuição
de literatura anarquista. Para apoiar suas alegações, o SBU se utilizou de
publicações de extrema direita e informações das forças de segurança bielorrussas
que indicavam Bolenkov como suspeito em um processo criminal na Bielorrússia.
Além disso, em tentativa de incriminá-lo, oficiais de segurança também invadiram
a casa de um jovem casal, Sergei e Ira Ruban. Os Ruban eram amigos próximos e
camaradas de luta dos dois perseguidos políticos. Membros do Departamento de
Segurança Interna do SBU conduziram a busca sem mandato e apreenderam celulares,
laptops, tablets e pen drives. Após a invasão, ambos foram convocados para
interrogatórios, quando foram questionados sobre suas conexões com Bolenkov.
Depois, o investigador ainda os convocou para "conversas informais".
Imediatamente após os interrogatórios o casal foi chamado para questionamento
acerca do incêndio culposo de carros da polícia em 27 de Julho de 2020, como
testemunhas.
Agora Bolenkov interpôs um apelo, mas os advogados temem a perda do caso e a
efetuação do processo de deportação por falta de atenção do público. Artur
Kondratovich está também sob ameaça - pode ser a ele negado o exílio político sob
pressão do SBU.
De 9 a 18 de Julho, anarquistas ucranianos organizaram uma campanha de
solidariedade para Alexey, Artur, Iran e Sergey. Para mais informações e
atualizações, siga:
* ABC Ukraine Facebook: facebook.com/blackcrossukraine
* ABC Ukraine Telegramchannel: t.me/abcukraine
* ABC Ukraine Instagram: instagram.com/abc_ukraine/
Fonte:
https://freedomnews.org.uk/2021/07/12/ukrainian-special-services-assist-lukashenkas-regime-to-repress-belarusian-anarchists/
Tradução > mari
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agência de notícias anarquistas-ana
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