(pt) Coletiva Feminista Maria Bonita RJ - Denúncia de agressão física, psicológica e material do militante anarquista Vinícius Mojica
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Sexta-Feira, 22 de Maio de 2015 - 08:24:07 CEST
Denúncia de agressão física, psicológica e material do militante anarquista Vinícius
Mojica (AVISO DE ACIONADOR: Descrição das violências sofridas) ---- Vinícius Mojica
Agressor Machista protagonizou atos de violência por três anos em uma relação
heteroafetiva com uma companheira militante anarcofeminista. As violências começaram com a
quebra de objetos por parte de Vinícius Mojica durante discussões entre o casal, prática
que se tornou recorrente durante toda a relação. Vinícius Mojica cumpria o ciclo da
agressão ao intercalar atos de raiva seguidos de arrependimento, do qual sua companheira
foi refém durante toda a relação. Usava as expressões: "vou mudar", "serei melhor",
"preciso da sua ajuda pra ser melhor".
Como todo anarcomacho restringia sua prática de apoio mútuo às atividades públicas.
Recusando reconhecer que o pessoal é político, Vinícius Mojica explorava sua companheira
ao negligenciar as tarefas domésticas no período em que moraram juntxs. Vinícius Mojica
produzia violência psicológica ao inverter a posição de vítima/agressor acusando sua
companheira de privá-lo de seus horários e de sua rotina e de estimular nele
comportamentos agressivos, o que configura culpabilização da vítima pela violência
sofrida. Sua companheira foi desse modo sendo levada a acreditar que era responsável pelas
agressões que sofria.
Vinícius Mojica foi gradualmente expandindo a escala de violências materiais: de copos,
garrafas, pratos e mesa passou a quebrar janela, vidro da janela, vitrola, HD externo com
quatro anos de dados de trabalho de sua companheira, tela de um computador, geladeira,
fogão, liquidificador, espremedor de laranja, televisão, celular e vasos de plantas.
Quando era colocado para fora de casa quebrava a porta para entrar, violência que se
repetiu diversas vezes.
Vinícius Mojica introduziu o registro do medo em sua companheira conscientemente através
de ameaças constantes: ameaçou rasgar documentos de trabalho e ameaçou com um martelo
quebrar o computador de sua companheira. Vinícius Mojica jogou álcool no quarto com uma
amiga de sua companheira dentro e ameaçou queimar a casa.
Vinícius Mojica agrediu fisicamente sua companheira em repetidas situações: imobilizou e
torceu seu punho por mais de uma vez, gerando a necessidade de acompanhamento médico e
medicamentoso; derrubou sua companheira e a chutou quando ela estava caída no chão.
A lesão que Vinícius Mojica provocou no punho de sua companheira, mais de uma vez, a
afastou de suas atividades profissionais por mais de cinco meses uma vez que ela trabalha
com práticas desportivas, necessitando do corpo, principalmente do punho. Vinicius Mojica
quis incapacitar sua companheira de exercer sua profissão. Esse dano exige hoje que ela
faça fisioterapia para recuperar as funções do punho e voltar ao trabalho, ocasionando até
o momento um gasto de mais de R$ 1.500,00 para a vítima.
Vinícius Mojica humilhou, ofendeu e desqualificou sua companheira
pessoal-profissional-politicamente.
Diante da possibilidade de ser denunciado, Vinícius Mojica disse claramente: "SE EU SEREI
ESCRACHADO PELO MENOS VOU FAZER BEM FEITO". Nesse momento derrubou sua companheira na
cama, subiu em cima dela e a espancou com socos na cabeça, dizendo que seu lugar era
embaixo dele e que estava feliz em vê-la ali. Vinicius Mojica estrangulou sua companheira
até que ela ficasse sem ar; arrastou sua companheira no chão puxando-a pela perna.
Vinícius Mojica demonstrou que tinha absoluta consciência do que estava fazendo.
Depois da última agressão, Vinícius Mojica fugiu para Belo Horizonte, dando continuidade
as suas atividades políticas silenciando as violências praticadas no Rio de Janeiro. Sua
então ex companheira receia retaliações após a publicização desta carta de denúncia.
Vinícius Mojica é um agressor machista misógino que ameaça e espanca mulheres e não tem o
direito de circular nos espaços de luta política que tem como princípio a autonomia e a
autodeterminação das mulheres.
Agressores Machistas não passarão e não serão tolerados nos espaços de luta política! A
solidariedade masculinista não será tolerada! Coletivos omissos corroboram a agressão!
Coletivas que assinam a Denúncia:
Coletiva Feminista Maria Bonita/RJ
BeijATO
Cinequeer
Pagufunk
Transrevolução/RJ
Coletivo de Auto-Defesa Feminista
Coletive Q?
Coletivo de Mulheres do Movimento Passe Livre - São Paulo
Rio de Janeiro, abril de 2015.
A Maria Bonita (RJ) é uma coletiva feminista intersecional que se organiza em resistência
ao patriarcado, racismo, homolesbotransfobia e outras opressões.
http://coletivafeministamariabonita.tumblr.com/post/119374850857/denuncia-de-agressao-fisica-psicologica-e
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