(pt) uniao anarquista: Violência Política e a Guerra de Classes
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Sexta-Feira, 4 de Janeiro de 2019 - 06:51:02 CET
As eleições brasileiras sempre ocorreram com violência, principalmente no interior e nas
periferias. Assassinatos de vereadores em brigas vinculadas a milícias e tráfico de drogas
e do controle do poder local são relativamente comuns. Nessas eleições, no entanto,
tivemos um aumento da violência política estimulada pelo crescimento da candidatura de
extrema direita de Jair Bolsonaro-Mourão/PSL/PRTB. O assassinato da vereadora pelo PSOL do
Rio de Janeiro, Marielle Franco, em plena intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro
é emblemático neste caso. ---- A luta de classes entrou em um novo patamar. A extrema
direita com apoio do judiciário e da cúpula militar radicalizou sua intervenção. Propõe o
aniquilamento mesmo da esquerda institucional e eleitoral e procura com isso ampliar a
exploração e dominação sobre o povo. A própria facada recebida pelo Bolsonaro é um exemplo
do aumento da violência política.
Essa violência levou ao assassinato do mestre de capoeira baiano Moa do Catendê, que havia
declarado seu voto e apoio ao Fernando Haddad, e vitimou no Ceará o jovem Charlione Lessa,
filho de Maria Regina Lessa, uma sindicalista do ramo do vestuário. Charlione foi
assassinado a tiros numa carreata pro-Haddad. Ainda tivemos várias agressões e outros
assassinatos, principalmente de pessoas LGBTQI, como Priscila em São Paulo, assassinada
aos gritos de Bolsonaro.
As ações do TSE e TRE contra as manifestações nas Universidades na última semana foram
expressão desse acirramento e violência, com o tribunal eleitoral tomando parte da
violência: como era de se esperar, ao lado do reacionarismo. Praticando a censura e
atacando a livre manifestação. Importante destacar que em meio a essa onda de violência
foi simbólico que em frente a Faculdade de Direito da UFRJ, no centro do RJ, foi deixado
um corpo cravado de balas dentro de um carro enquanto ocorria uma aula publica.
A guerra de classes no Brasil avança velozmente, o pacifismo e legalismo deixa o povo
refém da violência da extrema direita e do terrorismo de Estado. O acirramento do conflito
política exige a autodefesa, a resistência e a ação direta do povo.
Mão Estendida ao Companheiro/a, Punho Cerrado ao Inimigo.
https://uniaoanarquista.wordpress.com/2018/10/28/violencia-politica-e-a-guerra-de-classes/
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