(pt) Brazil, União Popular Anarquista (UNIPA) - Na crise econômica a burguesia disputa a carne do proletariado
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Quinta-Feira, 22 de Outubro de 2015 - 08:27:06 CEST
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A Operação Lava-Jato não é um combate contra a corrupção e moralização do Estado. A
"Lava-Jato" revela uma disputa entre frações da burguesia: uma ala financeira que busca a
privatização da Petrobras (PSDB...) e uma ala que pretende lucrar com a extração de
petróleo em primeira instância (PT...). É preciso que o povo fuja desta falsa polarização.
---- Na crise econômica a burguesia disputa a carne do proletariado ---- O avanço da
Operação Lava-Jato sobre as empreiteiras que são a base do projeto Neodesenvolvimentista
do Lulismo, como a Camargo Correa e a Odebrecht, demonstram o acirramento da disputa
interburguesa em períodos de crise econômica. ---- Visivelmente uma ala financeirista da
proto-direita brasileira busca enfraquecer as empresas extrativistas, que são base do
Lulismo, na tentativa de jogá-las no mercado de capitais por meio do aprofundamento da
política de privatizações. Lembremos que Dilma não abandonou essa política. Enquanto FHC
privatizou o setor de produção (petroquímicos, siderúrgico, mineração etc.), bancos e
telecomunicações, Lula/Dilma privatizou a circulação de mercadorias (estradas, portos e
aeroportos). Portanto, não existe a polarização PSDB - entreguista, PT - nacionalista.
Ambos entregaram o Brasil ao capital estrangeiro.
O debate sobre os desdobramentos da operação Lava Jato não deve ser tratada como uma
discussão moral sobre corrupção, pois o Estado em si, enquanto máquina, funciona
estruturalmente e historicamente por meio do roubo e do suborno. Esta é apenas uma disputa
de políticas dos que que querem lucrar com a extração de Petróleo em primeira instância e
aqueles que defendem a privatização.
Mesmo com a tentativa do Lulismo de apoiar o bloco especulativo com Joaquim Levy no
ministério da Fazenda, a política da Agenda Brasil apresentada pelo PMDB revelou a
prioridade do governo em aumentar a reestruturação produtiva via terceirização e avançar
no processo de licença ambiental para assegurar as mega-obras e impedir a demarcação de
terras dos povos originários como indígenas, quilombolas e ribeirinhos.
Por outro lado se engana quem pensa que o projeto neodesenvolvimentista do Lulismo
representa algo melhor para a classe trabalhadora. Tal projeto ao expandir a fronteira
Agrícola acaba por sub-proletarizar os povos tradicionais via superexploração da força de
trabalho como quando usa a mão de obra indígena para o corte de cana, ou quando usa a mão
de obra dos povos tradicionais para a construção de mega obras como a ferrovia
transnordestina que pretende rasgar o nordeste, assoreando aquíferos numa região que sofre
com a falta de água. É preciso resistir à esta falsa polarização.
O reformismo que defende algo semelhante
O PT prioriza a privatização da circulação de mercadorias e a expansão da fronteira
agrícola dizimando povos tradicionais numa linha de reconstrução da matriz energética.
A disputa entre PT e PSDB revela ao mesmo tempo uma diferenciação: 1) Quanto a base
social; e 2) Quanto a uma linha política majoritária de blocos interburgueses.
Os últimos governos do PSDB abandonaram a burguesia nacional em benefício da burguesia
rentista estrangeira. Isso podemos esperar do PSDB, a retomada do rentísmo na economia
brasileira, gerando a alta dos preços e o aumento do custo de vida para os pobres.
Já o reformismo de PSOL e PSTU deram indícios de uma política semelhante. Saíram em defesa
da campanha 10% do PIB pra educação sem questionar o Plano Nacional de Educação e seu
caráter privatista; saíram em defesa da reforma do código mineral (que irá roubar terras
de quilombolas e indígenas) com o condicionante que fosse repassado um percentual para a
educação, entre outras barbaridades neodesenvolvimentistas.
Barricadas contra as políticas anti-povo: Construir a independência política e a
auto-organização
Neste momento em que a proto-direita brasileira quer canalizar a insatisfação popular e
utiliza-la para desgastar o governo PT/PMDB e surgir como alternativa, é tarefa dos
anarquistas destruir os alicerces de sustentação do governo, bem como da política da
direita como o mito dos benefícios das privatizações, redução da maioridade penal, entre
outras bandeiras reacionárias.
A saída que cabe ao povo é a resistência aos ataques, iniciando a organização de base
contra o custo de vida como transportes, energia, água e alimentos, organizando comitês de
base por local de trabalho, estudo e moradia.
*Texto publicado no Causa do Povo nº73 - Set/Out/Nov de 2015
https://uniaoanarquista.wordpress.com/2015/10/14/na-crise-economica-a-burguesia-disputa-a-carne-do-proletariado/
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