(pt) luta fob: [RMC] Em Memória dos Operários da Greve da CSN 1988 Por RMC
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Terça-Feira, 13 de Novembro de 2018 - 05:21:51 CET
Ao longo do dia 09 de novembro de 1988, três operários da Companhia Siderúrgica Nacional
foram mortos pela ação do Exército Brasileiro. Foram eles: Carlos Augusto Barroso (19
anos), Walmir Freitas Monteiro (27 anos) e William Fernandes Leite (22 anos). ---- Eram
trabalhadores que reivindicavam melhorias nas suas condições de vida e trabalho. Mas em
seu caminho, estava o Exército do genocida Duque de Caxias com suas armas prontas para
matar o povo e manter os privilégios dos ricos. ---- Em 7 de novembro de 1988, cerca de um
mês após a promulgação da Constituição "Cidadã", trabalhadores da Companhia Siderúrgica
Nacional, em Volta Redonda/RJ, decidiram entrar em greve. Suas pautas? Reajuste salarial,
estabilidade no emprego, jornada de trabalho de 40 horas semanais e readmissão dos
demitidos em 1987.
Através da ocupação da CSN e do bairro de Vila Santa Cecília, os trabalhadores iniciaram
uma das mais combativas greves do período do pós-ditadura com a larga utilização de
métodos de autodefesa.
O Estado Brasileiro, fruto de um acordo entre setores da burguesia e o setor militar,
visando destruir o movimento grevista utilizaram o Exército. Durante a ação dos militares,
três trabalhadores foram mortos. As mortes dos trabalhadores até hoje são lembradas como O
"Massacre de Volta Redonda" e são uma clara demonstração de como os militares atuam contra
o povo.
O Massacre de Volta Redonda deve ser relembrado, principalmente no contexto atual de
Intervenção Militar no RJ e com a eleição de Jair Bolsonaro/Mourão(PSL/PRTB) e Witzel
(PSC), onde a atuação dos militares se desenvolve em larga escala e que abre o caminho
para a repressão contra o povo.
Segundo a Agência Pública, desde 2010, 32 pessoas foram mortas pelas Forças Armadas em
ações de Garantia de Lei e Ordem (GLO). Todas as vítimas eram pobres e moradores de
favelas. Em toda a sua história, o Exército demonstra seu caráter genocida contra o povo,
desde os massacres realizados na Cabanagem até a recente Ditadura Militar.
Os trabalhadores da CSN demonstraram o caminho para a luta do povo contra o Exército: Ação
Direta. As máscaras utilizadas pelos trabalhadores amotinados em 1988 devem ser
recuperadas e vestir o rosto das trabalhadoras e trabalhadores dos dias de hoje.
Que Carlos, Walmir e William não sejam esquecidos. Não esquecemos, Não perdoamos!
Que Raimunda, Matheus e Marco Aurélio, assassinados pelo Exército nos anos 2000, não sejam
esquecidos. Não Esquecemos, Não Perdoamos!
PUNHO CERRADO AO INIMIGO, MÃO ESTENDIDA AO COMPANHEIRO!!!
https://lutafob.wordpress.com/2018/11/10/rmc-em-memoria-dos-operarios-da-greve-da-csn-1988/
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