(pt) [Espanha] 1° de Maio: Tomar as ruas By A.N.A. (ca, en)
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Sábado, 28 de Abril de 2018 - 09:38:10 CEST
Há dez anos que vivemos nesta crise do sistema capitalista, uma crise que nada mais é que
outra ferramenta da grande patronal, das multinacionais e dos banqueiros, com a
cumplicidade de um sistema político corrupto, para aumentar seus enormes lucros sempre a
custa dos direitos dos cidadãos e, especialmente, da classe trabalhadora. Esta crise é na
realidade uma grande fraude. ---- Estamos há 10 anos em uma situação de emergência social,
onde não só as pessoas sem trabalho estão abaixo da linha da pobreza, senão que mais de
14% das pessoas com trabalho são pobres como consequência da precariedade dos novos
contratos de trabalho, com contratos parciais e salários de sobrevivência, que constitui a
nova realidade laboral de indignação. A isso se soma o retrocesso no poder aquisitivo que
sofreram as aposentadorias, ocasionando que um de cada três aposentados está abaixo dessa
linha de pobreza, ao mesmo tempo que tem aumentado a brecha salarial de gênero, tanto nos
salários como nas aposentadorias.
Enfrentamos um ataque ideológico e estratégico que pretende que o que até pouco tempo eram
direitos sejam agora negócio: a educação, a saúde, as aposentadorias, etc. Em suma, tudo
aquilo que é nosso, de todos e todas, está se convertendo em dividendos para as grandes
corporações empresariais. Em troca, somos forçados a resgatar bancos e estradas, pagando
uma dívida que não é nossa, que é ilegítima, e que em grande parte procede da corrupção.
Eles estão nos fraudando.
Desde a CGT (Confederação Geral do Trabalho) dizemos que não vamos nos resignar a que os
bancos sejam mais importantes que as pessoas; desde a CGT recusamos a crescente
privatização e precarização dos serviços públicos; desde a CGT não vamos permitir o
desmantelamento do sistema público de aposentadorias; na CGT não aceitamos que a classe
trabalhadora tenha reduzido seus direitos todos os dias com novas reformas trabalhistas.
É o momento de fazer uma divisão do trabalho reduzindo a jornada de trabalho, acabando com
as horas extras e adiantando a idade de aposentaria para que todos e todas possamos ter
trabalho. Há que se recuperar os serviços públicos que foram privatizados, onde a maior
importância seja a eficiência dos mesmos para poder ter uma proteção social que seja
pública e universal. É imprescindível distribuir a riqueza através de uma reforma fiscal
que faça com que as grandes fortunas e corporações suportem a maior parte dos gastos, já
que são elas que se beneficiaram com esta crise-fraude. Temos que acabar com a fraude e os
paraísos fiscais.
Para a CGT a resignação não é uma opção, é o momento de ocupar novamente as ruas, é mais
necessário que nunca que a CGT esteja presente ali onde realizam-se situações de injustiça
social, é necessária uma mobilização permanente da CGT contra esse sistema corrupto,
convocando e participando de todas as mobilizações que seja possível para conseguir uma
sociedade autogestionada, antipatriarcal, ecologista, não racista nem xenófoba... libertária.
A FRAUDE CONTINUA
SEGUIMOS NAS RUAS
Viva o 1º de Maio
Fonte: http://cgt.org.es/1%C2%BA-de-mayo-hay-que-tomar-las-calles
Tradução > César Antonio Cázarez Vázquez
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