(pt) O jornal oficial da Federação Autônoma dos Trabalhadores FAT -- A GREVE DOS CAMINHONEIROS E AS LUTAS DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO EM GOIÁS.
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Quinta-Feira, 7 de Junho de 2018 - 08:12:21 CEST
A greve dos caminhoneiros nas últimas semanas demonstrou o potencial organizativo e
político de setores marginalizados da classe trabalhadora. A mobilização foi capaz de
paralisar parcialmente a circulação de produtos em diversos pontos do país, impactando a
distribuição de combustível e de outros elementos básicos. Além disso, o caráter popular
das pautas com centralidade na redução do preço do Diesel foi rapidamente aceito pela
população, o que levou a inúmeras demonstrações de apoio. Em Goiânia ‘motoboys', motorista
de van's escolares e aplicativos se mobilizaram em solidariedade e somaram forças contra a
alta nos combustíveis. Enquanto trabalhadores fora da ‘órbita' do sindicalismo oficial se
organizaram, poucas foram as demonstrações de apoio das centrais e seus sindicatos que se
posicionaram timidamente. No caso da educação goiana o SINTEGO sequer lançou análises
sobre o acontecimento, servindo apenas como correia de transmissão da SEDUCE ao anunciar o
recesso nas escolas da rede estadual a partir do dia 29 de maio (terça-feira). Na rede de
educação de Goiânia as aulas nem mesmo foram suspensas. Mas a luta contra os preços altos
dos combustíveis possui relação com a educação? A resposta é sim! Em um cenário de
intensos ataques aos trabalhadores a resistência deve ser forjada coletivamente. O valor
do combustível influencia nas passagens do transporte coletivo, nos preços dos alimentos e
outros produtos. É uma questão que faz referência direta ao encarecimento da vida que
tanto nos angustia enquanto classe, e a luta contra a carestia de vida é obra de todos os
trabalhadores. Ademais, vimos companheiros de classe serem duramente reprimidos pela PM e
Exército, mas não conseguimos nos organizar em apoio. O que fazer? Num período de
políticas antipovo é preciso construir alternativas populares que consigam reunir o
potencial de luta dos trabalhadores e ampliá-lo. Essa alternativa é a Greve Geral. Apenas
a Greve Geral tem o poder de barrar todos os ataques contra a população pobre brasileira.
Os caminhoneiros mostraram força ao paralisar parte da circulação de produtos, força esta
que pode ser estendida através da paralisação de todos os setores: produção industrial e
agrícola, escolas e universidades, comércios e serviço, entre outros. É nesse sentido que
cobramos posicionamento dos sindicatos da educação de Goiás, não aceitaremos que nos
silenciem por meio de sua apatia e indisposição para a luta. Dessa forma é preciso que os
trabalhadores da educação goiana cobrem a realização URGENTE de assembleias de suas
categorias. Chega de inanição! Se o sindicalismo oficial atua como ‘extintor' da revolta
popular, que sejamos a ‘chama que incendeia' a rebelião! Pela greve nas escolas e
universidades públicas e privadas! Contra a carestia de vida! Abaixo a repressão!
Federação Autônoma dos Trabalhadores - Núcleo da Educação.
https://federacaoautonoma.wordpress.com/2018/06/02/a-greve-dos-caminhoneiros-e-as-lutas-dos-trabalhadores-da-educacao-em-goias/
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