(pt) Organização Específica Anarquista - Amazonas: PREPARAR O CICLO DE LUTAS CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA!
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Domingo, 11 de Fevereiro de 2018 - 06:50:20 CET
A votação da contrarreforma da Previdência, prevista pelo governo para o dia 19 de
Fevereiro, já está em plena articulação. Apesar dos "office-boys" da reforma - Rodrigo
Maia e Michel Temer encenarem um suposto "conflito" interno e na imprensa afirmarem não
possuir o numero de votos o suficiente para aprovação, e que portanto, deverão engavetar o
projeto às vésperas da votação, entendemos que isto não passa do blefe mais rasteiro
possível. O cenário para aprovação da contrarreforma é de decisivos 40 votos (dos 70
"indecisos" segundo sondagens da imprensa e declarações do próprio governo). Portanto, nas
próximas semanas veremos no andar de cima, os conchavos e os acordos mais espúrios para
fechar a conta e atender a pressa imposta pelos rentistas do mercado financeiro.
Por outro lado, mobilizações de base, jornadas de protestos já ocorrem em diversas cidades
país a fora, nas assembleias em locais de trabalho, estudo e moradia, atividades de
agitação e articulação contra a reforma. As centrais anunciaram esta semana o "Dia
Nacional de Lutas", cujo nome é dado quando as centrais simplesmente suspendem a
preparação de uma greve geral. Em Dezembro passado, a greve geral marcada para o dia 05/12
também foi suspensa após governo anunciar o adiamento da votação. Ainda desde Dezembro,
estava mantido o indicativo de greve, porém, em mais uma das reuniões de cúpula das
centrais feita em fins de Janeiro (31), foi suspenso o indicativo de greve para Fevereiro
e no lugar chamaram por tal jornada de lutas.
Temos críticas profundas às vacilações que as centrais vem desempenhando, na sabotagem da
luta dos/das trabalhadores/as, que decisivamente resulta em derrotas amargas e na situação
dramática da crescente retirada de direitos que estamos vivendo neste ultimo contexto.
Contra a capitulação das centrais, enfatizamos a necessidade de desenvolver e
potencializar cada vez mais a independência de classe, protagonismo e autonomia das
organizações de base dos trabalhadores, dos movimentos sociais e populares frente as
burocracias sindicais. A OEA enfatiza que para além de um dia nacional de luta (que tem
como essência o distracionismo da "pressão democrática" sobre o parlamento), é preciso o
chamado político para organização de uma legítima Greve Geral de tempo indeterminado -
única ferramenta efetiva para derrotar a agenda neoliberal dos sucessivos governos de
turno, enterrando primeiramente a contrarreforma da previdência, pelo caminho da ação
direta das massas.
Porém, o desejo não pode ser maior que a realidade e as condições possíveis no terreno
político que estamos inseridos. Não podemos em hipótese nenhuma, nos manter alheios e
distantes da classe trabalhadora, dos/das de baixo e do processo que está em curso. Desde
já, de forma modesta, decidimos concentrar todos nossos esforços para realizar atividades
de mobilização, panfletagens, reuniões a partir das bases, junto dos/das trabalhadores/as
nos locais de trabalho, estudo e moradia, com organizações e ativistas dispostos a lutar,
tensionando para o aprofundamento das lutas no próximo 19/02 em nível local.
Para barrar as contrarreformas, rumo à Greve Geral!
Ao trabalho companheiros! A tarefa é grande. Ao trabalho, todos! (Errico Malatesta).
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