(pt) Carta de intenções do Coletivo Anarquista Núcleo Negro para ingresso na Coordenação Anarquista Brasileira (en)
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Quarta-Feira, 2 de Janeiro de 2013 - 12:11:15 CET
Quem somos? ---- Nós do Coletivo Anarquista Núcleo Negro possuímos uma breve existência de
quase 1 ano. No entanto, ao contrário de outros coletivos surgidos de um debate interno
sobre o anarquismo, nascemos de uma prática junto a movimentos por moradia, junto a
ocupações urbanas, em um coletivo à época de outro nome: Coletivo Autonomia. Porém, devido
às diversas vacilações sobre o que de fato seríamos, tanto ideologicamente quanto como nos
organizaríamos, não avançávamos; pelo contrário: o embrião de nosso trabalho social por
muito tempo não andava, ficou completamente parado. Precisávamos avançar para um modelo de
organização que desse suporte para nossas intenções dentro de um campo claramente
anarquista, afinal, aqueles que ainda sobraram identificavam-se com esta ideologia.
E foi desta maneira que nos encontramos com o modelo de organização especifista,
reivindicado por alguns dos agrupamentos já com alguma história no país, ligados ao FAO.
O Especifismo e nossas necessidades.
A diferença dos níveis político e social mostrou-se uma forma eficaz de dar conta de
nossos problemas, pois assim não ideologizaríamos nosso espaço de militância social e
construiríamos um lugar de referência para o anarquismo em nosso estado. Hoje o Núcleo
Negro é uma organização de minoria ativa, atuante no movimento sindical e comunitário
através de frentes de trabalho.
Estamos junto aos oprimidos nos espaços de luta, pois é no seio das mobilizações
populares que faremos viver os princípios do anarquismo, com vistas à construção da
mudança a longo prazo.
Ainda reconhecidos enquanto Núcleo Negro, estamos em vias de fundar um
agrupamento de tendência nas nossas frentes, para criar uma esfera de aproximação de novos
militantes e daqueles que não necessariamente são anarquistas.
Rumo à CAB.
Pelo já exposto, vemos como passo natural a nossa entrada na Coordenação
Anarquista Brasileira. A organização política e a tendência se tornam mais importantes
quando nos ligam a espaços de organização nacional, com maiores possibilidades de uma
coordenação com objetivos comuns.
Assim, evitamos a 'reinvenção da roda' e poderemos dialogar com as demais
organizações irmãs, agora ligadas à CAB.
Achamos central esse salto qualitativo do anarquismo no Brasil, pois precisamos mais
do que um espaço de debate: precisamos de um espaço que coordene nossas lutas. Sem isto,
o que porventura venha a ocorrer no Nordeste não necessariamente criará eco naquilo que
pode acontecer no Sul, fazendo com que nossos esforços tornem-se vãos em um país de
proporções continentais
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