(pt) Apoio Mútuo - Revista anarcosindicalista #2 Janeiro 2013 (
a-infos-pt ainfos.ca
a-infos-pt ainfos.ca
Quarta-Feira, 13 de Fevereiro de 2013 - 16:19:54 CET
Índice ---- Fazer sindicalismo p. 3 ---- E atingem-se os pontos de ruptura p. 4 ---- A
contestação pelos monitores p. 5 -- Sobre uma visita p. 6 --- Media, Estado e Capitalismo
p. 7 -- Mais um que morreu... dizem que foi um acidente p. 9 --- Importância da geografia
na actividade anarco-sindicalista p. 10 ---- A CGT e a fundação da AIT p. 11 ---- Há
noventa anos: o congresso de fundação da AIT... p. 17 ---- Entrevista: KRAS - secção russa
da AIT p. 18 ---- Saint Imier – Encontro Internacional Anarquista p. 21 ---- Crise? p. 22
---- Entre esquerdas e direitas p. 23 ---- Editorial ---- Este segundo número da revista
anarcosindicalista Apoio Mútuo sur ge mais de três anos depois do primeiro, publicado em
Maio de 2009. ---- A razão de tal demora prendese com as vicissitudes de uma organi
zação totalmente fundada no esforço voluntário e militante dos seus mem bros.
Apesar das dificuldades, insistimos em afirmar o anarcosindicalismo
como a corrente do movimento social dos trabalhadores que contém em si
as práticas mais consequentes com os princípios de autoorganização e au
tonomia das lutas. Acreditamos que cabe aos próprios trabalhadores toma
rem a luta nas suas mãos, deixando de a confiar a intermediários e repre
sentantes. São necessários novos sindicatos, que não sejam meros gabinetes
jurídicos, nem corpos de funcionários que já nada têm a ver com o mundo
do trabalho e muito menos máquinas de mobilização das massas ao serviço
de partidos políticos.
Assistimos cada vez mais a um incremento da ofensiva do patronato e
dos governos contra as condições de vida dos trabalhadores. Mas, ao mesmo
tempo que se torna cada vez mais urgente organizar a resistência a este ata
que, constatamos que as organizações que se reclamam defensoras dos tra
balhadores são completamente inúteis para esta tarefa. Não podemos deixar
de concluir pelo acerto da tendência antiautoritária no seio do movimento
dos trabalhadores, que, pelo menos há cerca de século e meio, vem defen
dendo a descentralização e a autonomia organizativas, e recusando qual
quer estratégia de conquista do poder ou de utilização de métodos político
representativos na luta pela emancipação do trabalho.
Sabemos que hoje, num contexto em que cada vez mais trabalhadores
estão dispostos a trabalhar sob quaisquer condições, as condições para fazer
sindicalismo são também muito mais difíceis. Da mesma forma, a constitui
ção de sindicatos de acordo com os nossos princípios, sem funcionários pa
gos, mantidos apenas pelo esforço dos seus membros, onde tudo deve ser
discutido em assembleias e que praticam a solidariedade efectiva entre tra
balhadores é extremamente exigente. Esta concepção de sindicalismo exige
dos membros do sindicato uma militância, um compromisso e uma dispo
nibilidade que nem todos estão dispostos a assumir. É claro que não é ne
cessário ser um militante activo para ser membro de um sindicato organiza
do segundo o modelo anarcosindicalista, mas sem militantes activos este
sindicato nunca poderá funcionar nem avançar rumo aos seus objectivos.
A melhoria imediata das condições de vida dos trabalhadores é um ob
jectivo importante do anarcosindicalismo, quer através da conquista de di
reitos, como também através do estabelecimento de redes de apoio mútuo e
solidariedade, quer ainda através da realização de projectos de produção e
consumo alternativos. Mas sabemos, e a realidade insiste em demonstrálo,
que os grandes problemas que enfrentamos, como, por exemplo, a destitui
ção de sentido do trabalho ou a brutal destruição do planeta, não podem ser
resolvidos no contexto do modelo económico e político actual. É por isso
que defendemos um projecto de transformação da sociedade, com vista a
estabelecer as máximas condições de liberdade e igualdade social.
A Associação Internacional dos Trabalhadores comemora este ano o seu
nonagésimo aniversário. Desde que foi criada, na passagem do ano de 1922
para 1923, as organizações que a compõem enfrentaram grandes adversida
des. Os sindicatos revolucionários tiveram de se bater, durante largas déca
das, contra o predomínio de concepções autoritárias e vanguardistas da luta
operária; contra a repressão das ditaduras, fascistas ou ditas “comunistas”,
que aniquilaram e levaram para a prisão muitos militantes, obrigando as
organizações à clandestinidade; e, finalmente, contra o triunfo de um capi
talismo integrador e de um Estado dito “social”, que conseguiram iludir os
trabalhadores, levandoos mesmo a pensar que já não existiam classes soci
ais, e que os seus problemas se resolveriam tãosomente com o preenchi
mento de um formulário ou com o voto no candidato mais bemfalante de
quatro em quatro anos.
Chegados ao ano de 2013, quando está à vista de todos uma guerra social
de que são os trabalhadores as grandes vítimas não podemos deixar de nos
sentirmos orgulhosos por pertencermos a esta comunidade de luta que
transporta no seu seio um mundo novo.
---------------------------------------------------
Associação Internacional dos Trabalhadores Secção Portuguesa
http://ait-sp.blogspot.com
A correspondência para o Apoio
Mútuo deve ser enviada para:
Apartado 50029 / 1 701 -001 Lisboa
Portugal
e-mail: ait.lisboa gmail.com
Contactos :
Núcleos e sindicatos:
Lisboa
Núcleo de Lisboa
Apartado 50029 / 1 701 -001 Lisboa
e-mail: ait.lisboa gmail.com
Porto
Sindicato de Ofícios Vários
Rua dos Caldeireiros, n.o 21 3
4050-1 41 Porto
(à Cordoaria, junto da Torre dos Clérigos)
e-mail: sovaitporto gmail.com
web: sovaitporto.blogspot.com
Outros contactos:
Algarve
e-mail: aitsp.contacto.algarve gmail.com
Chaves
e-mail: anarquismo.chaves yahoo.com
Guimarães
e-mail: aitguimaraes1 2 gmail.com
Setúbal
e-mail: setubal.aitport gmail.com
As opiniões expressas nos artigos
assinados não correspondem
necessariamente a posições da AITSP
More information about the A-infos-pt
mailing list