(pt) Coordenação Anarquista Brasileira - CAB: Contra o aumento dos combustíveis e do custo de vida de toda a classe trabalhadora: tomar as ruas contra o ajuste e a repressão!
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Quarta-Feira, 30 de Maio de 2018 - 08:02:00 CEST
Nós da Coordenação Anarquista Brasileira (CAB) nos solidarizamos e apoiamos a luta dos
caminhoneiros e caminhoneiras que desde a segunda-feira, 21 de maio, estão em greve em
diversos locais do país realizando trancamentos de rodovias federais, estaduais e
manifestações de rua. ---- Os diversos interesses em jogo nessa luta, a tentativa por
parte do empresariado de tentar capturar a pauta dos trabalhadores e agenciá-la a seu
favor não pode ofuscar a justa luta da categoria e obstruir a solidariedade de classe, é
necessário que os trabalhadores e trabalhadoras pressionem seus sindicatos para se
manifestar ativamente em solidariedade a luta dos caminhoneiros e contra a política de
preços da Petrobrás criada pelo Tucano Pedro Parente sob encomenda do Governo Temer, uma
política subordinada a agiotagem do sistema financeiro internacional que faz com que a
Petrobras não trabalhe visando os interesses do povo, mas agindo a serviço de
especuladores e empresas internacionais, praticando preços que não são os de um país
produtor de petróleo, essa política de preços impacta toda a classe trabalhadora, pois sua
consequência é o aumento do custo de vida para todos nós. A mão invisível do mercado bem
sabe onde fica bolso do trabalhador assim como sabe se usar do cassetete e armas para
reprimir quando nos colocamos de pé para lutar contra os ajustes e as políticas anti-povo
dos governos que só defendem seus interesses
A categoria dos caminhoneiro/as segue pressionando o Governo Federal para que atenda as
reivindicações contidas no documento protocolado dia 16 de maio, em Brasília, e entregue
em todos os ministérios competentes.
No documento a categoria exige melhores condições de trabalho e o cumprimento de acordos
feitos anteriormente, como a criação de pontos de paradas de descanso nas rodovias,
isenção de impostos para caminhoneiros autônomos, vale-pedágio entre outras (ver:
http://www.unicam.org.br/paralisacao-do-setor-e-decorrente-de-descaso-do-governo/).
Sendo duas as pautas centrais: Redução no preço do óleo diesel. E isenção do pagamento de
eixo de suspensão no pedágio para os caminhos vazios.
Diante da forte mobilização o governo fez o que bem sabe fazer quando é colocado em xeque,
chamou uma mesa de negociação com "representantes" que não falam em nome do movimento e
fez um simulacro de acordo para legitimar a repressão militar daqueles que chamou de
"pequena minoria", fato é que após o suposto acordo do governo com os "representantes" da
categoria os bloqueios nas estradas aumentaram e manifestações espontâneas em
solidariedade aos caminhoneiros e contra o governo Temer começaram a surgir por todo o país.
As centrais sindicais CUT, CTB, UGT, Força Sindical, CSB, NCST diante da truculência do
governo de convocar as Forças Armadas para arrancar os caminhoneiros de seus locais de
trabalho, as estradas, ao invés de convocar uma mobilização que prepare a Greve Geral se
colocam de joelhos diante do governo Temer para mediar um acordo com os caminhoneiros.
Nada podemos esperar dessas centrais que pensam suas ações sob a sombra das urnas. Fazer
política confiando no pleno funcionamento das instituições é não compreender que em um
Estado Policial de Ajuste talvez ao fim do ano não exista uma urna aguardando o voto mas
sim o cano frio de um fuzil militar para reprimir a luta do povo.
Por isso não vemos soluções mágicas, nem pela via eleitoral nem pela violência
institucional de outra ditadura militar. Somente com a solidariedade e união entre os
setores da população que o povo vai conseguir resistir à ganância dos poderosos e
exploradores nacionais e internacionais. A força do povo organizado, construindo o Poder
Popular, que pode trazer alternativas a toda esta sangria do mercado financeiro e dos
especuladores internacionais contra o povo. Aqueles que apostam as fichas nas ilusões
eleitorais ou saídas autoritárias ignoram que é na luta popular direta que podemos
acumular e defender direitos sociais.
É fundamental que reforcemos os laços de solidariedade entre as categorias sindicais e
populares, para construir o germe de uma greve geral, que coloque o governo na parede e
retome nossos direitos sociais perdidos.
TODO APOIO À LUTA DO/AS CAMINHONEIRO/AS!
POR UMA PETROBRÁS QUE NÃO SEJA SUBORDINADA AO MERCADO FINANCEIRO!
CO
https://anarquismo.noblogs.org/?p=945
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