(pt) sindivariosaraxa: ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES
a-infos-pt ainfos.ca
a-infos-pt ainfos.ca
Sábado, 11 de Junho de 2016 - 10:29:56 CEST
I – Introdução ---- A luta secular entre explorados e exploradores adquiriu uma amplitude
ameaçadora. O Capital, omnipotente, levanta novamente a sua cabeça monstruosa. Apesar das
lutas intestinas que dilaceram a burguesia e o capitalismo cosmopolitas, estes
encontram-se, actualmente, em magníficas condições de relacionamento, as quais lhes hão-de
permitir lançarem-se com uma maior unidade e uma maior força sobre o proletariado, a fim
de o submeterem ao carro triunfante do Capital. ---- O capitalismo organiza-se, e, da
situação de defesa em que se encontrava, lança-se agora numa ofensiva, em todas as
frentes, sobre a classe trabalhadora. Esta ofensiva tem a sua origem profunda em causas
bem concretas: na confusão de ideias e princípios que existe nas fileiras do movimento
operário, na falta de clareza e de coesão acerca das finalidades actuais e futuras da
classe operária, e na divisão em inumeráveis sectores; numa palavra, na debilidade e na
desorganização do movimento operário.
Contra este ataque cerrado e internacional de toda a espécie de exploradores, apenas um
procedimento é possível: a imediata organização da classe proletária num organismo de luta
que acolha no seu seio todos os trabalhadores revolucionários de todos os países,
constituindo assim um bloco granítico contra o qual chocarão todas as manobras
capitalistas, as quais, por fim, acabarão por ser esmagadas pela própria força do seu
enorme peso.
Este movimento de emancipação não pode aceitar as linhas de conduta indicadas pelas
tendências do movimento dos trabalhadores que aspiram à harmonia entre o capital e o
trabalho, desejando uma paz internacional com o capitalismo e incorporando-se no Estado
burguês. Tão pouco pode aceitar as tendências que propagam os princípios da ditadura do
proletariado, contrários à finalidade da maior liberdade possível e do bem-estar para
todos, pois é este o objectivo de todos os trabalhadores conscientes.
Contra a ofensiva do Capital e contra os políticos de todas as espécies, os trabalhadores
revolucionários do mundo inteiro devem pôr de pé uma verdadeira Associação Internacional
dos Trabalhadores, na qual cada membro esteja consciente de que a emancipação da classe
trabalhadora não será possível enquanto os próprios trabalhadores não consigam, na sua
qualidade de produtores, e através das suas organizações económicas, preparar-se para a
tomada de posse das terras e das fábricas e tornarem-se capazes de as administrar em
comum, de modo a estarem em condições de poder continuar a produção e assegurar toda a
vida social.
Com esta perspectiva e esta finalidade diante de nós, o nosso dever de trabalhadores
consiste em participarmos em todas as acções que impliquem objectivos de transformação
social, sempre com a intenção de nos aproximarmos da realização dos nossos próprios fins;
fazendo sentir, nessa participação, o peso da nossa própria força, esforçando-nos por
fornecer ao nosso movimento, para a propaganda e a organização, os meios necessários que
lhe permitam substituir-se aos seus adversários. De igual modo, em todas as situações em
que tal seja possível, há que pôr em prática o nosso sistema a título de modelo e de
exemplo, devendo as nossas organizações, dentro das suas possibilidades, exercer a máxima
influência possível sobre as outras tendências, com o fim de incorporá-las na nossa
própria acção, isto é, na luta comum contra todos os adversários estatais e capitalistas,
não deixando de ter sempre em conta as circunstâncias de lugar e de tempo, mas
conservando, no entanto, os objectivos do movimento emancipador dos trabalhadores.
II – Os princípios do sindicalismo revolucionário
1. O sindicalismo revolucionário, baseando-se na luta de classes, tende para a união de
todos os trabalhadores através de organizações económicas e de combate que lutem pela sua
libertação do duplo jugo do Capital e do Estado. A sua finalidade consiste na
reorganização da vida social, com base no Comunismo Libertário e mediante a própria acção
revolucionária da classe trabalhadora. Considerando que apenas as organizações económicas
do proletariado são capazes de alcançar este objectivo, o sindicalismo revolucionário
dirige-se aos trabalhadores, na sua qualidade de produtores e de criadores de riquezas
sociais, para neles germinar e se desenvolver, opondo-se, assim, aos modernos partidos
operários, os quais considera sem capacidade para uma reorganização económica da sociedade.
