(pt) Media, Mexico, Chiapas, Marcos defende anarquistas e critica "moderninhos" e esquerda "bem-comportada" (ca)
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Quarta-Feira, 6 de Novembro de 2013 - 07:47:08 CET
No informe intitulado "Más e não tão más notícias", subcomandante se posiciona diante da
ofensiva "anti-anarquista que levantam as boas consciências e a 'esquerda bem-comportada',
unidas na santa cruzada com a direita ancestral para acusar jovens e velh s anarquistas"
---- Em comunicado divulgado no dia 3 de novembro, o subcomandante Marcos defendeu
anarquistas e black blocs e mandou um recado para os "moderninhos", com os seus "ismos", e
para a esquerda "bem-comportada". ---- No informe intitulado "Más e não tão más notícias",
Marcos se posiciona frente a ofensiva "anti-anarquista que levantam as boas consciências e
a 'esquerda bem-comportada', unidas na santa cruzada com a direita ancestral para acusar
jovens e velh s anarquistas por desafiarem o sistema (como se o anarquismo tivesse outra
opção)".
Entre detalhes operacionais de quanto custou a primeira etapa da Escuelita Zapatista,
realizada em agosto com 1.281 pessoas de todo o mundo, e ataques às "reformas estruturais"
de fachada prometidas pelo governo mexicano, o porta-voz zapatista refez o convite para
que outros venham participar da segunda etapa da escuelita, prevista para acontecer no
final de dezembro deste ano. Com um detalhe:
"Venham, mas venham para escutar e aprender, porque houve quem veio [na primeira etapa da
escuelita] para querer dar aulas de feminismo, vegetarianismo, marxismo e outros 'ismos'.
E agora estão desgostosos porque os zapatistas não obedecemos o que nos vieram ensinar:
que devemos mudar a lei revolucionária de mulheres como elas dizem e não como decidam as
zapatistas; que não entendemos as vantagens da maconha; que não façamos nossas casas de
cimento porque é melhor com adobe e palha; que não usemos calçados porque ao andar
descalço estaríamos mais em contato com a mãe-Terra. Enfim, que obedeçamos o que nos vem a
ordenar... ou seja, que não sejamos zapatistas."
Quanto à ofensiva contra os anarquistas, a quem acusam "de serem os responsáveis por tudo
o que está acontecendo", Marcos os convidou a escreverem, no momento da inscrição para a
segunda escuelita, ao menos uma folha de papel, ou uma palavra, sobre as acusações que
lhes estão sendo impostas.
"Compas anarquistas: nós, @s zapatistas, não vamos culpabilizá-los por nossas deficiências
[...], nem vamos lhes fazer responsáveis pelos nossos erros, nem muito menos, vamos
persegui-los por serem quem são. Mais ainda, lhes conto que vários convidados em agosto
cancelaram sua vinda porque disseram que não podiam compartilhar a aula com "jovens
anarquistas, esfarrapados, punks, cheios de brincos e tatuagens", que esperavam (os que
não são jovens, nem anarquistas, nem esfarrapados, nem punks, nem cheios de brincos e
tatuagens) uma desculpa e que se aperfeiçoasse a inscrição. Seguem esperando inutilmente.
O que queremos lhes pedir é que, no momento da inscrição, entreguem um texto, no máximo de
uma folha de papel, onde respondam às críticas e acusações que lhes têm feito os meios de
comunicação pagos. Este texto será publicado numa seção especial de nossa página
eletrônica (enlacezapatista.ezln.org.mx) e em uma revista-fanzine-como-se-diga que está
prestes a aparecer no mundo mundialmente mundial, dirigida e escrita por indígenas
zapatistas. Será uma honra para nós que em nosso primeiro número esteja sua palavra junto
a nossa.
Vale uma folha só com uma palavra que abarque todo o espaço: algo como "Mentem!". Ou algo
mais extenso como "Eu lhes explicaria o que é o anarquismo se pensasse que iam entender";
ou "O anarquismo é incompreensível para os anões do pensamento"; ou "As transformações
reais primeiro aparecem na nota vermelha"; ou "Tô cagando com o policiamento do
pensamento"; ou a seguinte citação do livro "Golpes e contra-golpes", de Miguel Amorós:
"Todo mundo deveria saber que o Black Bloc não é uma organização, sim uma tática de luta
de rua similar à 'kale borroka', que uma constelação de grupos libertários, "autônomos" ou
alternativos vinha praticando desde as lutas dos squats ("okupações") nos anos 80 em
várias cidades alemãs' e agregar algo como 'se vão criticar algo, primeiro investiguem
bem. A ignorância bem redigida é como uma idiotice bem pronunciada: inútil igual."
Leia a íntegra em espanhol do comunicado abaixo ou clique aqui:
MALAS Y NO TAN MALAS NOTICIAS.
Noviembre del 2013.
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