(pt) [Portugal] Carta aberta em solidariedade com os presos palestinos em greve de fome By A.N.A.
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Sexta-Feira, 26 de Maio de 2017 - 07:48:14 CEST
Estamos solidárias e solidários com os cerca de 1500 presos políticos palestinos em greve
de fome nas prisões israelitas. A greve, por tempo indeterminado, fez um mês em 17 de
maio. ---- Estamos em solidariedade porque o que exigem é básico: ---- * 1 cabine
telefônica por prisão para contactarem as famílias; ---- * visitas de familiares com
regularidade e dignidade; ---- * tratamento médico apropriado e condições prisionais
condignas; ---- * terem de novo educação superior à distância (Universidade Aberta); ----
* receberem ofertas das famílias como livros, jornais, roupa, comida; ---- * fim da prisão
solitária; ---- * fim das detenções sem acusação formada nem julgamento. ---- Já houve
greves de fome antes, os presos obtiveram algumas melhorias precisamente assim. Agora há
cerca de 6500 presos políticos nas cadeias israelitas, entre os quais 13 deputadas/os, 300
crianças, 500 sem acusação formada.
O relatório da Anistia Internacional de 2016/17 diz isto sobre os Territórios Palestinos
Ocupados e sobre Israel:
"As autoridades detiveram ou mantiveram milhares de palestinos dos Territórios Ocupados,
retendo a maior parte em prisões em Israel, violando a lei internacional. A muitas das
famílias dos presos, particularmente às de Gaza, não é permitido entrar em Israel e
visitar os familiares na prisão. As autoridades israelitas continuam a prender centenas de
crianças palestinas na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental. Muitas foram sujeitas a
abusos pelas forças israelitas, incluindo espancamentos e ameaças."
Os soldados, a polícia e oficiais da Agência de Segurança de Israel sujeitaram os detidos
palestinos, incluindo as crianças, a tortura e outros maus tratos com total impunidade,
particularmente durante a detenção e o interrogatório.
A organização de direitos humanos Addameer afirma que, nos últimos 50 anos, Israel prendeu
cerca de 800 000 palestinos. É cerca de 40% da população masculina dos Territórios
Palestinos. Quase todas as famílias já passaram pela prisão de pelo menos um membro.
Israel tenta etiquetar toda esta gente de "terroristas" e diz que com eles não negocia.
Tenta ainda, por qualquer meio, quebrar a determinação da resistência.
Desde que começaram a greve de fome, estes presos começaram a sentir ainda mais
represálias: foram proibidos de receber visitas da família e mesmo dos advogados;
foram-lhes confiscados rádios, roupas e outros haveres; muitos foram mudados para prisões
distantes e postos em solitária.
Os grevistas consomem só água com sal, para se manterem vivos. Já 76 deles foram
transferidos para hospitais.
Um pouco por todo o mundo as ações de solidariedade têm-se multiplicado. Não seremos
exceção. É urgente dar a conhecer esta luta, exigindo que sejam atendidas as justas
reivindicações dos presos em greve de fome há mais de um mês. Só a solidariedade ativa
pode evitar que ocorram mortes neste ato de resistência corajoso e denunciador dos opressores.
Porto, 17 de maio de 2017
(carta aberta a subscrições)
Fonte:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfbu1I_2fJNVkBz4UmxdOJmev7hXU_-SdQ8lYTELoKJIBWjDw/viewform
agência de notícias anarquistas-ana
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