(pt) anarkismo.net: Carta de Fundação OAZ by OAZ - Organização Anarquista Zabelê
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Quinta-Feira, 5 de Maio de 2016 - 11:06:13 CEST
Nosso papel é construir conjuntamente, a nível social os caminhos para transformação da
realidade, que não virá de forma espontânea. Diante disso tudo, nós, grupo de militantes
anarquistas, no auge de suas reflexões, enxergando todos os desafios e barreiras impostas,
e acreditando na organização como ferramenta fundamental para se chegar a um futuro justo
e livre de toda ordem de opressão, fundamos a OAZ (Organização Anarquista Zabelê), que
leva em seu nome uma grande guerreira indígena piauiense chamada Zabelê, que fazia parte
da tribo Amanajós, localizada a poucos quilômetros de Oeiras, Zabelê foi morta e Tupã
resolveu transformar a índia em uma ave que canta triste sempre ao entardecer. Enxergamos
em Zabelê uma grande guerreira e queremos visibilizar as minorias que sempre estiveram
presentes em nossa história, então decidimos carregar conosco um grande símbolos de nossa
raiz, nesse contexto surge o nome Organização Anarquista Zabelê – OAZ!
Carta de Fundação OAZ
Saudações libertárias a todas e todos!
Após várias experiências e labor, debruçadas e debruçados sobre os estudos e primeiras
vivências no seio social dos princípios anarquistas, algumas e alguns militantes,
enxergaram a necessidade de se organizar mais e mais para se concluir a caminhada para
revolução social que tanto almejamos E esta revolução não se realizará de forma mágica.
Fazem-se necessários elementos orgânicos que estejam atuando firmemente agora no presente,
para fazer gerar as condições para estes objetivos.
Os quase dois anos do Grupo de Estudos Anarquistas do Piauí – GEAPI foram um laboratório
sem igual, que permitiu acesso e conhecimento sobre o anarquismo no Piauí, colocando
novamente socialismo libertário em pauta nas esferas dos movimentos populares. Mas a
estrutura de grupo de estudos tem certas limitações, tanto na questão programática, quanto
em organização política, que impedem alcançar resultados mais objetivos na luta contra o
Estado e o capitalismo.
O momento atual exige de nós anarquistas, olharmos para os princípios com disciplina,
planejamentos, empenho, em suma, organizados e organizados. Como já observou Dalton:
“A questão, então, nos é colocada de frente, sem possibilidade de evitá-la: podemos estar
sinceramente satisfeitos com a propaganda? A propaganda, já admitimos, foi necessária para
construir um movimento como o que temos hoje em dia. Mas não pode continuar sendo o foco
exclusivo de nossos esforços atuais – a propaganda não pode determinar as necessidades da
organização; são as necessidades da organização que devem determinar a propaganda. Podemos
estar satisfeitos, com toda honestidade, indo de luta em luta divulgando nossos
princípios? Nesta altura, deveríamos estabelecer algo mais para nós, deveríamos buscar uma
linha de ação e de pensamento estratégico, que dê coerência à nossa participação (ou não
participação) em uma ou outra luta. É hora de assumir responsavelmente a importância que
nosso movimento conseguiu e deveríamos começar a nos comportar de acordo com esta
circunstância’’
Não há outra caminhada para militantes que desejam provocar rupturas senão a da
organização. Num processo dialético, a (o) militante precisa da organização e a mesma
precisa do militante extremante afinado e disposto a desenvolver o trabalho sério junto
com as camadas oprimidas pelo Estado e pelo capitalismo. Não com a intencionalidade de
representá-las, nem falar por elas e muito menos doutriná-las a partir de verdades
pré-estabelecidas. O nosso papel, enquanto militantes e organização é de provocar e
construir os meios e jeitos para a população organizar-se e dar a resposta necessária para
nossos algozes. Nosso papel é construir conjuntamente, a nível social os caminhos para
transformação da realidade, que não virá de forma espontânea. Diante disso tudo, nós,
grupo de militantes anarquistas, no auge de suas reflexões, enxergando todos os desafios e
barreiras impostas, e acreditando na organização como ferramenta fundamental para se
chegar a um futuro justo e livre de toda ordem de opressão, fundamos a OAZ (Organização
Anarquista Zabelê), que leva em seu nome uma grande guerreira indígena piauiense chamada
Zabelê, que fazia parte da tribo Amanajós, localizada a poucos quilômetros de Oeiras,
Zabelê foi morta e Tupã resolveu transformar a índia em uma ave que canta triste sempre ao
entardecer. Enxergamos em Zabelê uma grande guerreira e queremos visibilizar as minorias
que sempre estiveram presentes em nossa história, então decidimos carregar conosco um
grande símbolos de nossa raiz, nesse contexto surge o nome Organização Anarquista Zabelê –
OAZ!
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http://www.anarkismo.net/article/29260
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