(pt) São Paulo, Brasil, RELATO DO 1º de MAIO OPERÁRIO E LIBERTÁRIO DE SÃO PAULO
a-infos-pt ainfos.ca
a-infos-pt ainfos.ca
Quarta-Feira, 14 de Maio de 2014 - 19:39:38 CEST
Precedido por uma intensa convocatória, com a distribuição de filipetas e mais de 2500
exemplares do "A PLEBE 81-Abril/2014", mini-comícios e panfletagens, colagem de mais de
1500 cartazes e adesivos, o 1º de Maio de 2014, chamado pelo
SINDIVÁRIOS-SP-FOSP/COB-ACAT/AIT com o lema "É LUTO, É LUTA! Realizar Assembleias
Proletárias decidir GREVE GERAL", terminou sendo a única manifestação anarquista nas ruas
de São Paulo. ---- Tendo sofrido um intenso combate, com a destruição de cartazes (levada
a cabo pela prefeitura, pelos partidos e pelos elementos infiltrados no movimento
anarquista - como a OSL e a ACAB, partidos políticos camuflados) -, mantivemos o contato
direto com os trabalhadores, nos locai de trabalho e moradias, difundindo nossas propostas.
Após agitos locais pela manhã iniciamos as atividades centralizadas a partir da
Concentração no velho Mercado de Escravos de São Paulo, na Ladeira da Memória, no centro
da cidade, a partir do meio-dia. Apesar do afluxo de simpatizantes ter sido significativo
a falta de estrutura (aparelhagem de som) e da dispersão dos militantes, envolvidos com
tensões ligadas a segurança, pelo perigo do ataque dos fascistas skinheads. Ainda assim
iniciamos a distribuição do Manifesto de 1º de Maio da FOSP/COB-ACAT/AIT, no A PLEBE
82-Maio/2014 - ler abaixo. A partir das 13:30 hs realizamos uma Caminhada até as
escadarias do Teatro Municipal, a cerca de 250 metros. Na caminhada conseguimos manter
cerca de 20 pessoas, com faixas e bandeiras rubro-negras da FOSP e palavras de ordem, sem
interromper a panfletagem.
Nas escadarias do Municipal, então com mais de 200 pessoas, intensificamos a panfletagem
com discursos mostrando o 1º de Maio como uma data de LUTA E LUTO, que nós não temos
motivos para festejar. Nas proximidades várias centrais sindicais oficiais, encabeçadas
pela CUT/PT governista, eram o principal alvo de nossas críticas. Existia uma idéia de
tentar, a partir da Assembleia que tentamos organizar nas escadarias, de formar um bloco e
invadir a festa petista clamando pela Greve Geral, tentando conferir um caráter de luta.
Mas devido a ação organizada de setores ANTIFA, que inicialmente tentaram impor uma
passeata até a avenida Paulista - se recusando a assumir a decisão da Assembléia.
Enquanto estávamos nesse impasse uma passeata dos trotskistas do PCO apontou no Viaduto do
Chá, criando nova tensão - já que a intensão deles era ocupar as escadarias. Mantivemo-nos
nas escadarias entoando nossas palavras de ordem e levantando nossas bandeiras e faixas.
Eles tentaram manter a manifestação no local, convidando-os a participar do Ato deles -
nos dariam a palavra. Aos gritos de SEM PARTIDO!, POVO UNIDO GOVERNA SEM PARTIDO! e PELO
VOTO NULO!, mantivemos firme nossa proposta e postura. Como já tínhamos tido um grave
atrito com a manifestação do PCO em 2008 - quando a PM prendeu mais de 60 militantes
anarquistas, tendo sido 6 processados (entre os quais 4 militantes da FOSP) - O PCO
terminou se retirando das escadarias. Mas, mau se restabelecia a situação, enquanto
tentávamos novamente iniciar a Assembleía, um provocador - que se identificou como
skinhead (rash) - passou a nos atacar diretamente AOS GRITOS, o que termina dispersando a
concentração. Inicialmente saíram os ANTIFA (umas 20 pessoas), que levaram consigo o
skinhead - que estava com eles.
Nada disso impedia que continuássemos a distribuir o Manifesto e defender a Greve Geral,
com militantes distribuídos pela praça Ramos. Já eram então cerca de 16 hs, e os
militantes da FOSP decidiram então fazer por conta própria, em número reduzido, a
panfletagem e a incitação à luta e a Greve Geral diretamente na festa cutista. Já eram
quase 17 hs quando o material acabou e nos retiramos sem testemunhar as vaias dadas pelo
público quando os pelegos, dirigentes da CUT e das outras centrais, começaram seus
discursos a partir das 18 hs.
Numa rápida avaliação, feita ao final das atividades por parte da Coordenação Estadual da
FOSP/COB-AIT, concluímos que, apesar de não termos concluído nosso ato como pretendíamos,
e mesmo apesar do baixo número de pessoas que terminaram sustentando a manifestação, a
nossa manifestação foi vitoriosa. Vitoriosa por vários motivos: mantivemos a tradição das
manifestações anarquistas de 1º de Maio em São Paulo; reafirmamos a proposta
anarcosindicalista da FOSP/COB-AIT - como o único setor que luta pela retomada do
sindicalismo livre e revolucionário no Brasil e em São Paulo; difundimos nossas propostas
de luta e nos delimitamos dos setores reformistas e partidários, desmascarando o
sindicalismo como instrumento de controle da burguesia e do Estado; e, principalmente,
através da distribuição de mais de 7000 exemplares do A PLEBE 81 e 82, difundimos a
proposta de Greve Geral em Junho/2014 e das formas de organização local e nacional de
baixo para cima, na construção de uma estrutura que não permita o controle do sindicalismo
oficial, e seja o embrião do novo sindicalismo - livre, assembleário e revolucionário.
A LUTA CONTINUA:
30 DE MAIO 2014 CARNAVAL REVOLUCIONÁRIO 200 ANOS DE BAKUNIN
Coordenação Estadual da FOSP/COB-ACAT/AIT
More information about the A-infos-pt
mailing list