2. O sindicalismo revolucionário é inimigo irreconciliável de todo o monopólio económico e
social, e tende para a sua abolição através da implantação de comunas económicas e de
órgãos administrativos geridos pelos trabalhadores dos campos e das fábricas, formando um
sistema de conselhos livres, sem estarem subordinados nem a qualquer tipo de poder nem a
qualquer partido político. O sindicalismo revolucionário ergue, contra a política do
Estado e dos partidos, a organização económica do trabalho, e ao governo do homem pelo
homem opõe a gestão administrativa das coisas. Por conseguinte, não é sua finalidade a
conquista dos poderes políticos, mas sim a abolição de toda a função estatal na vida da
sociedade. O sindicalismo revolucionário considera que, com o desaparecimento do monopólio
da propriedade, deve também desaparecer o monopólio da dominação, e que toda a forma de
Estado, tenha ela a cor que tiver, nunca poderá ser um instrumento de libertação humana,
antes pelo contrário, sempre será criador de novos monopólios e de novos privilégios.
3. O sindicalismo revolucionário tem uma dupla função a cumprir: por um lado, prosseguir a
luta revolucionária quotidiana, cujo objectivo é o de melhorar as condições económicas,
sociais e intelectuais da classe trabalhadora, dentro dos limites da sociedade actual; por
outro lado, a de educar as massas, tornando-as capazes tanto de uma gestão independente no
processo de produção e de distribuição, como de uma tomada de posse de todos os elementos
da vida social. O sindicalismo revolucionário não aceita que a organização de um sistema
social totalmente apoiado no produtor possa ser regulamentada por uns meros decretos
governamentais; afirma, sim, que essa organização apenas poderá ser realizada através da
acção comum de todos os trabalhadores, manuais e intelectuais, em cada ramo de indústria,
através de uma gestão feita pelos próprios trabalhadores nos locais de trabalho, de modo a
que cada agrupamento (fábrica ou ramo de indústria) seja um membro autónomo dentro do
organismo económico geral, organizando a produção e a distribuição segundo um plano
determinado por meio de acordos mútuos que tenham em vista os interesses da comunidade.
4. O sindicalismo revolucionário opõe-se a todas as tendências de organização inspiradas
no centralismo do Estado e da Igreja, uma vez que apenas servem para prolongar a própria
vida do Estado e da autoridade e para sufocar sistematicamente o espírito de iniciativa e
de independência de pensamento. O centralismo é a organização artificial que submete os
chamados órgãos de base aos chamados órgãos de cúpula, colocando nas mãos de uma minoria a
regulamentação de assuntos que dizem respeito a toda a comunidade e transformando o
indivíduo num autómato cujos gestos e movimentos são dirigidos. Na organização
centralista, os valores da sociedade são submetidos aos interesses de apenas alguns, a
variedade é substituída pela uniformidade, a responsabilidade pessoal por uma disciplina
unânime. É por esta razão que o sindicalismo revolucionário assenta a sua concepção social
numa ampla organização federalista, isto é, numa organização construída de baixo para
cima, na união de todas as forças a partir de ideias e de interesses comuns.
5. O sindicalismo revolucionário recusa toda a actividade parlamentar e toda a colaboração
com os órgãos legislativos, pois entende que nem mesmo o mais livre sufrágio poderá
eliminar as evidentes contradições existentes no seio da sociedade actual e que o sistema
parlamentar apenas tem um único objectivo: o de dar uma aparência de direito ao reino da
mentira e das injustiças sociais.
6. O sindicalismo revolucionário recusa todas as fronteiras políticas e nacionais,
arbitrariamente criadas, e declara que o chamado nacionalismo não passa da religião do
Estado moderno, por detrás da qual se encobrem os interesses materiais das classes
possidentes. O sindicalismo revolucionário não reconhece outras diferenças senão as de
carácter económico, regionais ou nacionais, e reclama para todo o agrupamento humano o
direito a uma autodeterminação acordada, solidariamente, entre todas as outras associações
do mesmo género.
7. É por idênticas razões que o sindicalismo revolucionário combate o militarismo e a
guerra. O sindicalismo revolucionário recomenda a propaganda contra a guerra e a
substituição dos exércitos permanentes, que são os instrumentos da contra-revolução ao
serviço do capitalismo, por milícias operárias, as quais, durante a revolução, serão
controladas pelos sindicatos operários; e exige, para além disso, o boicote e o embargo de
todas as matérias-primas e produtos necessários para a guerra, exceptuando casos em que se
trate de um país onde os trabalhadores estejam a fazer uma revolução de tipo social, já
que, em tal situação, há que ajudá-los na defesa dessa revolução. Por último, o
sindicalismo revolucionário recomenda também a greve geral preventiva e revolucionária
como meio de acção contra a guerra e o militarismo.
