(pt) Coordenação Anarquista Brasileira (CAB) - Protesto não é Crime! Toda solidariedade ao Coletivo Quebrando Muros!
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Sábado, 9 de Maio de 2015 - 14:33:53 CEST
exceção no Paraná, sendo o responsável pelo massacre cometido pela polícia contra o
movimento dos servidores e servidoras públicas, que contava com o apoio de estudantes e
outros setores na luta contra o ataque à previdência. ---- Os lamentáveis acontecimentos
daquele dia escancaram o verdadeiro caráter do Estado e seu papel na manutenção da
"ordem", entendendo-se aqui como a ordem da classe dominante, que utiliza-se do aparato
estatal para manter os seus privilégios e garantir a execução de seus interesses. Quem
pagou pela crise, mais uma vez, foram as classes exploradas. Porém, sabemos que os
verdadeiros responsáveis são aqueles que estão no poder e que tentam forçar o povo a arcar
com o ônus da ruína que eles mesmos criaram.
Desta vez, no entanto, os setores oprimidos pagaram não apenas com o seu bolso, mas também
com o seu sangue. A repressão ocorrida no Centro Cívico viola todas as garantias
constitucionais "democráticas" em matéria de direitos humanos e liberdade de manifestação.
O que apenas nos revela, mais uma vez, aquilo que os anarquistas já sabem desde sempre:
quando se trata de garantir os interesses da burguesia, não há lei que não possa ser
violada pelo Estado. O reforço da lei vale apenas para as classes dominadas; os abusos
ilícitos da polícia e do Estado que a comanda raramente são punidos, ainda que venham a
ser muito mais graves e criminosos.
Mas os ataques do governo do Paraná àqueles que lutam e resistem não se encerram por aí.
Nesta semana, foram veiculadas reportagens em dois meios de comunicação do estado, a CBN e
a RPC (filiada à Rede Globo), nas quais a Secretaria de Segurança Pública tecia acusações
infundadas ao Coletivo Quebrando Muros, acusando-o de ser um grupo criminoso que teria se
"infiltrado" nas manifestações para promover ações violentas contra a polícia. Ora,
sabemos muito bem que a responsável pelas ações violentas daquele dia foi a própria
polícia e que o Coletivo Quebrando Muros tem militantes ativos no movimento dos
professores e professoras do Paraná.
Nas mesmas reportagens, a polícia e os jornalistas acusam os "supostos black blocks",
antifascistas e o Coletivo Quebrando Muros de "pregarem a anarquia", como se o anarquismo
fosse contrário à organização social. Porém, se o Estado acha que isto vai intimidar os
libertários e anarquistas, ele está muito enganado. A luta vai continuar e os libertários
continuarão ativos!
Este ataque calunioso tem interesses claros: desviar o foco do massacre cometido pela
polícia no dia 29 de abril e criminalizar os movimentos e organizações políticas que lutam
e defendem os interesses da classe oprimida. A liberdade de organização foi conquistada
com o sangue e a vida de centenas de militantes durante a ditadura, apenas para sofrer um
novo ataque do governo Beto Richa. Um governo que busca sair impune das graves violações
aos direitos humanos cometidas no dia 29, e ainda assim conserva cinismo o suficiente para
acusar organizações políticas que apoiavam os protestos de serem criminosas. Tal é o papel
do Estado: reprimir os movimentos sociais, perseguir organizações políticas, massacrar
manifestações que buscam lutar contra a perda de direitos dos trabalhadores. Tudo para
manter os privilégios das classes dominantes intactos.
As mentiras de Beto Richa não intimidarão o povo em luta. Chega de perseguição! Calúnias
não intimidarão as organizações em luta!
Protesto não é crime!
Arriba lxs que luchán!
As bandeiras rubro-negras continuarão erguidas!
Toda solidariedade ao Coletivo Quebrando Muros!
http://anarquismo.noblogs.org/?p=150
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