(pt) Anarkio.net: A-Infos #20 - 1o Maio 2013 - Aumento Salaria Real e Imediato para todxs xs trabalhadorxs!
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Terça-Feira, 14 de Maio de 2013 - 07:47:53 CEST
Quando falamos, escrevemos e defendemos o aumento de salário real e imediato, temos em
mente que isso não o ideal: a produção de riquezas sempre foi algo coletivo, dxs
trabalhadorxs e expropriadxs pelxs xs que se consideram donxs daquele esforço coletivo.
Não há como dizer ou defender que alguém possa sozinhx, ser responsável por produzir um
alfinete sequer no processo moderno industrial (Adams Smith mostrou isso, Ricardo definiu
isso, outrxs pensadores escreveram sobre isso e Marx articulou isso de forma que parece
que inventou tudo isso, mas apenas compilou de forma critica dos outros, e até ficou bravo
com Proudhon, porque escreveu tudo que pensava no Sistema de Contradições Economicas ou
Filosofia da Miséria, ante dele e para não ficar para trás vez uma resenha cheia de ironia
e amargura tentando desmerecer a obra do francês, bem o perfil do invocado Marx).
O reajuste salarial não é a melhor coisa
para xs trabalhadorxs, mas é algo que assegura
que possam ter um minimo de dignidade e bem
estar, até a emancipação total, assumindo os
meios de produção, removendo xs
atravessadorxs, xs especuladorxs, xs
empresarixs, o patronato. Nesse processo se
abole o salário e substitui pela distribuição
conforme o trabalho de cada um e segundo a
necessidade de cada um, quem não produzir ou
contribuir para sociedade não terá como se
manter (xs parasitas serão abandonadxs a
própria sorte!).
Muitxs afirmarão, tendo a mente feita pela
ideologia do capital que isso é impossível.
Impossível é viver no modelo de tamanho
desperdício e péssima distribuição de renda.
Não defendemos o fim dos privilégios e
conquistas, mas que todxs possam te-las e
mesmo rever se realmente são necessárias como
nos fazem crer as máquinas de propaganda em
massa (mass mídia). Até o presente momento,
milhões não conseguem viver com dignidade
para manter milhares na luxuria extrema.
Todos os ramos de trabalho (não aceitamos
a definição de categorias impostas pelo fascismo
varguista e perpetuado até agora nesse modelo
de sindicalismo adequado as necessidades do
empresariado/patronato e que pouco se importa
com a mão de obra empregada) são importantes
e como tais devem ser respeitados e isso no
capital só há uma forma: reajustes reais
econômicos.
O reajuste salarial para todxs é possível:
reduzir
taxas
de
lucros
do
empresariado/patronato/especuladorxs, reduzir
o capital acumulado nos bancos, é um começo
até estarmos organizadxs para a administração
direta dos meios de produção, sem partidos,
sem Estado, sem patronato. Até lá, a
organização anarcos-sindical é a mola de
transformação social em busca de nossa
emancipação.
Observem como se dá as discussões sindicais
e verá sempre que se focam principalmente
nesse aspecto (salários) e na carga horária (já
há um texto sobre isso). O capital lida com xs
trabalhdorxs como fizessem parte do ônus de
investimento, como parte do maquinário
produtivo e xs trabalhadorxs, tratadxs assim,
se tornam mais peças dessa produção, como
agente ativo acima desse processo. A ilusão do
capital é tornar o ser produtor mais uma peça
(descartável por sinal!) e aquelx que não
produz, mas ao se dizer donx, proprietárix,
empreendedorx, investidorx, se tornam xs
beneficiadxs do trabalho alheio, que não fez e
que nem conseguiria fazer se necessário fosse.
Desafiamos qualquer um desses tocar uma
produção do inicio ao fim, sem a ajuda de mais
ninguém e mante-la conforme a necessidade
coletiva. A necessidade coletiva sempre exigirá
esforço coletivo, e isso não pode ser privatizado,
acumulado só por alguns. Os resultados do que
acontece quando isso ocorre, está estampado
para quem quer ver: aumento da violência, das
mortes, intolerância geral, dos crimes em toda
parte.
Se aproxima mais uma importante data
para a luta dxs trabalhadorxs: o Primeiro de
Maio. Não que tenhamos fixação por datas, pois
as lutas são diárias e assim que as condições
favorecerem, devem ser feitas independente das
datas. O que o 1o de Maio significa para nós é
que temos uma luta por nossa emancipação e
que embora passados 127 anos, continuamos
oprimdxs e exploradxs, sob condições tão ruins
como as que levaram aquelxs trabalhadorxs as
ruas, mesmo sabendo que era proibido, que a
sindicalização livre era crime e que havia uma
aparato de repressão pronto para atacar as
manifestações, bater em seus participantes (e
havia velhxs e crianças naquele meio!), prender
aquelxs com um potencial de ameaça ao
sistema.
As condições estão similares agora: embora o
sindicalismo seja aceito, ele é ferreamente
controlado através de uma jurisprudência que
atende acima de tudo, os interesses do capital
(dxs empresárixs e dos patrões, juridicamente
chamadxs de “empregadorxs”) e esse possui entrada
livre nos ministérios, impondo sua agenda
de roubo, exploração e opressão axs trabalhadorxs,
juridicamente chamadxs de “empregadxs”; as
diretorias sindicais são arbitrárias e
atendem à interesses próprios, muitas vezes
estranhos axs trabalhadorxs; ampliação das cargas
de trabalho através de hora extras e banco de
horas, muitas vezes de forma arbitrária;
achatamento salarial e nivelamento sempre
por baixo dos diversos ramos de trabalho; a
“fragmentação desses ramos de trabalho em
“categorias” e “sub categorias empregatícias”,
a famosa flexibilização do trabalho que
amplia o isolamento entre xs trabalhadorxs
e dificulta cada vez mais a união dos
ramos de trabalho; regras e métodos
estatísticos que mascaram, mentem e
iludem a sociedade, principalmente nossa
gente sobre os índices de emprego, inflação,
produção e distribuição de riquezas que induzem
nossa gente a táticas erradas e paliativas de
luta e por ai vai.
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