(pt) Anarkio.net: A-Infos #19 - A propriedade é um absurdo atroz! (en)
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Domingo, 7 de Abril de 2013 - 08:34:04 CEST
A reintegração de posse para proprietarixs especuladores é uma grande absurdo amparado por
lei e não é algo de agora. Proudhon, no século XIX nos trouxe a terrível constatação que a
propriedade como bem especulativo é um atentado contra a humanidade que existe mais 6000
anos de existência, levando milhões e milhões de pessoas a uma vida de penúria e miséria,
enquanto que uma minoria detém toda a riqueza do mundo. ---- A propriedade acumulativa
destrói a liberdade, corrompe a igualdade e nega a justiça de acesso as necessidade
básicas. Aboli-la é o meio de reparar um erro histórico da humanidade. ---- Não existe
propriedade especulativa justa. Frisemos que ter algo para uso é diferente de ter para
especulação e lucro, que é a forma politicamente correta de dizer roubo.
Aqueles que tomaram posse, se deram o direito de fazer o próprio direito, as leis que
possam se amparar para manter o roubo legitimo chamado propriedade.
A estrutura jurídica foi construída dando mais enfase a propriedade e assegurar que quem
a tenha não a perca sem ter lucro proporcional, ou seja, obter mais riqueza roubada do
roubo que já tinha. Porque a propriedade é um absurdo? Porque ela é necessária para todxs,
logo ela sai do contexto de ser algo facultativo, uma opção, para ser uma necessidade como
água, ar e não pode ter dono, é uma necessidade de uso. Quando se cerca algo além das
necessidades, está causando danos axs outrxs, impedindo de satisfazerem suas necessidades
e fere a relação de igualdade tão pregada nos discursos eloquentes, mas não na prática. Na
realidade, as leis e justiça atendem especialmente aqueles que possuem vantagem
econômicas, essas geralmente adquiridas por exploração e opressão, atual ou histórica.
As transformações nos processos de roubo, de especulação somam na propriedade; patrões,
fazendeirxs, latifundiárixs, empresarixs, usam desse recurso como reserva de outras formas
de acumulativas; enquanto que a produção de riqueza é feita por uma força de trabalho
passiva, submetida a uma lógica de harmonia do trabalho, onde com um contrato miserável, x
trabalhadorx abre mão da riqueza que produz por uma merreca de salário e não há salário
justo nisso.
Para atender a demanda habitacional de nossa gente, há de ocupar todos os espaços e
redistribuir todos o imoveis e há muitos imoveis nesse país e temos condições e mão de
obra competente para construir todas as casas que forem necessárias. Mas nossa gente é
jogada para escandeio e se atende mais a demandas empresariais para campos de futebol do
que para as casas que precisamos. E isso não é invadir, só haveria a invasão se o espaço
estivesse ocupado para uso direto. Isso leva que a propriedade deve atende ao uso e não
servir para enriquecimento, ou especulação.
É importante aprendermos as nuances da especulação do capital e que a propriedade é um
absurdo, um absurdo protegido por uma força controlada fará o que for preciso para
garantir o direito injusto da propriedade.
Como um erro milenar pode continuar a gerar tanto sofrimento a milhões de pessoas, e essas
se manterem sobre tal opressão, sem lutar? Vemos as cenas de reintegração de posse a
especuladorxs covardes que sem o aparato repressor, nem ousaria ir no local dizer que
aquilo é dele. Enquanto houver um entendimento que a propriedade de posse, especulativa
pode existir, teremos sempre esse problemas, milhões sem casas, e alguns com milhões em casas.
Abolir a propriedade é preciso e deve estar na proposta de qualquer movimento sério
revolucionário, pois mantê-la, é manter a injustiça que aflige nossa gente por muito tempo.
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