(pt) Uniaoanarquista UNIPA - 1º de Maio: Reconstruir o sindicalismo revolucionário e a greve geral como alternativas de luta!
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Segunda-Feira, 5 de Maio de 2014 - 09:06:46 CEST
Em 1886 milhares de operários nos Estados Unidos se lançaram à luta por melhores condições
de trabalho e de vida. Exigiam a jornada de trabalho de oito horas diárias. O Governo
reprimiu os operários que participaram das greves e manifestações. Vários trabalhadores
foram condenados à morte e executados, especialmente os operários anarquistas. ---- Cartaz
relembra as lideranças operárias anarquistas, presas e assassinadas pelo Estado em meio
aos conflitos trabalhistas em 1886. Os Mártires de Chicago! ---- Por isso o Primeiro de
Maio foi escolhido como o dia de luta e de luto dos trabalhadores. Para lembrar que os
direitos trabalhistas foram conquistados com luta, sangue e suor. Para lembrar e
homenagear os nossos mártires, e continuar sua luta.
No Brasil de 2014, ano em que o governo tenta empurrar uma Copa do Mundo garantida com
desvios de verbas e precarização da vida da população pobre, a luta contra a precarização
da vida permanece. A maior parte da população recebe pouquíssimo e trabalha em situações
insalubres, muitas vezes sem direito algum e sofre com os altos preços dos alimentos,
escola pública ruim e morrem nas filas do SUS. O 1º de maio deve servir para o mesmo fim,
para continuarmos a luta do povo por melhores condições de vida. Essa é uma luta contra os
governos (como o de Dilma/PT) e contra os empresários.
Para conter o povo que luta, o governo Dilma/PT se vale da polícia militar e das forças
armadas nas favelas, demonstrando o resultado do investimento em repressão contra os
trabalhadores que moram nas favelas, que são tratados como criminosos e submetidos à
brutalidade policial. Vários trabalhadores inocentes são mortos hoje no Brasil como há cem
anos atrás nos EUA. Basta pegarmos os casos mais notórios como o do pedreiro Amarildo e da
Gari paraense, Cleonice Vieira, morta em serviço no dia 20 de junho após se assustar com
as bombas lançadas pela polícia, e mais recentemente Cláudia Silva Ferreira assassinada
pela PM e que teve o corpo arrastado pelo camburão como se fosse um cachorro.
Em meio a repressão, os trabalhadores ainda sofrem com o direções sindicais pelegas e
governistas, que tentam a todo custo frear a luta dos trabalhadores, e quando não
conseguem, tentam evitar táticas radicalizadas necessárias para a construção de uma Greve
Geral. O caminho da construção da greve geral é o trabalho de base nos locais de trabalho,
moradia e estudo. É a construção de pautas de reivindicações que dialoguem e que atenda a
toda classe trabalhadora. A construção se dá através de realização de assembléias
conjuntas de diversas categoriais onde se construa coletivamente através da relação de
igualdade e não através da sobreposição de pautas de uma categoria sobre a outra. Exemplo
é a convocação de manifestações conjuntas. A conseqüência será a paralisação geral de
todas as atividades de trabalho. É o levante do povo trabalhador contra o Estado e o Capital.
A tarefa dos anarquistas revolucionários
Cada vez mais os partidos eleitoreiros vão desviando do 1º de Maio seu real significado.
Não somente pela CUT/PT que realiza abertamente shows, distribuição de brindes etc,
enquanto a classe trabalhadores sofre grandes ataques do Governo. Mas é preciso alertar
contra os partidos que se opõem a isto, mas realizam um 1º de maio pouco combativo e de
nenhuma mobilização nas bases, nem se quer constroem atos de rua com a própria militância
e acabam ficando a reboque de estratégias para "agradar o povão", com músicas e teatros
tomando o lugar dos enfrentamentos com a burguesia e a ordem estabelecida. Essa é a tática
utilizada pelo para-governismo (PSOL/PSTU/PCB) que reproduzem os métodos do governismo
mesmo sem ser governo.
É preciso que os anarquistas revolucionários rompam na teoria e na prática com o método
reformista de luta, mas também com a estrutura sindical, que atrela os sindicatos ao
estado convertendo-os em parte integrante do aparelho do estado. Assim, estes que deveriam
ser os instrumentos de luta se transformam em conciliadores dos interesses dos patrões
entre os trabalhadores. É preciso também atrelar a tática das oposições sindicais à
reconstrução do sindicalismo revolucionário.
Confronto de Haymarket, batalha que se deu em meio às greves de massas e enfrentamentos
com a polícia e que deram origem ao 1º de Maio.
Pela construção de um mês de Maio de unificação de greves entre as categorias e combate
direto contra a burguesia e os Governos que se expressa na palavra de ordem NÃO VAI TER
COPA! Transformar o mero simbolismo em uma luta real que unifique a classe proletária!
Seguir a tradição de 1886 é criar hoje uma nova inspiração e referência de luta!
Participem e construam manifestações de rua e greves. Crie organizações sindicais e
oposições onde os sindicatos não existirem ou estiverem controlados pelo patrão e/ou pelo
governismo. Os desempregados devem se juntar aos sindicatos de suas categorias e
movimentos sociais. Somente através da nossa luta seremos capazes de defender nossos direitos.
POR UM SALÁRIO DIGNO!
PELOS DIREITOS TRABALHISTAS!
RECONSTRUIR O SINDICALISMO REVOLUCIONÁRIO!
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