(pt) Coletivo Anarquista Bandeira Negra CABN/CAB: Buenaventura Durruti (1896-1936), vivo em nossa luta de hoje e sempre!
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Domingo, 25 de Novembro de 2018 - 05:07:09 CET
"O fascismo não se discute, se destrói!" - Buenaventura Durruti ---- Não se sabe de onde
veio a bala que feriu de morte Buenaventura Durruti, naquela tarde de 19 de novembro de
1936. Veio de arma fascista? Veio de arma comunista? Bala perdida? O certo é que naquele
momento fatídico, a Revolução Espanhola também morria um pouco. ---- "Nosso Durruti
morreu!" estampava a capa do jornal anarcosindicalista Solidaridad Obrera do dia 21 de
novembro. Deixava o campo de batalha, naquela Madri cercada pelas hordas fascistas, o
companheiro Durruti aos 40 anos. ---- Nascido na província de León, em 1896, no dia 14 de
julho (dia da Queda da Bastilha!), José Buenaventura Durruti Dumange era filho de família
operária e desde criança conviveu com os sofrimentos de sua classe. Em 1927, escreveu para
sua irmã: "Desde minha mais tenra idade, o primeiro que vi ao meu redor foi o sofrimento
não apenas de minha família, mas também dos meus vizinhos. Por intuição eu já era um
rebelde. Creio que então se decidiu o meu destino."
Trabalhou desde os 10 anos, aprendeu a ser mecânico e se envolveu na luta social muito
jovem. Fugiu para a França no final de 1917, escapando do serviço militar e, de volta a
França, em 1919, filiou-se à Confederação Nacional do Trabalho (CNT).
Em 1922, juntamente com Juan Garcia Oliver, Ascaso e Ricardo Sanz, formou o lendário grupo
Los Solidarios, que bravamente reagiu ao pistoleirismo patronal que assassinava líderes
operários. Perseguidos, escapam para a América do Sul, onde prosseguiram clandestinamente
obtendo recursos para libertar companheiros encarcerados. Retornam à Europa e são presos
na França, suscitando uma grande campanha de solidariedade internacional pela liberdade
dos revolucionários.
De volta à Espanha, em 1931, integrou o setor faísta (próximo a Federação Anarquista
Ibérica) da CNT, se envolveu em diversas greves e insurreições, e foi diversas vezes preso
e até deportado para África.
Na reação ao golpe fascista de 18 de julho de 1936, Durruti encontrava-se em Barcelona.
Atuou intensamente na defesa e tomada da cidade, ajudando a constituir o Comitê de
Milícias Antifascistas da Catalunha. Cansado das disputas internas no Comitê, partiu para
a frente de combate junto com sua famosa Coluna. No caminho para Zaragoza, libertaram
diversos povoados, suprimiram a propriedade privada, expropriaram terras dos
latifundiários e promoveram a coletivização das terras, construindo a Revolução e o
Comunismo Libertário.
Durruti morreu às 4h da manhã do dia 20 de novembro de 1936. Seu sepultamento em Barcelona
reuniu dezenas de milhares de pessoas. Logo após sua morte, surgiu o Grupo Os Amigos de
Durruti, ardoroso defensor da Revolução e contrário a colaboração com a burguesia e com os
reformistas.
Viva sempre companheiro Durruti! Viva em nossa luta de hoje e de amanhã!
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