(pt) France, Union Communiste Libertaire AL #310 - Antipatriarcado, Educação, O silêncio do ministério sobre a violência de gênero (de, en, fr, it)[traduccion automatica]
a-infos-pt ainfos.ca
a-infos-pt ainfos.ca
Sexta-Feira, 27 de Novembro de 2020 - 09:15:23 CET
O Ministério da Educação Nacional emprega mais de 70% de mulheres. Uma em cada
cinco mulheres afirma ter vivenciado situações de violência no trabalho [3]. A
violência de gênero ocorre em todas as esferas, dentro da família, é claro, mas
também no trabalho, especialmente na escola. ---- Mulheres trabalhadoras da
educação enfrentam violência sexual e de gênero perpetrada por seus superiores ou
colegas. Cada vez mais as equipes sindicais apoiam essas vítimas de violência no
trabalho para que seus direitos sejam respeitados, o que nem sempre acontece.
---- Em várias academias, a hierarquia permite que as situações apodreçam ao não
tomar nenhuma ação contra os perpetradores durante os procedimentos. Os
reitorados abandonam as vítimas em um ambiente de trabalho onde eles ficam ombro
a ombro com seus agressores diariamente (muitas vezes avisados pelas academias de
sua implicação por um ou mais colegas). Melhor: a hierarquia oferece às vítimas a
mudança de estabelecimento, o mundo de cabeça para baixo!
O empregador derroga a sua obrigação de proteção legal consagrada no Código do
Trabalho e no Código da Educação (por exemplo, proteção funcional). Enquanto
isso, o ministro condena as meninas do ensino fundamental e médio que lutam pelo
direito de se vestirem como quiserem e contra a sexualização do corpo. O
Ministério e o Ministro da Educação Nacional, tanto pela palavra quanto pela
omissão, estabelecem a reversão da culpa: o sentimento de impunidade para os
agressores, a cultura do estupro e a insegurança para as mulheres e minorias de
gênero.
O sistema educacional deve ser um lugar para desconstruir estereótipos e educar
sobre a sexualidade. Além disso, é uma missão do ministério. Embora esta missão
esteja consagrada no Código de Educação[1]e deva ser objeto de pelo menos três
sessões por ano, raramente é eficaz. A educação em sexualidade se limita aos
cursos de ciências da vida e da terra, abordada sob a perspectiva da reprodução e
dos riscos à saúde. Os funcionários não são treinados para fornecer educação
sexual de qualidade e o Estado está reduzindo os orçamentos das associações de
educação popular (como o Planejamento Familiar), o que torna mais complicadas
suas intervenções na escola.
Na escola do sexismo
Os funcionários têm pouca consciência da igualdade de gênero e identidades de
gênero, conforme demonstrado pelos programas do INSPE [2]. No entanto, a circular
de 9 de março de 2018 relativa ao combate à violência sexual e de gênero no
serviço público prioriza a prevenção. Da mesma forma, os mecanismos de denúncia
de agressões e proteção às vítimas promovidos por esta lei são quase inexistentes.
Esta circular lembra que os empregadores públicos desempenham um papel exemplar
na luta contra a violência sexual e de gênero no trabalho. Porém, ao permitir, ao
não aplicar a lei, o Ministério da Educação Nacional está disseminando o
patriarcado e a violência sexual e de gênero.
Nossa tarefa política é lutar contra essa normalização da violência. Diante da
inércia de uma hierarquia que se recusa a assumir suas responsabilidades, a luta
coletiva, a luta feminista e sindical é imperativa e essencial para coibir a
violência sexual e de gênero.
Lucie (UCL Chartres)
Validar
[1] Esta missão é especificada pela Circular nº 2018-111 de 12 de setembro de 2018.
[2] Institutos Nacionais de Ensino e Educação, novo nome da ESPE, anteriormente IUFM.
[3] De acordo com uma investigação do Ifop para o Defensor dos Direitos produzida
em 2014.
https://www.unioncommunistelibertaire.org/?Le-silence-du-ministere-sur-les-violences-sexistes
Mais informações acerca da lista A-infos-pt