(pt) Brazil, Anarchist Federation Gaucha FAG - Ato Anarquista de 1º de Maio
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Terça-Feira, 5 de Maio de 2015 - 12:21:56 CEST
Realizamos no dia 30/04 nosso Ato Anarquista de 1º de Maio no Centro de Cultura Libertária
da Azenha, CCL. Um momento de socializar linhas de análise da conjuntura e das lutas
sindicais atuais, de fazer memória a data e de confraternizar com companheiros e
companheiras de luta. ---- Abaixo compartilhamos a adesão da nossa irmã Federação
Anarquista Uruguaia - FAU, o discurso de nossa Organização lido no Ato e algumas fotos.
---- Viva o 1º de Maio! ---- Vivo ou 1 Maio! ---- Vivo e FAG e seus 20 anos! ---- Vivo e
CAB! ---- Vivo para a anarquia! ---- Compañeras e compañeros de la FAG ---- Nós, que somos
sua organização irmã, a Federação Anarquista Uruguaia quer deixar um cara forte abraço
libertário para os dias de luta para o 01 de maio. Um dos dados mais do que importante
para nós, para que esses fatos históricos e políticos e continuidade ideológica da cultura
libertária dos nossos trabalhadores e as lutas das pessoas, e nossa anarquista,.
Eles vieram depois de muitos, muitos, muitos lutadores e lutadores, tudo humilde e modesto
em sua contribuição significou manter uma cultura de ideologia e prática, ação,
resistência. Foi a luta por baixo, com aqueles abaixo do que nos caracteriza. E não
teríamos contado como um romance, é porque nós estamos para baixo e nós sabemos que os
ganhos foram de sangue e luta, podemos dizer que o anarquismo, socialismo, da própria
cultura libertária tem sido o trabalho e criação de povos oprimidos . Não tem sido o
trabalho de laboratório e criação científica. E aí está. Que marcou 2013 e está definindo
uma nova era para os nossos irmãos na FAG eo CAB. Realizada em 2014, e tem sido 2015 e
2016. Com 20 anos de FAG e 60 da FAU!
Assim vai a nossa saudação de solidariedade vai o nosso abraço de força e nosso punho,
nosso pulso furioso indicando os 10 anos desde o assassinato do companheiro Nicolas
Alvarez Neira da Colômbia nas mãos da polícia assassinos e aparato repressivo do Estado, e
brutal repressão e abate são trabalhadores que vivem e mobilizou pessoas em Curitiba. Toda
a nossa solidariedade para resistir ao abate brutal nas pessoas Paranaense, sem dúvida,
sem hesitação. Com 200 feridos e todo o povo que está crescendo em força e organização.
Para uma classe 01 de maio!
Total solidariedade com as lutas de Curitiba!
Acima de 20 anos de nossa irmã Federação Anarquista Gaúcha!
Poder-se Popular !!
Acima da luta !!
Federação Anarquista uruguaios
Contra a trapaça político burguesa e o arrocho da vida dos trabalhadores
O mal estar corre solto nas ruas do país. A recessão econômica e as amargas medidas do
governo Dilma/PT a nível federal e Sartori/PMDB a nível estadual buscam salvar os lucros
de banqueiros e empresários, cortando direitos, investimentos sociais e aumentando o custo
de vida sob o farsante argumento de que o momento é de "sacrifício para todos". Aliado a
isso tudo, o cheiro podre da corrupção sistêmica impregnado no ar, em que se articula uma
complexa constelação de interesses e "escândalos" que envolvem desde os partidos da
coalizão governista como aqueles da oposição de direita, grandes empresas e banqueiros e
os grandes conglomerados de comunicação.
Vida cara e precária. Arrocho nos trabalhadores.
A promessa do capitalismo brasileiro, que vinha crescendo pela mão de uma desapropriação
violenta dos bens comuns, pela dominação dos capitais do agronegócio, mineradoras e
empreiteiras, quebra a cara com a queda do preço das "commodities" e da desaceleração do
capitalismo chinês. As idéias triunfalistas de um país de classe média, puxado pelo
consumo e o endividamento de massas, pelos empregos precários e a inclusão dos pobres como
sujeito flexível do mercado, mostram sua fragilidade e já entram em desencanto em amplas
camadas de trabalhadores do país.
