(pt) Brazil, Anarkio.net: A-Infos #19 - Um minuto de sua atenção ...? (en)
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Quarta-Feira, 3 de Abril de 2013 - 10:10:03 CEST
Um minuto de sua atenção... se for possível, é claro, nesse mundo onde todxs se ocupam em
se manter escravos de suas rotinas e zonas de conforto medíocres. ---- Chamo a atenção ao
fato que estamos em mundo cheio de opressão e exploração e elas se manifestam das mais
varias e criativas formas: em relações economicas, em relações de genero, em relações de
credo, em relações de etnias, em relações com a natureza, em relações, supreendam-se, de
família ... não há limites para a exploração e opressão a tal ponto de ousar escrever que
todas elas são e tem a mesma base: ferrar o(a) outrx ou outrxs e se dar bem. Muitxs
relutam em aceitar essa situação ou mesmo querer entender isso, é dificil, é humilhante
saber que é mais umx exploradx ou oprimidx e que pouco está fazendo para sair dessa
condição e não o bastante, em muitas ocasiões em que poderia mudar e fazer diferente, está
reproduzindo a estrutura de opressão e exploração.
Sim! Mantendo-se em um esquema de zona de conforto (miserável por sinal), é um
sobrevivencialismo que te coloca em risco e também aos outrxs já que em vez de unir
forças com nossa gente e romper com a estrutura de classes, tradução social da opressão e
exploração e não há como negar sua existência, mesmo com a melhor maquiagem, a maioria
procura se isolar e buscar dessa forma, individual salvar o seu. Isso só aumenta as
desigualdades. Prova maior disso é a história do Brasil que desde a invasão portuguesa,
seguida por outrxs exploradorxs, essas terra sofreram a maior dilapidação que se tem
noticia. As sociedades nativas foram dizimadas e como não fosse o bastante (é para
ganância e cobiça, nunca há o bastante!) foram trazidas sociedades inteiras da Africa e
que foram libertadas apenas um pouco mais de um século atrás, jogando-os da frigideira
para o fogo. Mas um exemplo de opressão e exploração aplicados as etnias. Índios das mais
diversas tribos e africanos também das mais variadas tribos foram submetidos a lógica de
opressão e exploração. Não que em suas aldeias e sociedades não houvessem relações de
poder, de prestígio, mas a escala de opressão e exploração que a sociedade
capitalista/mercantil criou não tem precedentes na humanidade. Uma outra aplicação da
opressão e exploração é a feita as mulheres (não que não exista mulheres que sejam
opressoras e exploradas), mas há séculos que houve e se mantém o controle, a dominação de
um pretenso sexo mais forte sobre outro mais frágil, com as mais estapafúrdias desculpas
que escondem, mascaram e maquiam um fato já constato acima: opressão e exploração
aplicadas ao genero. Não há necessidade de se estender que tais relações ocorrem com as
crianças, com os velhos, os animais, com a natureza, ou seja, a humanidade se explora e se
oprime constantemente e há aqui ou ali algumas/alguns que se defendem, resistem e promovem
uma transformação em busca de não mais haver opressão e exploração. Mas longe ainda está
de que esse tipo de entendimento, mesmo dentro dos meios rebeldes, que a essência de
exploração e opressão deva ser combatida em todos os meios que se manifestam, o que é uma
pena!
Uma parcela dessxs rebeldes se perdem em partidos ditos revolucionários, mas que querem
poder e poder gera opressão e exploração, seja por eleições, seja por golpes (ou os dois,
há várias formas de subir ao poder). Outros querem uma guerra revolucionária, mas guerra é
o ápice da exploração e opressão.
Modestamente, tendo a nossa história como pano de fundo, os caminhos mais fáceis
(partidos, guerras, força) sempre foram um jogo de quem explora mais, quem oprime mais.
Pelo anarquismo, sabendo de sua limitação na prática, principalmente por personas que usam
de argumentações liberais/libertinas para fundamentar seu pseudo-anarquismo e levar a uma
exploração e opressão velada; acima dessxs anarquistas fajutos, se sabe e há muito tempo
que o rompimento as estruturas de poder que oprimem e exploram é uma ação crucial e isso
se dá por nossa organização, até é uma referência: a nossa emancipação é nossa obra, e de
mais ninguém. E para finalizar, a proposta de uma organização anarquista se dá por
compromisso e não por disciplina. Não queremos militantes que digam e replicam nossos
ideais como papagaios ensaiadxs, que fiquem disputando poder com partidos políticos, isso
é pequeno perto da organização social sem exploração e opressão que temos como meta e que
abrange todos os aspectos das relações humanas.
Seja em casa, seja no trabalho, seja no lazer, seja no sexo, seja no credo, seja na
cultura, as relações de opressão e exploração devem ser combatidas, repito, por ser algo
que deva ser refletido por todxs que tenham um compromisso sério com a proposta anarquista.
Espero que tenha usado mais de um minuto de sua atenção, já um avanço em busca de justiça,
liberdade e emancipação.
Não precisa concordar, mas pensar e produzir sua próprias conclusões a ponto de ir além do
senso comum explorador e opressor que nos cerceia todos nossos sonhos e nos coloca em
pesadelo consumista, impulsivo, egoísta e aniquilante.
À razão e a ruptura! Antes que esteja usando a dxs exploradorxs e opressorxs, submissx no
abatedouro da cobiça, ambição e inveja autoritária!
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