(pt) [Espanha] A mobilização e a repressão continuam no Marrocos: da greve geral em Alhucemas às condenações nos julgamentos de Gdeim Izik By A.N.A. (en)
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Quinta-Feira, 17 de Agosto de 2017 - 08:15:59 CEST
Os protestos no Rif, dos quais já relatamos¹, continuaram, com a convocação de uma greve
geral. No momento, a única resposta dada pelo regime marroquino às reivindicações
populares foi a repressão, que deixa pelo menos um morto e cerca de 200 presos políticos
berberes. Ao mesmo tempo, vários ativistas sarauí, detidos durante o desmantelamento do
Gdeim Izik Camp em 2010, foram sentenciados a severas penalidades, incluindo várias penas
de prisão perpétua. ---- De acordo com os colegas da CNT Córdoba, em 20 de julho passado a
região de Alhucemas foi novamente paralisada por outra greve geral chamada pelo Movimento
Popular do Rif. A principal demanda para a greve é a retirada do exército que ocupa o Rif
(25.000 militares) e a libertação imediata dos presos políticos. O referido Movimento
exige escolas, hospitais, uma universidade, o respeito pela cultura do Rif e também o fim
da pobreza extrema, luta contra a corrupção e por liberdades democráticas.
A solidariedade com o Rif espalhou-se por todo Marrocos com manifestações de dezenas de
milhares de pessoas em lugares como Rabat, enquanto no Ayoun, no Saara ocupado, houve
recentemente grandes protestos para a autodeterminação do povo sarauí. Ante tudo isto, o
estado de Marrocos reage com o bloqueio da informação e violência.
Aos cerca de 200 presos políticos berberes são adicionados desde 24 de julho oito
jornalistas que cobriam os protestos. Eles enfrentam acusações como "atentar contra a
segurança do estado" pelo simples fato de exercitar seu trabalho com decência e relatar
livremente sobre a greve e repressão exercida pelo regime. Apesar da detenção de
jornalistas, sabe-se que a polícia matou um manifestante, que morreu do impacto de um
jarro de fumo.
A esta situação terrível na área do Rif, devemos acrescentar as recentes condenações em
Gdeim Izik em um julgamento cheio de farsas, atormentado por irregularidades e denunciadas
por numerosas organizações de direitos humanos. Lembremo-nos que, neste julgamento, sete
ativistas sarauís foram condenados à prisão perpétua, enquanto outros onze foram
sentenciados de 30 a 20 anos de prisão.
O Movimento Popular do Rif é um movimento de assembleias confrontando o estado marroquino
em que as mulheres estão se tornando mais e mais protagonistas. Destacamos também a luta
corajosa do povo sarauí contra o estado marroquino, perante a cumplicidade criminosa do
Estado espanhol, um dos principais apoios do regime marroquino.
É por isso que incentivamos todos os filiados e filiadas da CNT a dar o máximo apoio aos
nossos companheiros e companheiras no Rif e no Sahara.
Obrigado, finalmente, ao grupo internacional da CNT-Córdoba pelo excelente trabalho de
coordenação sobre este tema.
Secretário de Assuntos Externos do Comitê Confederal
Fonte:
http://www.cnt.es/noticias/contin%C3%BAan-la-movilizaci%C3%B3n-y-la-represi%C3%B3n-en-marruecos-de-la-huelga-general-en-alhucemas-las
[1]http://www.cnt.es/noticias/cnt-en-solidaridad-con-las-protestas-en-el-rif
Tradução > Liberto
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