(pt) Journal of Federação Anarquista do Rio de Janeiro - Libera #158 - Notícias Libertárias

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Nota de falecimento: O companhei ro Luís Fernando de Jesus partiu aos 65 anos no fim de 
março. Militante histórico na gênese do MST no estado do Rio de Janeiro, participou da 
ocupação de Campo Alegre e do primeiro congresso do MST, em 1985. Foi importante agente da 
CPT e, em 2007, propôs relações dos pequenos agricultores da baixada com o MPA. Dirigente 
da Cooperativa de Produtores Rurais de Campo Alegre, foi pioneiro da Escolinha de 
Agroecologia, da Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro e da Educação do Campo.A 
sua atuação na Feira da Roça foi decisiva para que esta alcançasse o nível de organização 
e desenvolvimento atual. Luís foi um dos que mais se empenhou para a volta das áreas 
rurais no município de Nova Iguaçu. Com ele, nós militantes da FARJ aprendemos muito sobre 
a luta camponesa. Que a terra lhe seja leve. Luís da CPT, presente!!!

Abril campesino: 17 de Abril é um dia muito importante para os camponeses de todo o mundo, 
pois nesta data, em 1996, ocorreu o Massacre de Eldorado dos Carajás no sul do Pará. Para 
recordar esse dia de infâmia, a Via Campesina escolheu como o dia mundial da luta pela 
terra. No dia 15/04 participamos do ato pela Reforma Agrária e Justiça no Campo organizado 
pelo MST, em parceria com a Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos 
da ABI. No próprio dia 17 houve panfletagem na feira da roça de Nova Iguaçu pela manhã e, 
a n oite, atividade do CELIP. No dia 18 foi realizado um mutirão de agrofloresta no Sítio 
Nossa Senhora da Glória, em homenagem ao companheiro Luis Fernando de Jesus e sua família, 
relembrando sua trajetória de luta para a criação do Assentamento Rural Marapicu em Nova 
Iguaçu/RJ. "Agronegócio, só traz pobreza. Propomos para o mundo AGRICULTURA CAMPONESA!!!"

Inaugurado o Fórum Fluminense da Educação do Campo (FoFEC): Reunidos no dia 15/06, no CIEP 
Travessão (Campos dos Goytacazes/RJ), representantes de diversos territórios do estado do 
Rio de Janeiro: sujeitos do campo; instituições e representações de vários movimentos 
sociais do campo (MPA, CPT e MST); sindicais (FETAG e SEPE) e educadores e educandos das 
licenciaturas em Educação do Campo (ISEPAM e UFRRJ); do Projovem Campo-Saberes da Terra; 
estudantes da UENF e representantes de associações de Quilombolas. A fundação do FoFEC em 
terra goitacá alimenta nossa mística de luta por terra para quem nela trabalha e contra o 
agronegócio (mão de obra escrava, agrotóxicos, monocultura). Reconhecemos a trajetória e o 
acúmulo histórico do "Coletivo EduCampo", surgido a partir de 1998, atuando no Norte 
Fluminense. Esse fórum promete a soma dos esforços em nível estadual focando dentre outras 
bandeiras:

o Enfrentar a dificuldade de acesso e de permanência na Educação do Campo, por uma 
organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo 
agrícola e às condições climáticas;

o Fortalecer a participação dos movimentos sociais na Educação do Campo, potencializando 
as ações da Via Campesina;

o Dentro do âmbito da diversidade dos sujeitos do campo, garantir atenção à especificidade 
dos povos tradicionais do campo, dos pescadores artesanais, extrativistas, povos 
ribeirinhos, atingidos por barragens, além dos pequenos agricultores, dos sujeitos 
acampados e assentados das áreas de Reforma Agrária;

o Denunciar e lutar contra a violência no campo, contra a criminalização dos movimentos 
sociais e lutar contra a política de fechamento e de nucleação das escolas do campo.

O e-mail fofec  gmail.com foi criado para  garantir a socialização das informações e  o 
próximo encontro acontecerá no Quilombo do Campinho, Paraty/RJ, em meados de setembro. 
"Não vou sair do campo pra poder ir pra escola, educação do campo é direito e não esmola!!!"

Libera, 2.500 exemplares. Subscrições para esta edição:
Campos, Cav Negro, Durden Poulain, Flor de Laranjeira, Jack, Katonigra, Rudesindo, Seu 
Antenor, Cauã, Brujo.
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