(pt) Coletivo Anarquista Bandeira Negra CABN: Dignidade, amor e rebeldia: não existe 1º de Maio para os patrões Por Carlos de Oliveira
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Quinta-Feira, 9 de Maio de 2019 - 09:32:09 CEST
Há cinco anos, em Joinville (SC), se busca, ainda que de maneira humilde com que as pernas
e passos permitem, resgatar a verdadeira importância e significados do Dia do Trabalhador
e Trabalhadora. Por não acreditarem que o data seja apenas de festa, um favor do patrão ou
ainda pior: o "dia do trabalho", pessoas se reúnem para sim, celebrar, mas não só, também
refletir e reafirmar a importância de todos nós, pessoas que vendem a mão de obra por uma
vida digna, apesar de ainda explorada. ---- Pelo terceiro ano seguido, o Sarau 1º de Maio
do Coletivo Anarquista Bandeira Negra de 2019 foi realizado na Associação dos Moradores do
Bairro Itinga (Amorabi), espaço referência em sentido comunitário e coletivo de se levar a
vida. Lá, centenas de pessoas assalariadas, de infinitas funções diferentes, de diversas
idades, compartilharam sentimentos, emoções e orgulho de não estar no lado dos patrões
cruéis e impiedosos.
A leitura inicial fez todos navegarem pelos oceanos Atlântico e Pacífico, mas não da forma
que aqueles que, décadas atrás, trouxeram a matança; mas exaltando os povos de países
trabalhadores e rebeldes da América Latina. Depois, pela delicadeza das peças de teatro
que promoveram a revanche contra quem nos ataca, nos quer escondidos atrás da maldade
exploratória, aos que nos querem trabalhando até a morte.
O futebol e a música, ao contrário dos que dizem os sábios da vida amargurada, também
estiveram ao lado dos de baixo. O campeonato rebelde de pênalti exaltou a categoria de
cada menino e menina que sonha em conquistar o mundo com os pés - ou mãos, para aqueles
diferentes que trazem a vitória com defesas surreais -. A cantoria do imigrante haitiano
David Lover e suas companheiras de palco, encantara provando que não há muros ou
tentativas de exclusão que se apague o talento e a valentia inesgotável dos que rasgam
linhas impostas pelos que acham mandar no planeta.
No Itinga, em 1º de Maio, é o dia que Joinville, Florianópolis, Curitiba, Itajaí, Porto
Alegre, Haiti e qualquer país do mundo se torna apenas um local: dos trabalhadores
carregados de amor e rebeldia.
O 1º de Maio derruba muros, desafia exploradores desalmados e relembra que a data é
daqueles que, um dia próximo, chegarão à vitória. Colocando fim à exploração e maldade.
Construindo dias de paz, dignidade, fraternidade e justiça.
Viva os trabalhadores e trabalhadoras do mundo! Viva o 1º de Maio!
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