(pt) Anarkio.net: A-Infos #19 - Da traição ou como é fácil atribuir axs outrxs suas qualidades e defeitos! (en)
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Segunda-Feira, 8 de Abril de 2013 - 13:25:39 CEST
Não podemos reproduzir práticas clientelistas, personalistas, hierárquicas e autoritárias
em nosso meio. A organização deve a todo momento refletir o combate contra isso e muito
saudável que, como uma instância feita, construída por homens/mulheres tenham problemas.
---- Daí reflito, estando eu em uma organização anarcossindical, o processo de seu
crescimento se dá pela organização e compromisso de todxs xs militantes envolvidxs, sempre
tendo mente o escrito no primeiro paragrafo. E se constato que depois de 5 anos, isso não
ocorre, que se reproduz práticas clientelistas, favorecimentos, um deliberada
desorganização para confundir todxs os militantes, um falta de solidariedade com projetos
que não é de interesse do grupos “experiente/mais velho” e por que não donos da sigla e da
organização, qual é o compromisso sério que se devo fazer?
Para elxs, consideram uma “traição” o fato de apresentar uma organização de fato, do
comprimento das atas (vejam todas atas no período em que estava na organização e quem as
produziu em reuniões ordinárias) e a denuncia do não comprimento das mesmas. É bem mais
fácil acusar alguém de sua incompetência, quando a aceita, porque até isso é difícil. Não
erram e quando o fazem, não é por causa própria, o erro é sempre dividido e de preferência
com elementos externos, que dificilmente poderão se defender.
Agir arbitrariamente é outra prática constante, como se pertencer a uma comissão/comitê ou
executiva lhe dessem superpoderes que atropelam tudo e depois é adequado semanticamente em
uma ata mal redigida. É devemos aprender! Daí outra pergunta: nesse tempo todo quantxs se
ofereceram para aprender algo importante para organização e assim compartilhar
compromissos, fomentando o crescimento da organização? Quantas vezes foi solicitado os
dados cadastrais dos militantes da organização? De sua atualização em busca de promover a
organização? A organização não cresce, ou melhor, cresce, desde que entre se submeta a uma
lógica torpe do sindicalismo convencional: há algumxs que fazem e os outrxs que aplaudem,
mas se sair do aplauso e criticar visando o crescimento da organização, ai é “traidor”!
Desde a saída dessa organização (nem sei porque dizer isso, se todos os documentos são
forjados em plenárias esvaziadas, de pseudos congressos) mantenho o compromisso com o
sindicalismo revolucionário da AIT, e dai temos de outras seções exemplos da atividade e
dedicação que os militantes depositam em suas organizações, de forma a serem pequenas, mas
sérias organizações de combate ao capitalismo. Mantenho a critica aos “específicos”, mas
mantenho isso de forma a respeita-lxs, não podemos esquecer que não há certo e errado
aqui, mas tentativas. Longe de ser uma traição, é a responsabilidade poder dialogar
abertamente e poder fazer criticas e saber recebe-las.
Uma organização (que não existe) não pode viver de uma pretensa vitimização, embora
possamos ser todxs vitimas do sistema, o fato de agir, se propõe sair da situação
vitimizante. Se seus militantes falham em aprender, a dialogar, a lutar, e só sabem se
lamentar de seus infortúnios acusando alguém como responsável, traidor, há algo muito
errado com essa organização (que não existe) que se diz anarcossindical. Grave ainda é o
fato de um secretariado nacional, por uma longa amizade não organizacional com xs
desorgnizadxs donos da sigla, xs defenderem, acobertando uma prática clientelista e
hierárquica que fere o anarquismo e o anarcossindicalismo. Grave ainda é a fragilidade
dessa pretensa organização (que não existe!) ter em um militante, agora traidor, a
centralização de diversas atividades, sem se dispor a descentralizar, sem avançar na
organização.
Por tudo isso, mais de 20 militantes sairam da organização ou foram expulsxs, outrxs
tantxs foram perdidxs justamente por uma prática que dá inveja no sindicalismo
institucional. Em vez de solidariedade, esse grupo que se diz organização (outrxs
adjetivaram de “cl’ã”, brincando com fantasmas de outros tempos! rsrsrs) só mantém uma
pífia facção, arredia a tudo e a todxs, que joga nxs outrxs sua incompetência e ainda faz
graça para outras seções da AIT, que acreditam na falácia dessa facção.
É lamentável e triste ter que expor isso, mas devido a constante incompetência de seus
membros, e que não é de agora, e que fiz parte por acreditar no potencial de crescimento
da proposta e por uma retaguarda tão respeitável que é a AIT, não haveria malandrxs, que
tolo fui eu em acreditar nisso! E a peja de “traidor” disso é que levo dessxs senhorxs,
bem feito para mim!
Me serve de experiência e a compartilho, se necessário for denunciar, não concordar com
algo que fere seus princípios ou que seu instinto diga: “Isso não é assim!” Não tema, faça
o que é para ser, o tempo mostrará pelos fatos o que realmente importa.
Ser tratado de “traidor” por pessoas que praticam uma excrescência dessas, é até
lisonja,por mostrar que estou respeitando a luta de milhões de anarcossindicalistas
fizeram e morreram para termos aqui viva para fazermos a nossa. Alerto por fim as outras
seções da AIT que tenham muito cuidado com a seção brasileira, porque ela não é o que
parece e tem causado mais dano ao anarcossindicalismo e ao anarquismo no Brasil do que
bem. Nem preciso escrever as irregularidades que tentam ocultar, mas se precisarem, sabem
com quem falar.
Agradeço a paciência, e como sempre escrevo, nos vemos nas ruas, na construção do
anarquismo através de práticas livres!
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