(pt) Portugal, Acção Directa* #2 - Uma visão sobre a Greve Geral de 14N (en)
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Sábado, 26 de Janeiro de 2013 - 16:39:52 CET
Com o aumento das dificuldades socioeconómicas que actualmente vivemos, a greve geral que
se estendeu pela europa mostrou claramente que os povos estão a ganhar cada vez mais força
na luta contra os estados e a máquina capitalista. ---- Em Lisboa, como em outras cidades
europeias, houve uma forte adesão de trabalhadores(as) e desempregad s que decidiram
efectivamente ir à luta, e para o povo a luta não é apenas paralisar serviços mas sim
atacar directamente a raiz do mal. ---- A actuação da polícia nessas cidades onde se lutou
foi sem dúvida lamentável, que apesar das ridículas declarações de Miguel Macedo (ministro
da administração interna) quando disse que eram apenas meia dúzia de arruaceiros
profissionais que estavam a atirar pedras, a polícia deteve cerca de 15 pessoas, e varreu
à bastonada homens, mulheres, crianças e idosos das ruas perto e longe da assembleia,
fazendo perseguições pelas ruas, inclusive até ao cais do sodré, e deixando um rasto de
destruição por onde passou.
Já Arménio Carlos (secretário geral da CGTP) deu uma
entrevista onde se pode dizer que “para tar a dizer merda,
mais valia tar calado”, declarando que acha lamentável
que as pessoas tenham atirado pedras à policia na
luta pelos seus direitos, ou seja, para o dirigente
sindical a greve é uma coisa apenas para sindicalistas e
sindicalizados, e a única “luta” correcta é a organizada
pela CGTP.
A comunicação social fez também um belíssimo trabalho
do ponto de vista governamental, onde jornalistas
davam descrições depreciativas da actuação da população
como por exemplo dizer que este é um “cenário
nada dignificante”... “Nada dignificante” é não ter o
que comer e ser posto da rua da sua própria habitação!!!
Era bom que os jornalistas da comunicação social
aprendessem a relatar as coisas sem tomarem partidos.
Cá por Évora bastantes serviços estiveram paralisados,
no entanto pelas ruas da cidade as esplanadas estavam
cheias de gente que fez greve mas que decidiram dedicar
este dia ao consumo em massa, obrigando a um
contra-balanço do efeito da greve que sendo assim até
os capitalistas agradecem.
O desfile da CGTP correu como era de esperar sem
incidentes e terminou com um discurso de 10 minutos
na praça do giraldo que falava dos números da greve.
Após esse discurso os sindicalistas recolheram as
bandeiras e partiram enquanto trocavam uns sorrisos
curiosos com o gangue do bastão...
No jardim das canas foi feita uma concentração anti-capitalista de
carácter semelhante às concentrações dos movimentos indignados
juntando algumas pessoas ao final da tarde.
Em conclusão, apesar da greve ser uma forma de luta importante,
muit s trabalhadores(as) voltam amanhã para os trabalhos
extremamente frustrad s pois não parece ter sido alcançado nenhum
dos objectivos que @s levaram à luta. Ainda assim, um grande bem-haja a
quem participou! Insistiremos, pois um dia será o nosso dia!
Baltazar Bresci
Apelo do Colectivo Libertário de Évora à participação na Greve Geral de 14N
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