A classe operária vive de novo as demissões na indústria e na construção civil. Só no ramo
de autopeças a patronal prega mais uma chantagem, exigindo infinitos incentivos fiscais e
flexibilização de direitos, ameaçando em caso contrário com 30 mil demissões ao longo do
ano. A falta de água e luz cria calamidade nas periferias urbanas e o preço das contas de
energia, da alimentação e dos serviços aumentam mais que a renda dos trabalhadores. A
mudança de regras do seguro-desemprego e do acesso a benefícios previdenciários (MP´s 664
e 665) corta direitos e coloca sobretudo uma classe trabalhadora jovem e localizada em
empregos precários em uma situação de maior vulnerabilidade e risco.
Os impostos castigam o consumo dos setores populares e médios, enquanto aliviam os ricos,
donos de empresas e grandes fortunas. Em contrapartida a saúde e a educação pública seguem
sucateadas, o transporte coletivo é péssimo, a justiça criminaliza a pobreza, a polícia é
racista e mortal nas vilas, favelas e subúrbios e o encarceramento em massa de pobres e
negros entra em uma nova fase com a aprovação da redução da maioridade penal.
Os precarizados, a massa dos trabalhadores brasileiros, alçados como modelo do regime de
trabalho flexível e super-explorador, sujeitos de uma rotina de pesados sacrifícios, dão
sinais de cansaço e irritação. A patronal, não satisfeita com os inúmeros incentivos
vindos dos governos, quer mais trabalho precário e pressiona o governo pela lei de
terceirizações.
A insatisfação cresce por todos os lados e chega a transbordar para além das velhas
estruturas, normas e regras que o sistema oferece para sua canalização. Insatisfação
representada por um sentimento difuso que, entre outras coisas, expressa rebeldias que vem
de baixo.
Terceirização: o grande ápice de um processo que leva 12 anos.
?A ofensiva patronal sobre nossa classe atingiu seu ápice nas últimas semanas com a
aprovação do PL 4330, a lei das terceirizações, na Câmara de Deputados que agora se
direciona para votação no Senado para então ser sancionada ou vetada pela presidente Dilma.
Ancorados no embuste de "regulamentação dos trabalhadores terceirizados" e "modernização
das relações trabalhistas", a patronal em aliança com a corrupta e mafiosa burocracia da
Força Sindical desdobra uma ardilosa operação política que visa, em realidade, fazer das
terceirizações o novo paradigma das relações de emprego no país, sepultando de uma vez por
todas a garantia de pleno emprego com direitos. Ao liberar a terceirização das
"atividades-fim" esse modelo de precarização do trabalho afirma sua vitória política que
vem sendo construída ao longo dos últimos anos, afirmando-se por sua vez, enquanto a maior
derrota dos de baixo desde o golpe de Estado de 1964.
Ainda em 2003, o início do primeiro mandato de Lula apontava o verdadeiro projeto político
em curso com a aprovação da reforma da previdência, então uma das principais ambições
tucanas. A mesma reforma não teria sido possível sem a velha cantilena da "modernização" a
qual não deixou de lado o covarde jogo de desenvolver um discurso que buscava opor
trabalhadores do funcionalismo público com trabalhadores do setor privado, apresentando a
"inevitável necessidade de podar os privilégios" dos primeiros para que pudessem ser
garantidos os direitos dos segundos.
Desde então, os 12 anos de pacto social petista antes de terem sido capazes de reduzir os
índices de desemprego, foram os anos de uma discreta e eficaz construção de um consenso
social em torno da necessidade de precarizar as relações de trabalho. A grande massa de
novos trabalhadores formais, em sua grande maioria jovens, que deixaram a incerteza do
desemprego dos odiosos anos tucanos foi também aquela que se formou em condições de
trabalho precário e sem direitos. Telemarketing, construção civil e terceirizações
diversas foram o grande pulmão que alavancou os empregos nestes anos, colocando essa nova
geração de trabalhadores em condições deploráveis de exploração, repressão sindical,
excesso de jornada e ritmo de trabalho, salários rebaixados, acidentes e mortes, dentre
outras mazelas.
