(pt) Brazil, Coletivo Quebrando Muros - Greve Estudantil - ferramenta de luta e autonomia dxs estudantes
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Terça-Feira, 14 de Julho de 2015 - 10:43:12 CEST
Neste duro ano de 2015, a crise econômica tem justificado a ampliação dos golpes contra
os/as de baixo. Seja nos âmbitos municipal, estadual ou federal, no executivo ou
legislativo, as medidas de austeridade são impostas por todos os lados. Afinal, o Estado
tem sim um lado: o dos ricos e poderosos. ---- A educação pública é um dos maiores alvos
destes ataques. No ensino superior, o projeto de precarização e privatização das
universidades está cada vez mais acelerado. Os cortes em bolsas e programas de permanência
afetam diretamente os/as estudantes que mais precisam. Eles são eles e elas que, de forma
autônoma -mas ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras da educação
organizados/organizadas - que podem barrar esses ataques e garantir a manutenção de
direitos. ---- O movimento estudantil tem demonstrado sua autonomia de luta através de uma
importante ferramenta: a Greve Estudantil. Para muito além do apoio e solidariedade às
greves de trabalhadores e trabalhadoras do ensino superior (professores, agentes,
terceirizados), as lutas se pautam por reivindicações próprias da categoria, que
referem-se diretamente à manutenção da universidade pública e gratuita e a condições
dignas para a permanência nos locais de estudo.
A greve estudantil não é apenas um preparatório para lutas futuras de trabalhadores em
formação, mas uma ferramenta importante na defesa da universidade pública. Nessa luta, o
movimento estudantil é tão importante quanto o sindical - e é um erro secundarizar uma ou
outra categoria. Estudantes, servidores, terceirizados ou professores: nossos esforços
devem convergir cada vez mais, apoiando-nos um nos outros e trocando acúmulos e
experiências. Para todas nós, é importante ter claro que apenas a luta construída de baixo
pra cima e pautada pela Ação Direta será capaz de manter os direitos que nos tentam
arrancar em nome da crise!
Nesse sentido, a mobilização estudantil tem servido como estímulo e influenciado a luta
dos outros setores de trabalhadores e trabalhadoras. Apontando para um caminho autônomo de
resistência, estudantes da Universidade Estadual de Londrina mantiveram-se em greve
estudantil e ocuparam a reitoria após o término da greve de docentes e servidores.
Provando que só a organização e a radicalização das/dos de baixo nos farão avançar em
nossos direitos, estudantes conseguiram o comprometimento da reitoria em fornecer um valor
mensal para alimentação dos/das estudantes bolsistas e moradores/moradoras da residência
estudantil. Uma vitória da greve estudantil!
Nos campus Curitiba I e II da UNESPAR (Escola de Música e Belas Artes- EMBAP e Faculdade
de Artes do Paraná- FAP), a greve estudantil traz dentre suas principais pautas a
implementação de políticas de assistência estudantil. Após muita luta, os estudantes
conseguiram o comprometimento da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior com a
implementação de bolsas auxílio-permanência para 2016, além de previsões para o término de
obras inacabada e estudos ampliados sobre assistência estudantil. A greve estudantil segue
mesmo após a suspensão da greve de professores e agentes, parando as aulas de todos os
cursos, conseguindo o apoio dos trabalhadores e mostrando na prática a autonomia do movimento.
Viva a autonomia do movimento estudantil!
Viva a ação direta!
https://quebrandomuros.wordpress.com/2015/07/06/greve-estudantil-ferramenta-de-luta-e-autonomia-dxs-estudantes/
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