(pt) União Popular Anarquista (UNIPA) - O expansionismo sionista e a luta pela libertação palestina
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Segunda-Feira, 19 de Janeiro de 2015 - 11:20:29 CET
A região da Palestina desde os séculos XIX e XX sofrem com a cobiça do imperialismo
europeu e norte-americano. Com o fim da 1º Primeira Guerra Mundial e a dissolução do
Império Turco Otomano o controle da região passou para as mãos da Inglaterra. O
expansionismo sionista e seu poder político junto as potências imperialistas levaram, com
o término da 2ª Guerra Mundial, no âmbito da ONU, em 1947, a criação do Estado Israelense,
provocando inúmeros conflitos e a contínua invasão da Palestina. ---- Em 1948, quando se
completou a retirada das tropas britânicas, eclodiu uma grande guerra entre o recém Estado
e os palestinos, que receberam apoio da Liga Árabe. Com maior poderio bélico, Israel
rechaçou as forças árabes, fixou novas fronteiras e expandiu seu território, além de
subjugar as áreas árabes ao controle da Jordânia e Egito. Em 1967, houve o cume do
expansionismo israelense, na Guerra dos Seis Dias, conquistando a Cisjordânia, a Faixa de
Gaza, Colinas de Golã e a península do Sinai. Após tais conquistas, Israel implantou suas
colônias, configurando a política de povoamento sionista.
A ofensiva do Estado de Israel contra a população palestina na Faixa de Gaza em 2014 durou
entorno de seis semanas. Contou com pesados ataques aéreos, terrestres e marítimos.
Contabilizou, aproximadamente, 2.136 palestinos e 64 soldados israelenses mortos desde o
dia 8 de julho de 2014. Grande parte dos alvos foram civis palestinos, inclusive escolas
que abrigavam refugiados. Um genocídio ao povo palestino! Para mais, a região sofre com o
bloqueio imposto por Israel e Egito. Há escassez de água potável, comida e energia elétrica.
Genocídio do povo palestino, consequência da política sionista.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, propôs o lançamento de
"bomba atômica" em Gaza. Como seria inaceitável pelas leis dos organismos internacionais
usar essas armas, bombardearam de forma brutal e indiscriminada, de modo que o máximo dano
fosse gerado, talvez similar aos efeitos e estragos da bomba atômica.
O expansionismo sionista, que está sob um governo de extrema direita, conta com o grande
apoio de países imperialistas, principalmente EUA que também fornece armas. Tal apoio é
estratégico para tais forças, geopolítica e economicamente. Tem-se Síria, Líbano, Jordânia
e Egito como vizinhos fronteiriços. Além de Iraque, Arábia Saudita, Irã como vizinhos
próximos. Isso mostra como a região é importante e estratégica, tanto relacionado à oferta
de matérias primas, como o petróleo, como uma região ainda mais instável devido aos
reflexos da chamada "Primavera Árabe".
O lado palestino conta com o grupo islâmico sunita fundamentalista Hamas (Movimento de
Resistência Islâmica), o Fatah (Nacionalista Laico), o grupo político que controla a
Organização pela Libertação da Palestina (OLP) e tem a maioria de representantes dentro da
Autoridade Nacional Palestina (ANP) que conta com a participação de outros grupos
políticos de orientação socialista, como Frente Popular para a Libertação da Palestina
(FPLP) e Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP)
O FATAH e o HAMAS disputam a hegemonia popular. No entanto, principalmente desde começo
dos anos 2000, o Hamas angariou mais simpatia e legitimidade por conta de sua
intransigente defesa militar pelo fim do Estado de Israel e suas políticas de caráter
assistencialistas, desenvolvida desde 1980. Já o líder do Fatah, Mahmoud Abbas, tem o
apoio dos EUA e tem tentando a busca de acordos diplomáticos e diálogos em busca da paz na
região junto à Israel.
Leila Khaled, militante histórica e dirigente do Comitê Central da Frente Popular para
Libertação da Palestina (FPLP).
Todavia, em um novo ensaio de aliança, em abril de 2014, o Hamas concordou com uma
conciliação com o Fatah, tendo em vista seu isolamento com o golpe de estado militar no
Egito e o isolamento da Irmandade Muçulmana e seu apoio as milícias islâmicas sunitas na
Síria, perdendo apoio de Bashar al-Assad. Fato que concebeu um governo palestino de
unidade nacional.
O que se tem é a convergência da resistência popular para tais propostas políticas
estatistas, de base religiosa-conservadora, o Hamas, ou nacionalista-laica conciliatória,
o Fatah. Porém, dentro da perspectiva socialista e revolucionária esses não se mostram
como uma real alternativa de emancipação ao povo palestino. A experiência heroica de
resistência do povo palestino deve ser louvada por todos os revolucionários, entretanto a
autodeterminação dos povos não se realiza pela conformação de um Estado e o povo Palestino
não vai se tornar independente das forças imperialistas. Será logo assimilado pelo sistema
interestatal, dentro das perspectivas globais que se colocam hoje: o estado neoliberal ou
teocrático.
Assim, é fundamental a conformação de uma organização classista e internacionalista com
base no sindicalismo revolucionário que leve a causa palestina como causa da classe
trabalhadora internacional, que unifique os trabalhadores na luta pela revolução social e
na instauração do autogoverno dos trabalhadores.
Morte ao Estado de Israel e ao imperialismo!
Vitória a resistência do povo palestino!
Patriotas de todas as pátrias oprimidas!
Pela revolução e autogoverno dos trabalhadores!
Faixa em estádio de futebol brasileiro em solidariedade ao povo palestino.
https://uniaoanarquista.wordpress.com/2015/01/14/o-expansionismo-sionista-e-a-luta-pela-libertacao-palestina/#more-1655
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