(pt) [FOB-DF] Não esquecer, não perdoar! -- Cartaz-mural colado em muro de uma periferia da capital federal homenageia Edson Luís.
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Sábado, 6 de Abril de 2019 - 09:16:07 CEST
Núcleo estudantil do Sindicato Geral Autônomo - DF (SIGA), filiado à FOB. ---- O dia 28 de
Março 1968 retoma a mente do setor estudantil combativo como um marco de uma data que não
iremos esquecer nem perdoar. Falamos do assassinato de Edson Luís de Lima Souto! O
estudante secundarista, advindo de Belém - Pará, com apenas 17 anos de idade, foi morto
pela força militar repressora do Estado brasileiro, enquanto participava de uma
manifestação contra as más condições do Restaurante Calabouço na cidade do Rio de Janeiro
e o aumento do preço. Edson Luís recebeu um tiro de um comandante, no peito e foi a óbito
no local. Dia de muito sofrimento e luta solidária em diferentes locais no Brasil. A
ditadura civil militar, que, oficialmente durou de 1964 a 1985 deixou milhares de mortos,
muito além dos números oficiais. Entre estudantes universitários, secundaristas,
camponeses, periféricas/os, quilombolas e indígenas, são centenas com mortes forjadas ou
dadas como desaparecidas/os. No dia da morte de Edson Luís as/os estudantes presentes no
local não deixaram a polícia levar o corpo e seguiram em caminhada com ele até um a Santa
Casa de Misericórdia da cidade. Ainda hoje sofremos com práticas repressoras muito usadas
nesse período nojento da história do nosso país. NÃO ESQUECEMOS NEM PERDOAMOS!
Resistencia e Luta
Mesmo diante de todo esse passado e presente de tormentos violentos por parte do
Estado, sobretudo a partir da polícia militar e exército, a conjuntura
política-educacional atual no Brasil e no Distrito Federal é de avanços conservadores,
opressores e genocidas. Bolsonaro - PSL, como presidente, e Ibanês - MDB (partido presente
na ditadura), como governador do DF, constroem cotidianamente os governos inimigos do
povo. De reforma da previdência a ordem policial para matar partindo do federal, a corte
de passe estudantil e militarização das escolas no regional. Não podemos ficar paradas/os
observando esses crimes contra o povo.
Edson Luís lutou e morreu por causas que ainda hoje precisamos lutar, não estão
asseguradas de fato. Acesso real a serviços básicos garantidos pela Constituição vigente
ganha cada vez mais tom de letras mortas. Nossa tarefa é a busca de vida digna a todas/os
que como classe trabalhadora com seus vários setores e desafios internos tem o direito de
usar do que produz e é negado a grande parcela dessa mesma. Vários pedreiros/as não têm
onde morar, não conseguem o aluguel segurar. O segurança do prédio tá preocupado com o
aumento do aluguel, tem gente morando na rua, morrendo buscando teto e terra, mas há
vários prédios vazios e seus donos devendo impostos para o governo. A/o estudante
necessitado e mesmo o de dentro da assistência estudantil sente cada vez mais o terror
psicológico e insegurança na universidade. Se a bolsa não cai, atrasa, ou não abrem mais
vagas, é grande a chance de voltar para casa.
A história como um todo, em diferentes lugares do mundo e nos nossos locais de
vida, estudo, trabalho, demonstra que só a luta muda à realidade que atormenta. E as
mudanças mais profundas são erguidas após um processo árduo, mas firme de construção pelas
bases, com coletivismo e solidariedade. Sejamos mais uma base da classe trabalhadora
enquanto estudantes nascidos, presentes e ou solidários na prática com ela.
Avante juventude combativa!
A luta é que muda o resto só ilude!
https://lutafob.wordpress.com/2019/03/28/fob-df-nao-esquecer-nao-perdoar/
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