(pt) Anarkio.net: 1º Maio 2013 - Aumento Salarial Real e Imediato para todxs xs trabalhadorxs!
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Domingo, 21 de Abril de 2013 - 11:03:08 CEST
Origem do 1º de Maio http://anarkio.net/index.php/arti/283-1-maio-origem ---- Sobre as 30
horas http://anarkio.net/index.php/arti/286-1-maio-30-horas ---- Cartaz 2013
http://anarkio.net/index.php/pub/284-1-maio-2013-ctz ---- Quando falamos, escrevemos e
defendemos o aumento de salário real e imediato, temos em mente que isso não o ideal: a
produção de riquezas sempre foi algo coletivo, dxs trabalhadorxs e expropriadxs pelxs xs
que se consideram donxs daquele esforço coletivo. Não há como dizer ou defender que alguém
possa sozinhx, ser responsável por produzir um alfinete sequer no processo moderno
industrial (Adams Smith mostrou isso, Ricardo definiu isso, outrxs pensadores escreveram
sobre isso e Marx articulou isso de forma que parece que inventou tudo isso, mas apenas
compilou de forma critica dos outros, e até ficou bravo com Proudhon, porque escreveu tudo
que pensava no Sistema de Contradições Econômicas ou Filosofia da Miséria, ante dele e
para não ficar para trás vez uma resenha cheia de ironia e amargura tentando desmerecer a
obra do francês, bem o perfil do invocado Marx).
O reajuste salarial não é a melhor coisa para xs trabalhadorxs, mas é algo que assegura
que possam ter um minimo de dignidade e bem estar, até a emancipação total, assumindo os
meios de produção, removendo xs atravessadorxs, xs especuladorxs, xs empresarixs, o
patronato. Nesse processo se abole o salário e substitui pela distribuição conforme o
trabalho de cada um e segundo a necessidade de cada um, quem não produzir ou contribuir
para sociedade não terá como se manter (xs parasitas serão abandonadxs a própria sorte!).
Muitxs afirmarão, tendo a mente feita pela ideologia do capital que isso é impossível.
Impossível é viver no modelo de tamanho desperdício e péssima distribuição de renda. Não
defendemos o fim dos privilégios e conquistas, mas que todxs possam te-las e mesmo rever
se realmente são necessárias como nos fazem crer as máquinas de propaganda em massa (mass
mídia). Até o presente momento, milhões não conseguem viver com dignidade para manter
milhares na luxuria extrema.
Todos os ramos de trabalho (não aceitamos a definição de categorias impostas pelo fascismo
varguista e perpetuado até agora nesse modelo de sindicalismo adequado as necessidades do
empresariado/patronato e que pouco se importa com a mão de obra empregada) são importantes
e como tais devem ser respeitados e isso no capital só há uma forma: reajustes reais
econômicos.
O reajuste salarial para todxs é possível: reduzir taxas de lucros do
empresariado/patronato/especuladorxs, reduzir o capital acumulado nos bancos, é um começo
até estarmos organizadxs para a administração direta dos meios de produção, sem partidos,
sem Estado, sem patronato. Até lá, a organização anarcos-sindical é a mola de
transformação social em busca de nossa emancipação.
Observem como se dá as discussões sindicais e verá sempre que se focam principalmente
nesse aspecto (salários) e na carga horária (já há um texto sobre isso). O capital lida
com xs trabalhdorxs como se esses fizessem parte do ônus de investimento, como parte do
maquinário produtivo e xs trabalhadorxs, tratadxs assim, se tornam mais peças dessa
produção, como agente ativo acima desse processo. A ilusão do capital é tornar o ser
produtor mais uma peça (descartável por sinal!) e aquelx que não produz, mas ao se dizer
donx, proprietárix, empreendedorx, investidorx, se tornam xs beneficiadxs do trabalho
alheio, que não fez e que nem conseguiria fazer se necessário fosse. Desafiamos qualquer
um desses tocar uma produção do inicio ao fim, sem a ajuda de mais ninguém e mante-la
conforme a necessidade coletiva. A necessidade coletiva sempre exigirá esforço coletivo, e
isso não pode ser privatizado, acumulado só por alguns. Os resultados do que acontece
quando isso ocorre, está estampado para quem quer ver: aumento da violência, das mortes,
intolerância geral, dos crimes em toda parte.
Se aproxima mais uma importante data para a luta dxs trabalhadorxs: o Primeiro de Maio.
Não que tenhamos fixação por datas, pois as lutas são diárias e assim que as condições
favorecerem, devem ser feitas independente das datas. O que o 1º de Maio significa para
nós é que temos uma luta por nossa emancipação e que embora passados 127 anos, continuamos
oprimdxs e exploradxs, sob condições tão ruins como as que levaram aquelxs trabalhadorxs
as ruas, mesmo sabendo que era proibido, que a sindicalização livre era crime e que havia
uma aparato de repressão pronto para atacar as manifestações, bater em seus participantes
(e havia velhxs e crianças naquele meio!), prender aquelxs com um potencial de ameaça ao
sistema.
As condições estão similares agora: embora o sindicalismo seja aceito, ele é ferreamente
controlado através de uma jurisprudência que atende acima de tudo, os interesses do
capital (dxs empresárixs e dos patrões, juridicamente chamadxs de “empregadorxs”) e esse
possui entrada livre nos ministérios, impondo sua agenda de roubo, exploração e opressão
axs trabalhadorxs, juridicamente chamadxs de “empregadxs”; as diretorias sindicais são
arbitrárias e atendem à interesses próprios, muitas vezes estranhos axs trabalhadorxs;
ampliação das cargas de trabalho através de hora extras e banco de horas, muitas vezes de
forma arbitrária; achatamento salarial e nivelamento sempre por baixo dos diversos ramos
de trabalho; a “fragmentação desses ramos de trabalho em “categorias” e “sub-categorias
empregatícias”, a famosa flexibilização do trabalho que amplia o isolamento entre xs
trabalhadorxs e dificulta cada vez mais a união dos ramos de trabalho; regras e métodos
estatísticos que mascaram, mentem e iludem a sociedade, principalmente nossa gente sobre
os índices de emprego, inflação, produção e distribuição de riquezas que induzem nossa
gente a táticas erradas e paliativas de luta e por ai vai.
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