(pt) anarkismo.net: Pontes e aproximações entre o anarquismo e o Confederalismo Democrático by BrunoL
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Terça-Feira, 28 de Abril de 2015 - 11:59:21 CEST
Segue a introdução escrita por Pablo Misraji, responsável pela radução do segundo artigo
de uma série sobre a questão da Revolução Social contemporânea de Rojava, no Curdistão.
Neste ensaio, as distinções e proximidades teórico-práticas com outras experiências de
autogestão econômica e política, são apresentadas e permitem que os projetos políticos de
transformação social continuadamente catalisem a força social e se condicionem às
metodologias da realidade. ---- Introdução para esta questão em particular ---- Nesta
seção eu vou expor algumas informações históricas básicas sobre o modelo de organização
política anarquista e, no final, fazer uma comparação entre essas experiências e na
contemporaneidade, com a estratégia da organização política que pretende ser a
catalisadora de uma transformação social pelo Confederalismo Democrático.
Neste mega-comício e celebração popular, os organismos políticos do PYD-PKK fazem valer o
programa do Confederalismo Democrático, garantindo o poder de fato que vem do Grupo de
Comunidades do Curdistão (KCK), verdadeiro organismo social da revolução curda
A ascendência do modelo organizacional anarquista: três experiências importantes
A Aliança Internacional da Democracia Social: Como mencionei na primeira parte do ensaio,
o modelo de organização federalista não é novo. Em 1868, dentro da Associação
Internacional dos Trabalhadores (AIT) a chamada 'ala federalista' incluiu uma força
política organizada chamada Aliança Internacional da Democracia Social (conhecida também
como um tipo de 'aliança bakuninista'), cuja melhor referência conhecida pelo público era
o russo Mikhail Bakunin (1814/1876). A Aliança trabalhou como uma organização de quadros,
de tipo "carbonária" e com a maioria de seus militantes agindo de forma sigilosa. Algumas
referências públicas foram feitas aos líderes que foram bem conhecidos dentro da AIT e
essa associação não agiu apenas em um país ou território específico. Era comum enviar
delegados e operadores (agentes com compromisso militante) para países distantes ou
divisões regionais com o fim de promover a organização social, seja para formar uma célula
da Aliança ou para apoiar episódios ocasionais de revoltas. Podemos observar o papel dos
militantes experientes dentro da Aliança, na qualidade de lutadores sociais, organizadores
políticos e propagandistas ideológicos. Também, às vezes, aqueles que estariam na primeira
linha através de um nível mais elevado de luta social - como o que ocorreu durante a
revolta parisiense de 48 e da Comuna - militantes da Aliança eram parte das primeiras
forças políticas de organização de autogestão dos trabalhadores nos tempos modernos (de
março a maio de 1871).
O Partido Anarquista Socialista Revolucionário: Outra experiência mencionável para este
modelo de partido foi fundada em 1891, o Partido Anarquista Socialista Revolucionário
(SRAP, PASR em línguas latinas, conhecidos como Partido Malatestiano) e sua referência
mais famosa foi o anarquista napolitano Errico Malatesta (1853/1932 ). Embora o PASR
tivesse uma ala clandestina, cuja estrutura era mais semelhante ao tipo comum de
organização. Seus militantes eram referências para o nível de massas (social) e para o
nível intermediário (político-social), bem como os facilitadores e agitadores de
propaganda política. Os membros eram mais do tipo de 'função múltipla' (quadros
multifuncionais), incluindo tipos de ação direta realizadas na Itália na época (desde a
fundação do partido até o golpe fascista de 1922).
O Exército Insurrecionalista Camponês Ucraniano: A partir da Revolução Russa,
especificamente na Ucrânia, sobreveio a experiência revolucionária em termos de
organização política de massas durante a guerra civil (1918-1921). O Exército Negro
(também conhecido como Makhnovitchina ou Makhnovista) tinha sua referência no militante
Nestor Makhno Ivanovich (1888/1934), e sua hegemonia política, militar e administrativa de
grandes regiões da Ucrânia ajudou a desenvolver um modus operandi baseado na produção
coletivizada e nas seções militares, tendo um exército baseado na cavalaria móvel e cujos
postos de comando eram todos eles eleitos. Em seguida, houve a fusão político-milícia da
organização, que promoveu ao mesmo tempo um nível maior de conflito contra o Exército
Branco (de direita e czarista) e também contra o Exército Vermelho (a força armada do
Partido Bolchevique). A ala militar era a instituição de autodefesa que garantiria um
modelo federalista político de autogestão socioeconômica. Com a derrota para o Exército
Vermelho em 1921, alguns sobreviventes do Estado-Maior Geral do Exército Negro se reuniram
em Paris, e escreveram um manifesto político, no formato de uma parte de teoria política
anarquista chamado de 'Plataforma Organizacional dos Comunistas Libertários'. Este
documento, que foi difundido na década de 1920 e 1930, continha quatro diretrizes teóricas
básicas para o modelo que ainda é válido hoje: Unidade Tática, Unidade Teórica,
Responsabilidade Coletiva e Federalismo.
