(pt) Portugal, Convocatória 1deMaio Setúbal 2013
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Sábado, 20 de Abril de 2013 - 19:21:44 CEST
Não comemoramos a escravatura do trabalho. Trabalhamos para combater a escravatura. ----
1º de Maio é luta e auto-organização // Pela liberdade, pela autonomia Comemorar o
trabalho é hoje mentires-te a ti próprio. Ele é hoje escravatura declarada e como se não
bastasse vem acompanhado de violentas baixas de salários, perdas de direitos e degradação
fulminante das condições em que o fazemos. Embora seja cada vez mais comum assistirmos a
protestos nas ruas em resposta a esta situação e a tantas outras, é também mais perigoso
fazê-lo pois o Estado e as entidades patronais estão à espreita para te lançarem a mão mal
abras a boca. ---- Os tempos que vivemos são incertos mas ao mesmo tempo ajudam-nos a ver
as verdadeiras facetas do poder. A degradação de todos os aspectos da vida levam muitos ao
desespero e daqui para a frente sabemos que as condições dessa mesma vida vão piorar.
O Estado social, grande conquista do séc.XX, torna-se o grande falhanço do séc XXI. Os
banqueiros, quais sanguessugas, levam a cabo um saque generalizado à sociedade. Os
políticos, sujeitos a um descrédito total nas ruas continuam a inventar reformas, a pedir
mais impostos. Os partidos e os sindicatos, comprometidos com a sua profunda vontade de
tornar os protestos sociais em marchas fúnebres esperneiam perante a facilidade com que o
seu poder é posto em causa nas ruas. A história deste tempo pode ser imensa mas arriscamos
um resumo: A democracia e o capitalismo, sonhos perdidos de uma revolução de canos
entupidos, é hoje uma anedota que insiste em não admitir a falência do seu modelo
económico, social e politico. Perante isto, e na eminência de uma falência generalizada,
emerge o fascismo mascarado de economia patente nas medidas da tróika, no aumento do
controlo social, no armamento da policia, na perseguição a quem protesta ou na obrigação
de mais horas de trabalho por menos dinheiro.
O sistema quer, a todo o custo, manter-se activo e lixar-nos a vida.
Portanto, ansiamos por outra forma de viver. A grande chantagem a que todos estamos
sujeitos (trabalhar ou morrer de fome) dá-nos mais razões para procurar formas de
construir um mundo sem explorados nem exploradores. Queremos construí-lo com todos os que
estiverem dispostos a lutar por uma vida digna, sem partidos a controlarem-nos a revolta e
a vontade de ser livres. Estamos fartos das suas lenga-lengas que soam sempre a mentiras
para que se morda mais uma vez o rabo da pescada.
Queremos trabalhar, mas não para levar o planeta à sua destruição, queremos trabalhar para
livrar os nossos filhos da miséria crescente que está à nossa frente todos os dias!
Queremos trabalhar para nós mesmos, para os nossos amigos, família, bairro, cidade.. e
mais que isso para destruir o conceito de trabalho que nos impingem.
Hoje, mais que nunca, os tempos são frutíferos para muitas coisas diferentes. Atacar esta
ordem e este sistema leva-nos a experimentar como viver sem eles.
No 1o de Maio apelamos a uma mobilização pelas ruas de Setúbal em protesto não só contra
a violência dos patrões mas contra a violência do Estado, da economia e das forças da
autoridade que os defendem. Queremos lembrar-lhes que existe resistência. Propomos
também uma assembleia popular com microfone aberto onde publicamente possam surgir
propostas de luta e de acção.
http://www.youtube.com/watch?v=vFXBTSnrvmc
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