8. O sindicalismo revolucionário reconhece a necessidade de organizar a produção de forma
a não causar danos ao meio ambiente, reduzindo ao mínimo a utilização de recursos não
renováveis, utilizando, sempre que possível, alternativas renováveis. O sindicalismo
revolucionário identifica a procura do lucro, e não a ignorância, como a causa da actual
crise do meio ambiente. A produção capitalista, para sobreviver, procura sempre conseguir
lucros cada vez mais elevados, através da minimização dos custos, sendo incapaz de
proteger o meio ambiente. Concretamente, a crise mundial da dívida externa acelerou a
tendência para a produção agrícola comercial, em detrimento da agricultura de
subsistência, o que provocou a destruição das selvas tropicais, a fome, as doenças. A luta
para salvar o nosso planeta e a luta pela destruição do capitalismo ou são conjuntas ou
fracassarão ambas.
9. O sindicalismo revolucionário afirma-se partidário da acção directa, e sustém e
impulsiona todas as lutas que não estejam em contradição com as suas próprias finalidades.
Os seus métodos de luta são: a greve, o boicote, a sabotagem, etc. A acção directa
encontra a sua mais profunda expressão na greve geral, a qual deve igualmente ser, do
ponto de vista do sindicalismo revolucionário, o prelúdio da revolução social.
10. Inimigo de toda a violência organizada, seja por que tipo de governo for, o
sindicalismo revolucionário tem em conta que, durante as lutas decisivas entre o
capitalismo de hoje e o comunismo livre de amanhã, se produzirão violentíssimos
confrontos. Por conseguinte, aceita a violência que se possa usar como meio de defesa
contra os métodos violentos que as classes dominantes hão-de pôr em prática, quando o povo
revolucionário lutar pela expropriação das terras e dos meios de produção. Como esta
expropriação só poderá ser iniciada e levada a cabo através da intervenção direta das
organizações económicas revolucionárias dos trabalhadores, a defesa da revolução deve
igualmente encontrar-se nas mãos dos organismos económicos e não nas mãos de uma
organização militar, ou semelhante, que se desenvolva à margem deles.
http://sindivariosaraxa.blogspot.co.il/2016/06/estatutos-da-associacao-internacional.html
======================================================l
El testimonio de un realojado por Anarquistas Gran Canaria Federación
Approved: 1ainfosca99
Buenas, voy a contaros un poco la que fue nuestra situación sin entrar en muchos detalles
e intentando acortarla lo más posible, que no fue ni menos, ni más dramática que la de
miles de familias que por desgracia pasan un bache en su vida y un día se encuentran
"viviendo" en la calle. Por circustancias de desempleo y al no percibir ninguna ayuda,
fuimos dando tumbos por muchos sitios, en uno de esos acabamos en Guía. Al no encontrar
ninguna casa no tuvimos otra opción que entrar a vivir en una obra abandonada, donde
tuvimos que sobrevivir entre los excrementos de las palomas, suciedad y gente que entraba
a consumir y a otras muchas cosas mas. Cerré como pude la "vivienda" por llamarla de
alguna manera, para que mi mujer estuviera un poco más a salvo. Pasabamos frío por las
noches, al principio nos dabamos calor pegándonos el uno al otro encima de unos palés que
nos hacían de cama, hasta que conseguimos mantas. Un lujo vamos. Hacíamos la comida en un
bidón vacío de pintura. Allí eramos los únicos que vivíamos. Hicimos lo que pudimos para
que eso se pareciera lo más posible a un hogar. Como opinión personal creo que un hogar lo
crean las personas no el techo donde vivas.
Catorce de diciembre del 2015 mi mujer se quedo embarazada, fue la noticia más bonita de
mi vida, solo empañada por la situación que vivíamos, fue como ver brillar el sol cuando
solo te rodea oscuridad. Nos pasábamos todas las noches buscando en los contenedores
comida, muebles... lo que fuese para sobrevivir, pero eso era solo para sobrevivir
nosotros. Ahora había una vida más que venía a este mundo. Así nos pasamos muchos meses,
demasiados creo yo. Por que nadie se merece vivir hoy en día de esa manera cuando lo que
sobran son techos dignos. Hasta que conocimos a un miembro de la FAGC que sin pretensiones
de ningún tipo y buscando nada más que el sacarnos del hoyo, nos dio la oportunidad de
entrar a vivir en la ahora tan conocida, COMUNIDAD ESPERANZA. Gracias a eso ahora tenemos
un techo digno donde esperamos ver nacer a nuestra hija y recuperar, cosa que no os conte
antes a otras dos niñas que son por parte de mi mujer. Gracias a eso ahora podremos ser
una bonita y gran familia numerosa. Comunidad esperanza, otro nombre no podría tener,
GRACIAS, GRACIAS Y MIL GRACIAS.
http://www.anarquistasgc.net/2016/06/el-testimonio-de-un-realojado.html
More information about the A-infos-pt
mailing list