(pt) [Lisboa] Crónica da manifestação antimilitarista em Lisboa co ntra a Nato*
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Domingo, 21 de Novembro de 2010 - 07:10:45 CET
[*nota do editor de A-infos-pt: autoria por colectivo anti-capitalista,
anti-autoritáriio]
Cerca de 30 000 manifestantes desceram a Avenida da Liberdade, debaixo de
um dispositivo policial nunca visto, com polícia de operações especiais
postada na Rotunda do Marquês e helicópteros sobrevoando a baixa
lisboeta.
Milhares e milhares de bandeiras do Partido Comunista Português numa
manifestação que ficou marcada pela divisão clara entre movimentos
autoritários e movimentos não autoritários em Portugal. O facto da
organização desta manifestação ter mostrado um sectarismo absoluto tendo,
inclusivé, em comunicado público, considerado a Pagan, Plataforma
anti-guerra, anti-Nato, portuguesa, e todas as organizações
internacionais antimilitaristas e pacifistas personas não gratas nesta
manifestação, revela até que ponto o nacionalismo reacionário desta
esquerda chegou. A polícia cumpriu o papel que um estado cada vez mais
militarizado e policial lhe reservou.
Iniciado o desfile, na cauda da manifestação, dezenas de activistas
antimilitaristas da PAGAN e internacionais desfilaram com todo o aparato
bélico nas suas costas e à sua frente a ignomínia de "gorilas" a impedir
a sua aproximação, fascização de autoritários, numa Europa onde isto já é
raro, todo este preconceito contra o antimilitarismo.
Centenas de anti-autoritários quiseram juntar-se à manifestação, a seguir
à Pagan.
A polícia imediatamente estabeleceu uma barreira para os impedir de avançar.
Ouviram-se gritos de "Vergonha!", centenas de apitos, gritos da multidão,
activistas da Pagan parados recusando-se a avançar enquanto as pessoas
retidas não se juntassem à manifestação...gritos de indignação pela
fascização da polícia...não mostrando medo e resistindo conseguiram que a
polícia se afastasse e que a manifestação seguisse o seu rumo. Dezenas de
panos anti-Nato, anti-guerra, bandeiras anarquistas, tambores, slogans
como "Nato terrorista", "A paixão pela liberdade é mais forte que a
autoridade!" " Activistas presos, liberdade já!", palhaços
antimilitaristas em perfomances junto da polícia, a solidariedade
anti-autoritária no final da manifestação que se prolongou no Rossio, no
Largo Camões e em Monsanto, onde os activistas continuam presos, em
protesto e exigindo a libertação dos activistas presos esta manhã durante
a acção directa não violenta de bloqueio em Cabo Ruivo, à entrada da
Cimeira da Nato.
A linha clara entre um nacionalismo balofo e decadente de uma esquerda,
anquilosada e fascizante, e um antimilitarismo internacionalista pujante
é, sem dúvida, uma das consequências da preparação e realização das
actuais Acções anti-Nato, em Portugal.
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Reportagem de um participante na Contra-Cimeira"
http://pt.indymedia.org/
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