(pt) Brazil, COLETIVO QUEBRANDO MUROS - Comunidade da UFPR barra privatização do HC em sessão do Conselho Universitário,Publicado: junho 5, 2014 em Sem categoria
a-infos-pt ainfos.ca
a-infos-pt ainfos.ca
Sábado, 7 de Junho de 2014 - 17:05:31 CEST
Retirado de:
http://www.sinditest.org.br/noticias_detalhe/5/funpar/1955/comunidade-da-ufpr-barra-privatizacao-do-hc-em-sessao-do-conselho-universitario
---- A retirada de 17 conselheiros - três docentes, cinco técnicos administrativos e nove
estudantes - foi o real motivo para a não realização da sessão do Conselho Universitário
(COUN) da UFPR, convocada para ontem, terça-feira (4), no prédio da Procuradoria Federal
do Ministério Público (Marechal Deodoro). ---- A saída desses integrantes da comunidade
universitária inviabilizou a sessão, já que não houve quórum mínimo necessário, mesmo com
a presença de 45 conselheiros, que já haviam entrado no prédio antes do início do protesto
da comunidade universitária. ---- A reunião, convocada pelo reitor Zaki Akel Sobrinho,
tinha como pauta a votação da proposta da Reitoria, de adesão à EBSERH - Empresa
Brasileira de Serviços Hospitares. Se aprovada, a Empresa assumiria a gestão do Hospital
de Clínicas.
Falta de quórum
A retirada dos conselheiros da sessão do COUN foi justificada por ter sido convocada, pela
primeira vez, para um espaço exterior à UFPR, já que o local escolhido foi o prédio da
Procuradoria Federal. A medida impediu a participação, ainda que sem voto, da comunidade
universitária, numa decisão que, entre outros motivos, fere a autonomia universitária,
impede que o atendimento no HC seja 100% SUS, além de provocar a demissão de mais de 900
trabalhadores contratados pela FUNPAR.
A justificativa apresentada pela Administração da UFPR, para transferir a sessão do COUN
(normalmente realizado na Sala dos Conselhos, na Reitoria) para o prédio da Procuradoria
Federal (Marechal Deodoro), foi a preservação da integridade física dos 63 conselheiros
que integram o COUN.
Esta transferência de local e sob esta alegação foi considerada sem fundamento pelos
conselheiros. A comunidade universitária e a população em geral, reunida no pátio da
Reitoria, somente protestavam em defesa da manutenção do HC tal como foi fundado, em 1961,
como hospital-escola, voltado ao desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão da UFPR.
Aparato policial
Os conselheiros, ao se dirigirem à Reitoria encontraram as portas do prédio totalmente
fechado, com correntes e cadeados. Posteriormente, os conselheiros foram conduzidos ao
novo local da sessão do COUN (Edifício D. Pedro II, também na Reitoria). O ingresso dos
conselheiros a este prédio foi garantido pelo forte esquema de segurança montado pela UFPR
(medida esta que depõe contra o discurso do reitor Zaki Akel, de que sua administração é
democrática). Além disto, desnecessária porque a comunidade universitária presente somente
tinha como objetivo defender a autonomia universitária.
Poucos foram os conselheiros autorizados, pelo pró-reitor de Administração, Álvaro
Pereira, a entrar no D. Pedro II. Isto porque, a grande maioria nem se dirigiu ao local,
pois foi avisada, antecipadamente pela Reitoria, de que a sessão estava suspensa.
Tratamento diferenciado
Os conselheiros presentes, indignados com a falta de respeito e com o tratamento
diferenciado dispensado pela Reitoria, fizeram um documento repudiando a medida e o
protocolarem junto à Pró-Reitoria de Administração. Neste momento, foram informados de que
uma mensagem seria enviada informando novo horário e local da sessão do COUN.
Os conselheiros que já haviam se manifestado contrário à proposta de adesão à EBSERH,
apresentada pela Administração, receberam a convocação para a nova reunião com apenas15
minutos de antecedência, medida esta que demonstra claramente tratamento diferenciado por
parte da Reitoria. Prova disto é que ao chegarem à Procuradoria Federal encontraram outros
28 conselheiros, o que evidencia que a convocação foi feita em dois momentos: uma, com uma
hora de antecedência e outra com 15 minutos, de acordo com os interesses da Administração.
Golpe na convocação
Após verificarem o golpe, a manobra feita pela Reitoria, alunos, técnicos administrativos
e docentes, trabalhadores FUNPAR, integrantes da Frente de Luta "Para não perder o HC" e
usuários do Hospital, que estavam concentrados no pátio da Reitoria, se dirigiram ao
prédio da Procuradoria Federal. No local, protestaram contra a falta de democracia e pela
manutenção do HC - maior hospital público do Paraná, fundado há 52 anos com a missão de
desenvolver o ensino, pesquisa e extensão na UFPR.
Adesão na surdina
Contrariado e num clima de muitos protestos, o reitor da UFPR Zaki Akel Sobrinho foi
obrigado a encerrar a sessão do Conselho Universitário, instância máxima da UFPR. Por
enquanto, a autonomia universitária, o HC 100% SUS, o emprego dos trabalhadores FUNPAR
estão garantidos a menos que, o reitor já tenha assinado a adesão à EBSERH sozinho, na
calada da noite.
Se assinou, não conta com o respaldo dos integrantes do COUN. Caberá à Zaki Akel Sobrinho
todo o ônus que, sem dúvida alguma, uma atitude como esta trará não apenas para a UFPR
como para a população carente atendida do HC.
EBSERH NÃO PASSARÁ! Some-se a luta con
More information about the A-infos-pt
mailing list