(pt) [Argentina] Facundo Jones Huala: "Se Santiago estivesse aqui, ele estaria lutando nas ruas, nas barricadas" By A.N.A.
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Sábado, 28 de Outubro de 2017 - 08:17:46 CEST
"Os anarquistas, os encapuzados, porque Santiago foi um encapuzado e eu, sinceramente,
agradeço de todo coração ao companheiro porque quando se cumpriam esses 30 dias de
detenção injusta, ele veio, acompanhou porque haviam reprimido em Bariloche. Ele foi um
daqueles que estilhaçou as vidraças do Tribunal daqui, de Esquel, e o companheiro esteve
lutando lado a lado. Dói-me muito que mintam sobre ele. Por que eles não falam nada das
ideias que tinha o companheiro? O companheiro era um anarquista, nós somos mapuches. Temos
diferenças ideológicas com o anarquismo, mas devemos respeitar as ideias. Se Santiago
estivesse aqui, ele estaria lutando nas ruas, nas barricadas". ---- Facundo Jones Huala¹
---- Unidade Prisional 14 de Esquel ---- [1]Preso desde o último 27 de junho na Argentina,
Facundo Jones Huala, de 31 anos, é hoje um dos líderes da comunidade mapuche, que
reivindica 500 hectares de terras na Patagônia do grupo italiano Benetton (fabricante de
lãs que possui uma fazenda de ovelhas no local).
Segundo sua advogada, Sonia Ivanoff, Facundo foi preso em uma operação de rotina feita
pela Gendarmería (força militar argentina, subordinada ao Ministério da Segurança). Consta
na ficha do líder mapuche um pedido de extradição feito pelo Chile. O país vizinho alega
que, em janeiro de 2013, Facundo atravessou a fronteira ilegalmente e participou do
incêndio em uma propriedade rural. Em 2016, entretanto, o líder indígena já havia sido
detido, julgado e liberado na Argentina pelo mesmo episódio. Para Sonia, a segunda prisão
de seu cliente sem sentença alguma é "ilegal, abusiva e inconstitucional". Na Unidade
Prisional de Esquel, Facundo fez recentemente greve de fome e espera por um novo
pronunciamento das autoridades argentinas. "O segundo julgamento em Bariloche ainda não
tem data definida", diz a advogada, que é especialista em direitos indígenas e
vice-presidente da AADI (Associação de Advogados de Direito Indígena da República Argentina).
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