Aspectos comuns entre as três experiências e semelhanças com a estratégia real do PKK:
A exposição das experiências históricas e da acumulação entre essas organizações podem
resultar em uma tese completa apenas no sentido de discutir os conceitos do partido
anarquista. No entanto, eu gostaria de enfatizar nesta série os aspectos comuns entre
esses modelos organizacionais: a seleção de filiação (partido de quadros); a
não-participação nas eleições estaduais (anti-eleitoral); a minoria ativa como tipo de
ação (contra a concepção de classe de vanguarda); estrutura federativa interna considerada
como uma forma de organização social (federalismo político); o uso sistemático da força em
conflitos coletivos e de massas (ação direta como uma prioridade e meio de gerar eventos
políticos); projeção de estruturas sociais organizadas como prioridade (construção de um
povo forte), eliminação de intermediação profissional (democracia direta popular); e
existência de possíveis críticas e promoção interna, aumentando as responsabilidades
políticas de acordo com o grau de compromisso militante (democracia interna e renovação).
As semelhanças entre o modelo de organização anarquista e do papel do instrumento político
do movimento de libertação do Curdistão são tão impressionantes e claras que são
facilmente comprovadas pelas simples leituras deste parágrafo escrito pelo companheiro
Mustafa Karasu, publicado no site em inglês do PKK:
'O PKK reestruturou-se a partir do resultado de uma extensa autocrítica e de uma crítica
profunda do socialismo clássico e de suas formas praticadas. Ele vê a teoria socialista
clássica como insuficiente. O PKK acredita que o socialismo clássico não é anticapitalista
suficiente e é muito envolvido com o Estado, considerando que este é uma ferramenta de
repressão. Para derrubar um Estado, a fim de criar um novo, não seria uma prática
revolucionária; ao invés de superar, derrubar ou minimizar o sistema hegemônico e
substituí-lo por um sistema socialista, implicando no socialismo no mesmo momento. Este é
a metodologia adotada pelo PKK. Para derrubar um Estado não é o mesmo que derrubar um
sistema. Comparar essas duas coisas juntas é um sinal de desvio do socialismo'.
Quando estudamos os movimentos de história da classe trabalhadora socialista em várias
sociedades, ocidentais ou não, podemos observar que este tipo de crítica contra o Estado
era orientada pelos chamados 'partidos socialistas' e estas eram exatamente as mesmas
críticas feitas por milhares de militantes anarquistas, totalmente comprometidos desde,
pelo menos, 1864! Depois de ler uma frase que começa dizendo que "O PKK se estruturou
através da autocrítica" podemos facilmente observar quase o mesmo método exato daquela
organização política anarquista, numa luta interior constante para evitar reproduzir
internamente a esfera política e de pensamentos ideológicos que pertencem a tradições
autoritárias e capitalistas (liberais ou não). Como eu afirmei na primeira parte deste
ensaio, a práxis real do PKK pode alimentar anarquistas em todo o mundo e vice-versa. O
primeiro passo é reconhecer a aproximação comum entre ambas tradições. Contribuir para
este esforço é a razão desta série.
http://www.anarkismo.net/article/28119
anarkismo.net: Trabajadoras y trabajadores de Metro protestan contra su privatización by
Solidaridad?
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Manifiestan su preocupación ante el anuncio del Gobierno de concesionar Línea 7. Esta
podría ser la puerta definitiva para la entrada a capitales privados, que no sólo afectará
al pasaje de los usuarios, sino también posibilita una mayor precariedad laboral. ---- A
las 12:30 horas trabajadores de la Federación de Sindicatos de Metro se pronunciaron con
pancartas en la estación de Baquedano, frente a lo que podría ser una de las medidas más
importantes del Gobierno en materia de transporte: iniciar la concesión de la empresa
estatal que sostiene el Transantiago. ---- Con mensajes como "Metro no se vende", "no a la
empresa estratégica", los sindicatos intentan frenar una medida que "favorecerá una vez
más a los grandes grupos económicos, en desmedro del derecho social al transporte público".
Además, esta disposición podría perjudicar aún más la condición de precariedad laboral de
sus trabajadores. Actualmente, Metro funciona con más de 7 mil trabajadores subcontratados.
No a la empresa estratégica
La posibilidad de que Metro sea declarada empresa estratégica abre nuevas dificultades
para la organización de sus trabajadores. De acuerdo al Código de Trabajo, este tipo de
empresas no tienen derecho a huelga.
Para el Sindicato Unificado de Trabajadores, Operaciones y Servicios de Metro, que reúne a
la mayoría de sus conductores, esto significa "limitar un derecho universal y fundamental
para mejorar las condiciones laborales".
De acuerdo al Código de Trabajo, para que una empresa sea deprotestaclarada estratégica
por el Gobierno, debe comprender "parte significativa de la actividad respectiva del país,
o que su paralización implique la imposibilidad total de recibir un servicio para un
sector de la población". Sin embargo, el sistema de transporte público de Santiago no
debería ampararse sólo en Metro, ¿qué sucede entonces con la responsabilidad que le
compete al Transantiago?
Para los trabajadores esta medida simplemente apunta a facilitar el camino para una
privatización. Es indudable la cantidad de beneficios que entregaría a los futuros
administradores de Metro, la compra de una empresa estratégica: estarían amparados por ley
a limitar el derecho a movilización de sus trabajadores, decidir libremente alzas en los
pasajes y no invertir en el mejoramiento de sus servicios. La historia parece repetirse.
Related Link:
http://www.periodico-solidaridad.cl/2015/04/23/trabajadoras-y-trabajadores-de-metro-protestan-contra-su-privatizacion/
http://www.anarkismo.net/article/28123
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