(pt) FARJ: Toda solidariedade à luta das 8 mil famílias das Ocupações da Izidora (MG)! Por Coordenação Anarquista Brasileira
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Terça-Feira, 7 de Julho de 2015 - 12:56:34 CEST
Acompanhamos o drama das 8 mil famílias das três ocupações da Região da Izidora (Rosa
Leão, Esperança e Vitória) em Belo Horizonte, Minas Gerais. Manifestamos toda
solidariedade à luta dessas famílias e repúdio à forma como o governo Pimentel (PT) está
tratando o caso, com cinismo, repressão e terror psicológico. ---- A luta destas milhares
de famílias é em defesa de um direito básico que deveria ser assegurado pelo próprio
Estado que hoje criminaliza, reprime e despeja. Em Belo Horizonte o déficit habitacional
ultrapassa a casa das 70 mil famílias sem teto. Em Minas Gerais, o déficit chega a 6
milhões. É por conta desta dura realidade, somada ao fator da especulação imobiliária que
faz com que o povo pobre seja expulso das proximidades da região central para as margens,
que surgem as inúmeras ocupações urbanas.
São inúmeros os lotes vazios, os terrenos devolutos e entregues às moscas da especulação
na capital de Minas Gerais, enquanto milhares de trabalhadoras e trabalhadores vivem a
penosa realidade do aluguel, de morar de favor, ou de simplesmente não ter um teto para
abrigar sua família. Este contraste aponta, inevitável e justamente, para o surgimento de
ocupações urbanas, que dão vida e função social para lotes que anteriormente serviam para
a especulação e até mesmo para desova de cadáveres, estupros, etc. As ocupações urbanas
são exemplos práticos de ação direta do povo organizado que faz valer seu direito que é
furtado pelo Capital, pelo Estado e pela (in)Justiça.
Não é diferente com as ocupações da Izidora. A luta das famílias das ocupações coloca de
um lado o direito que o povo tem de morar dignamente e de outro a ambição pelo lucro de
construtoras e demais especuladores. Enquanto as famílias querem apenas um teto, a
Construtora Direcional quer garantir o seu lucro de 15 bilhões com as construções que
foram planejadas para o local. Neste embate, o governo Pimentel, a prefeitura de Márcio
Lacerda, e o Tribunal de Justiça compraram o lado dos ricos e exploradores.
Somamos nossa voz às vozes de NÃO AO DESPEJO diante da possibilidade de o governador
petista Fernando Pimentel promover um verdadeiro banho de sangue no norte de Belo
Horizonte. É claro e evidente que um massacre está anunciado, de mesmo tamanho ou até
maior do que houve com Pinheirinho, em São Paulo, em 2012. Isso porque a questão da
Izidora, pelo tamanho dos terrenos, pela quantidade de famílias e pela disposição destas
famílias de resistir ao despejo, é tida como o maior conflito fundiário urbano atualmente
no país. Desta forma, o governador que alfinetou Beto Richa, governador do Paraná (PSDB),
pelo massacre cometido contra os servidores públicos em 29 de abril deste ano, promoverá
um atentado à vida de milhares de trabalhadoras e trabalhadores tão grande quanto o
cometido pelo tucano em Curitiba.
Por isso, reafirmamos nossa posição em defesa da luta destas famílias, nos integramos à
rede de solidariedade Resiste Izidora e reiteramos que se não for pela união popular, a
organização de base e a solidariedade de classe, nossos direitos serão tratorados e, junto
com eles, as nossas casas, a nossa dignidade, nossos sonhos e as nossas vidas.
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