?A fragmentação da classe trabalhadora e seu contínuo enfraquecimento organizativo foi,
por sua vez, a principal trilha percorrida pelo projeto democrático popular encabeçado
pelo PT desde meados da década de 1980. Para alcançar o executivo foi necessário a
"acumulação de forças" nas estruturas políticas do Estado enraizando ai uma cultura
política em que antes da luta autônoma de classe se ambicionava a aquisição de cargos no
legislativo e nos executivos estaduais e municipais. Com a chegada do PT ao executivo esse
processo deu um salto de qualidade e levou as grandes organizações de classe a uma
simbiose com o Estado, sendo fiéis escudeiros do governo de turno e afirmando-se enquanto
um grande estorvo à organização dos de baixo. Vista grossa à reforma da previdência e
assinatura de acordos que flexibilizam direitos, rebaixam salários e demitem, foram e
seguem sendo recursos cotidianos por parte da CUT, para citar um dos mais importantes
exemplos.
Após 12 anos à frente da gestão do Estado, aproximadamente 30 anos de progressivo
alinhamento ao mesmo e enfraquecimento da capacidade organizativa dos de baixo por parte
do projeto encabeçado pelo PT, a patronal se viu em uma situação favorável para convocar
sua bancada e seus aparelhos ideológicos, os grandes oligopólios da comunicação e seu
Instituto Millenium, para desengavetar o Pl 4330 de autoria do industrial da alimentação e
ex deputado Carlos Mabel/PL.
Ainda que tenham se colocado contrários a lei das terceirizações, o PT e as centrais
governistas (CUT e CTB), que em realidade brigam pela regulamentação da terceirização às
atividades meio e não a sua extinção, condicionaram o essencial de suas medidas em
discursos parlamentares, promovendo poucas e limitadas iniciativas de mobilização. Medidas
como a vã perspectiva de sensibilizar deputados, autoridades e a presidente Dilma, tem
dado o tom da pretensa resistência que este campo pretende oferecer ao monstro por ele
gestado.
A lei das terceirizações chega ao senado com relativo enfraquecimento dado a repercussão
negativa de seu verdadeiro teor, mas, por sua vez, com importante capacidade de se
efetivar dada a ausência de uma real capacidade organizativa das organizações de base em
dar uma resposta concreta no curto prazo. Em que pese esse fator, as muitas lutas que tem
se desenvolvido mostram uma real capacidade de acumularmos forças e tencionar na
perspectiva de virar o jogo. Da greve dos operários de Jirau à exemplar resistência dos
trabalhadores em educação no Paraná, passando pelas jornadas de junho de 2013, fica à
todos nós a mensagem de que é nas bases, buscando fomentar sua organização e radicalização
que podemos acumular forças e reorganizar o tecido social para dar batalha nos locais de
trabalho, moradia e estudo para resistir ao pacto social que hora se degenera a aberta
austeridade.
É preciso cerrar o punho para dar batalha intransigente a ofensiva dos de cima,
estimulando desde cada local de trabalho, estudo e moradia iniciativas para debater e se
mobilizar contra a redução da maioridade penal, o ajuste fiscal do governo dos governos
estaduais e federal e o projeto das terceirizações em curso, não alimentando nenhuma sorte
de ilusões de que as grandes direções sindicais possam apresentar medidas que sejam
capazes de frear essa onda. Só com uma forte explosão de descontentamento e fúria popular,
que fuja do controle das burocracias sindicais pelegas, mas também de toda sorte de
burocracia radical que reproduz os vícios burocráticos de condicionar ao seu próprio
desenvolvimento político partidário, e só com protagonismo de base é que conseguiremos
apresentar uma real resistência a voracidade patronal rumo à construção de uma greve geral.
Em memória aos mártires de Chicago, continuar a luta por direitos e pela transformação social!
Em solidariedade à resistência dos trabalhadores do Paraná.
Por um 1º de Maio contra as burocracias e de combate aos ataques dos governos e dos patrões!
Criar um Povo Forte!
Pelo Socialismo e pela Liberdade, Viva a Anarquia!
Federação Anarquista Gaúcha - FAG/CAB
20 anos!!!
http://www.federacaoanarquistagaucha.org/?p=1111
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