(pt) Espanha, A VII Feira Anarquista do Livro de Sevilha começa nesta quinta e vai até domingo
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Terça-Feira, 5 de Abril de 2016 - 13:08:41 CEST
A sétima edição da Feira Anarquista do Livro de Sevilha começa nesta quinta-feira (31 de
março) e vai até domingo (3 de abril), no Tramallol, Pasaje Mallol 22, 41003 – Sevilha.
---- P r o g r a m a ç ã o ---- • Quinta-feira, 31 de março ---- 19:00 horas ---- Contra
os cárceres ---- Apresentação do livro “A un latido de distancia” (Txalaparta, 2015), por
sua autora, Adelaida Artigado. Com posterior debate. ---- Não há nada mais antigo,
recorrente e rotineiro que o poder de intimidação e dominação do castigo. E poucos
castigos tem minado tanto a vontade popular, poucas instituições o condensam de maneira
tão nítida, como o cárcere. As dores e as penas que povoam estes breves relatos nos dão
conta da crueldade e do absurdo inerentes à clausura humana. Mas, como um maravilhoso
reverso que sempre faz parte dessa tenebrosa paisagem, Adelaida Artigado nos faz sentir,
ainda, o espírito de luta das e dos pobres, sua cumplicidade e solidariedade, sua
lealdade, essa força para resistir, criar e, definitivamente, rir do poder e da opressão
que nos maltrata sem piedade.
Depois, jantar vegano.
• Sexta-feira, 1º de abril
19:00 horas
Migrações
Palestra – “A maquinaria repressiva da política migratória”, com Eduardo Romero (Coletivo
editorial Cambalache e Campanha estatal pelo fechamento dos CIEs) e Mahmud Traoré
(co-autor do livro “Partir para contar, un clandestino africano rumbo a Europa”). Com
posterior debate.
Análise e crítica à política migratória europeia em que se manifesta a relação entre as
causas que originam a migração, a evolução das leis em relação aos estrangeiros e os
acordos econômicos internacionais que dão como resultado um aparato racista e repressivo a
serviço do capitalismo.
Depois, jantar vegano.
• Sábado, 2 de abril
11:30 horas
Pedagogia libertária
Apresentação do livro “Aprendiendo a obedecer. Crítica del sistema de enseñanza” (Ed. La
Neurosis o Las Barricadas, 2015), por seu co-autor, Alfredo Olmeda. Com posterior debate.
Um ensaio que recolhe as tradicionais críticas ao sistema de educação, através de uma
linguagem atual e ao alcance de qualquer pessoa que se preocupe pelo tema da educação.
Partindo da ideia de que o sistema de ensino supõe uma poderosa ferramenta de
socialização, o livro faz uma análise de seus aspectos fundamentais, que passam pelo
conceito de aprendizagem, a história da criação dos sistemas educativos nacionais, a
metodologia, os conteúdos, a relação entre escola e poder e a concepção do ser humano que
subyace al hecho educativo.
14:00 horas
Almoço vegano.
17:00 horas
Anarcofeminismo e Memória Histórica: As invisíveis
Projeção de “Indomables. Una historia de Mujeres Libres” (Juan Felipe, 62’, 2012).
18:30 horas
Anarcofeminismo e Memória Histórica: As invisíveis
Apresentação dos livros “El internado escuela Durruti 19371939” (L’Exaim edicions,
2011), por sua autora, Cristina Escrivá Moscardó; e “Aproximación al papel de las mujeres
en los grupos autónomos de la transacción“ (Ed. Descontrol, 2016), por sua autora, Irene
Cardona Curcó. Com posterior debate.
O Internato Escola “Durruti” é um projeto de investigação iniciado no ano de 2003 que
culmina na presente edição. Preservar a memória quando vai desaparecendo, pouco a pouco e
sem trégua, os testemunhos dos últimos protagonistas, potencializa o esforço realizado
para consegui-los. O Internado “Durruti” foi organizado pela Confederação Nacional do
Trabalho – Seção Defesa – Subseção Escolas, no ano de 1937, com a finalidade de capacitar
os jovens libertários. A relação dos fatos e a extraordinária documentação que se oferece
é totalmente inédita, portanto essencial para poder chegar a completar a história dos
Institutos para Trabalhadores, onde os alunos e alunas do “Durruti” sonhavam ser
admitidos. A escassez de estudos centrados na época da guerra de Espanha sobre a relação
sindicatos de classe e cultura justifica completamente este trabalho, que também resgatou
a imagem de seus protagonistas.
Este trabalho é uma primeira e humilde aproximação ao estudo da experiência das mulheres
que participaram na luta dos grupos autônomos e libertários na época da transição
democrática. Partindo da perspectiva da epistemologia feminista, focar a investigação
desde a coleta dos testemunhos de mulheres que não tiveram um lugar, onde fazer seu
discurso ou a reflexão de suas vivências, implica uma vontade de reconhecimento das
violências que sofreram mas, sobretudo, de suas lutas, das resistências que tentaram e sua
contribuição à história.
• Domingo, 3 de abril
Horário por confirmar
“El martirio de las cosas”, passeio pela Sevilha iconoclasta, guiado por Pedro G. Romero.
Um passeio pela violência iconoclasta de caráter político, artístico e anticlerical na
Sevilha do século passado.
Pedro G. Romero (Aracena, 1964), é artista, pesquisador e comissário. Trabalha em torno da
cultura popular e sua ligação com a vanguarda artística. Fez parte da PRPC, Plataforma de
Reflexão de Políticas Culturais.
13:00 horas
“Encuentro de Ferias, Muestras y Encuentros Anarquistas del Libro.”
Chamada para criar um espaço no qual onde os vários encontros do livro anarquista que se
desenvolvem no Estado, possam colocar em comum suas trajetórias, inquietudes, dificuldades
e propostas sobre a difusão das ideias anarquistas.
14:00 horas
Comedor vegano e sorteio.
17:30 horas
Libertação Animal
Apresentação do livro “Los animales son parte de la clase trabajadora y otros ensayos” (De
Jason Hríbal. Ochodoscuatro ediciones, 2014), por seus editores. Com posterior debate.
Quando reclamamos que “carregamos como mulas”, “trabalhamos como animais”, ou “puxamos um
carro” (como os cavalos), estamos reconhecendo a existência de uma relação de classe que,
gostemos ou não, vai além das espécies. Observando a indiscutível natureza exploradora do
trabalho, temos de admitir que o papel dos demais animais na industrialização e no
desenvolvimento do capitalismo tem sido um papel ativo. Não só os seus corpos, vivos ou
mortos, têm sido utilizados como produtos, valor de troca e de acumulação. Também o seu
tempo e sua força foram usados para produzir mercadorias, transportá-las, construir
máquinas ou fazê-las funcionar. Da mesma forma, embora seja ocultado, participaram
ativamente na resistência contra a sua opressão.
Todas as atividades começarão com rigorosa pontualidade e terá lugar em Tramallol, Pasaje
Mallol 22, 41003 – Sevilha.
LIBERDADE PRESXS ANARQUISTAS!
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agência de notícias anarquistas-ana
Ruídos nas ramas.
Trêmulo, meu coração detem-se
e chora na noite…
Matsuo Bashô
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