(pt) Uma história oral do anarcopunk em São Paulo - parte 3 por Eduardo Ribeiro (By A.N.A.)
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Sexta-Feira, 3 de Agosto de 2018 - 06:38:27 CEST
Começa efetivamente o convívio em comunas, as bandas, publicações, as primeiras coletâneas
e o punk expande-se para além da música. ---- Depois que nomearam as suas bandeiras, os
anarcopunks se sentiram incomodados com a falta de uma prática da ação direta nos meios
tradicionais anarquistas e sindicais. Foi aí que expandiram as ações e o discurso para a
defesa de causas específicas. Feminismo, ambientalismo, diversidade de gênero, direitos
indígenas... Eram muitas as frentes. ---- As primeiras reuniões do MAP (Movimento
Anarco-Punk) rolavam na Estação da Luz. Por volta das 19h começavam a chegar os punks,
agrupando-se nos bancos ou nas escadas com acesso fechado. Nas reuniões rolava troca e
distribuição de materiais libertários - fanzines, livros, revistas, panfletos, jornais - e
apresentação das correspondências que chegavam na caixa postal do movimento. Os encontros
aconteciam ali porque os punks não tinham sede e moravam próximos às estações
ferroviárias. Os punks se juntavam, falavam de política, de som, faziam brincadeiras,
bebiam goró e compartilhavam alimentos.
Essas reuniões deram início às manifestações e aos ciclos de ações onde foram criados os
coletivos e as comunas. Essa atividades incluíam panfletagens no centro da cidade, visitas
a órgãos da imprensa para entregar "cartas-abertas" ou protestar, invasão de eventos "do
sistema" ou burgueses. Acima de tudo, acreditava-se que isso era a verdadeira identidade
do punk.
Na terceira parte desta história oral do anarcopunk em São Paulo, os depoimentos revelam
as primeiras preocupações dos coletivos. Nessa época, o convívio anárquico é buscado pela
primeira vez em experiências de comunas: as bandas começam a amadurecer, a galera consegue
prensar os primeiros vinis na forma de coletâneas e split EPs, descola lugares pra tocar,
e ainda se proliferam os zines e publicações anarcopunks, grupos de punkapoeira, teatro,
poesia, artesanato e tudo mais. Com a palavra, aqueles que estiveram lá.
>> Para ler a reportagem na íntegra, clique aqui:
https://www.vice.com/pt_br/article/pakpj7/historia-oral-anarcopunk-sao-paulo-parte-3
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