(pt) Federação Anarquista de Santiago - SEGUNDO COMUNICADO (en, ca, it) [traduccion automatica]
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Terça-Feira, 29 de Outubro de 2019 - 08:06:05 CET
Antes da explosão social na região chilena, a Federação Anarquista de Santiago declara:
---- 1- As fendas do modelo neoliberal estão aumentando, a situação excedeu todas as
margens do governo e se espalhou por toda a região. Não é mais apenas em Santiago que
protestam nas ruas, mas todos os territórios da região chilena se levantaram e organizaram
a luta. A vontade de nossa classe cresce dia a dia, apesar de ter tudo contra, estamos
cada vez mais nessa ação histórica. O toque de Queda é constantemente desafiado em todos
os cantos da região. Com manifestações massivas de descontentamento, o povo continua em
sua luta digna. ---- 2 - A resposta do governo foi intensificar sua repressão selvagem,
mais de dez mil soldados percorrem nossos bairros e avenidas desencadeando o terrorismo de
Estado. Tanques e helicópteros de combate são passeados por ruas e céus com a intenção de
assustar as pessoas.
Essa distribuição de pacos, ratis e milícias atingiu fortemente os povos combatentes, já
existem mais de 1700 detidos, mais de 250 pessoas gravemente feridas, mais de 15 pessoas
mortas, onde o Estado pretende esconder sua responsabilidade e ocultou seus nomes,
centenas de pessoas desaparecidas, um número indeterminado de pessoas torturadas e mais e
mais casos de violência política sexual aparecem. Todas essas vexações e assassinatos são
de responsabilidade direta do Estado, e especialmente do governo que deu rédea livre a
seus subordinados, que não hesitaram nem por um segundo em matar a classe oprimida.
3- Alertamos os povos em luta pela estratégia de comunicação desenvolvida pelo governo com
a cumplicidade da imprensa burguesa, que só quer desviar o olhar do conflito social,
instalando a ideia de que este é um conflito de segurança, onde a prioridade é restaurar a
ordem burguesa através de um "grande pacto social" e não devolver os direitos ao povo.
Longas horas de imagens tendenciosas e opiniões cúmplices aparecem na televisão, apelos do
governo a um espírito nacionalista para enfrentar esta crise, a mídia burguesa e o governo
estão lidando com isso como uma catástrofe natural, mas sabemos que essa é a catástrofe do
capitalismo e patriarcado, e lutamos para nos livrar dele e de todos que o sustentam.
Por fim, enfatizar que esses apelos para marchar com a camisa do time de futebol chileno e
desenvolver um espírito nacionalista é a mesma estratégia usada há alguns anos pela
extrema direita brasileira, que usou o descontentamento social maciço como trampolim
político para chegar ao poder . Chamamos a visualizar essa situação e não a fortalecer o
fascismo.
4- Repudiamos o oportunismo dos partidos políticos que reivindicam representar os povos em
luta, você representa apenas seus interesses mesquinhos, eles procuram alcançar posições
de poder usando o sangue derramado pela classe oprimida como estratégia oportunista e
parasitária. Eles não têm lugar em nossos bairros, em nossas assembléias e manifestações,
não têm lugar no novo mundo que estamos criando, mas representam tudo o que estamos
jogando no buraco da História.
5 - Apelamos para continuar mobilizados, para continuar a luta nos territórios e ruas. É
muito necessário que sejam montadas assembleias territoriais, nas quais prefiguremos os
processos autogerenciados de uma posição classista, ecológica e despatriarcal, para que a
auto-organização dos oprimidos responda e resolva os problemas mais imediatos e os
problemas longo alcance Devemos começar a criar o controle comunitário e territorial já
organizado, o que nos permite avançar para nossa total emancipação; essa deve ser nossa
prioridade e não os meios institucionais, como a assembléia constituinte ou qualquer outra
que oxigenar a democracia burguesa.
6- Finalmente, é necessário gerar uma estrutura de protesto como um todo e a partir dos
setores em luta, que representam a diversidade de corpos, povos e territórios e seus
problemas. Por esse motivo, é extremamente importante progredir para minar os pilares
deste modelo; torna-se necessário, então, revogar o código da água e pôr um fim às AFPs,
por outro lado, para melhorar as condições de vida imediata de nossa classe com a redução
do dia. trabalho, socializar o sistema de transporte, aumentar o salário mínimo, final do
subcontrato, direito a um habitat e moradia decente, aborto gratuito, saúde digna,
remissão de todas as dívidas educacionais (CAE, Fundo de Solidariedade), redução dos
preços de serviços básicos (água, eletricidade e gás) e paralisação de projetos
extrativos. Por sua vez, pare a agenda legislativa burguesa e aprofunde o neoliberalismo;
portanto, exigimos a rejeição do TPP-11, Lei de Integração Social, Lei de Geleiras,
Controle de Identidade Juvenil, Reforma de Previdência, Reforma Tributária e Projeto.
Hidrovia, no mesmo sentido, é essencial revogar a Sala de Aula Segura, a Lei
Antiterrorista, o Estatuto do Trabalho Juvenil, a Lei dos Migrantes, a Lei Reservada do
Cobre, o Código do Trabalho e o Sistema Tributário. Finalmente, a libertação de todos os
presos políticos; suspender o estado de exceção e o toque do restante; remova todos os
milicos e pacos das ruas, acabe com a violência sexual sexual e desative a lei de
segurança interna do Estado. Tudo isso deve ser conduzido através de uma greve geral e
constante mobilização nas ruas.
Fora com os Milicos de las Calles!
Greve geral!
Enraizar o anarquismo!
Para construir a Comunidade Organizada!
Viva a luta dos povos!
FEDERAÇÃO ANARQUISTA DE SANTIAGO
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