(pt) Movimento de Organização de Base (MOB-RJ): Justiça para Lucía
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Sábado, 5 de Novembro de 2016 - 13:25:33 CET
No dia 25/10/16 o grupo de mulheres do MOB se somou a milhares de outras mulheres,
marchando da ALERJ à Cinelândia em solidariedade à Lucía Pérez. A menina de 16 anos foi
drogada à força, sendo obrigada a consumir uma enorme quantidade de maconha e cocaína, até
suas narinas queimarem. Na seqüência foi estuprada, empalada e morta. ---- Lucía, moradora
de Mar del Plata, na Argentina, era uma jovem que amava os animais e sonhava ser
veterinária. Mais uma de nós que teve seus sonhos tão precocemente interrompidos. No dia
de seu brutal assassinato saiu de casa deixando seu facebook aberto e o chimarrão
preparado: ela achava que logo voltaria pra casa. Seus assassinos lavaram seu corpo,
trocaram suas roupas e a abandonaram num hospital alegando que ela havia sofrido uma
overdose, numa clara tentativa de mascarar a verdadeira causa de sua morte.
14650305_999872990158393_5783742673729756945_nA resposta veio das ruas: sob a consigna de
“ni una menos”, milhares de mulheres argentinas saíram vestidas de preto e entraram em
greve nacional por uma hora no dia 19/10/16. A solidariedade foi internacional, com atos
de apoio ocorrendo no mundo inteiro, em especial na América Latina.
No Rio a multidão de mulheres ecoava em português e em castelhano: “Nem uma a menos!”, “Ni
una menos! Vivas nos queremos!”. No fim do ato um jogral foi realizado, lembrando outros
casos de feminicídios no Brasil e no mundo, inclusive com muitas sobreviventes, num ato de
coragem, pegando o microfone e compartilhando suas histórias, que iam sendo repetidas em
coro num microfone humano.
Na Argentina, a semana de mobilizações terminou com o triste saldo de mais três
feminicídios. No Brasil verificamos um aumento de notificações de estupros coletivos,
sendo o mais recente o caso de uma mulher de São Gonçalo estuprada durante 4 anos por
traficantes da região. Ainda estamos longe de vencer esta batalha, agora mais do que nunca
precisamos seguir firmes na luta, tomando as ruas e construindo focos de resistência.
O patriarcado não tem fronteiras, o feminismo também não deve ter. Por um feminismo
internacionalista, pautado nos princípios da sororidade, da auto-organização das de baixo
e no apoio-mútuo.
Lucía! Presente! Presente! Presente!
#NosotrasParamos
#NiUnaMenos
#NemUmaAMenos
#MOBilize-se
https://organizacaodebase.wordpress.com/2016/11/03/justica-para-lucia-nota-do-mob-rj/
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