(pt) Grécia: chamamento anarquista à greve geral de 20 de fevereiro (amanhã) by colectivo libertario evora (en)
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Quarta-Feira, 20 de Fevereiro de 2013 - 17:56:50 CET
Frente ao ataque frontal do Estado e do patronato temos que opor as nossas lutas
combativas, emancipadas e organizadas de uma forma horizontal. ---- A crise sistémica do
capitalismo é algo que põe em claro o seu carácter antisocial real. Os pretextos e as
aparências foram deixadas de lado e o Poder começou um ataque brutal contra as camadas
oprimidas e exploradas da sociedade, tendo como objectivo final conduzir-nos a um estado
de indigência ainda pior e aumentar a diferença social e de classe entre os poderosos e os
explorados. A transformação do sistema de Poder num regime de totalitarismo moderno
durante os últimos anos reflecte-se nos ataques sem precedentes que o Estado começou a
realizar. A expulsão de vários espaços ocupados, as mobilizações forçadas de grevistas,
como forma de reprimir as greves, as torturas cruéis de lutadores com um claro objectivo
de “exemplificar” e de intimidar, as agressões assassinas estatais e paraestatais contra
imigrantes, são fenómenos que fazem parte da ofensiva total do Estado e do patronato.
É um ataque contra toda a sociedade. E é a própria sociedade e a classe dos oprimidos que
têm que repelir este ataque, através da organização na base, do aprofundamento e da
ampliação das resistências sociais e a criação de uma sociedade de solidariedade,
igualdade e liberdade.
A ofensiva dos patrões dirige-se com uma intensidade particular, ao mundo dos
trabalhadores e dos desempregados. O Regime está a impor a indigência à sociedade através
dos cortes salariais, da abolição dos convénios colectivos, da ilegalização das lutas de
classe, do ataque que elas recebem por parte dos meios de desinformação massivos, a falta
de satisfação das necessidades sociais básicas, a exclusão de grandes sectores da
sociedade do acesso a elas e o aumento de casos de chantagem nos despedimentos com o
pretexto do desemprego. Face a esta situação os oprimidos não podem ter ilusões. As
promessas de regresso a um estado anterior dadas pela Esquerda têm como requisitos a
abdicação, a mediação institucional e o negociar com os patrões. Funcionam objectivamente
de uma maneira apaziguadora para a raiva social acumulada e constituem uma barreira para a
construção de um movimento social e operário emancipado e organizado a partir de baixo,
cujo objectivo será a abolição da exploração do homem pelo homem.
A greve geral de 20 de fevereiro, convocada pela direcção, vendida ao patronato, da
Confederação Geral dos Trabalhadores Gregos, é uma greve de apenas um dia, acerca da qual
não temos ilusões. Não é o resultado de um escalonamento das lutas da classe operária e de
resistências coordenadas. Durante o período anterior as lutas operárias chegaram a um
ponto morto, devido às características que lhes foram impostas pelas lógicas da burocracia
do sindicalismo alimentado pelo Estado. Estas características nunca permitiram que as
lutas operárias secundárias se conectassem e juntassem, mas sim conduziram-nas à exclusão
e à derrota.
Numa conjuntura em que a ofensiva do Estado e do Capital se faz duma maneira total e
coordenada, os operários têm permanecido distantes entre si, não tomaram os sindicatos nas
suas mãos e viram as lutas que desencadearam serem encabeçadas pelos chefes sindicais.
Opondo-nos a esta situação, a 20 de fevereiro devemos sair todos à rua. Para nos opormos
tanto ao Estado, como ao Capital e aos chefes sindicais. Porque de cada vez que os
oprimidos e os explorados caminham juntos é sempre uma grande oportunidade. Uma
oportunidade para arruinar os seus planos. A nossa presença massiva e combativa na rua
pode contribuir para que a raiva se expresse e pode dar vida à luta e perspectiva às
resistências emancipadas e organizadas de um modo horizontal. Porque cada luta que tem em
si a esperança, mesmo que mínima, de tomar formas mais completas, tem que ser reforçada.
Contra a submissão, a escravidão e a miséria social que estão a ser promovidas a única
alernativa consiste em organizar as nossas vidas longe de qualquer tipo de hierarquias,
instituições e mediação
Contra ataque social e de classe, por uma sociedade livre e auto-organizada.
Revolução social pelo comunismo e pela anarquia.
Assembleia de anarquistas pela auto-organização social.
fonte:
http://verba-volant.info/es/llamamiento-anarquista-a-la-huelga-general-del-20-de-febrero/
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